PREPARATÓRIO
1
Para começarmos o nosso projeto de montagem, precisamos ter uma visão do que iremos fazer, pois temos que nos preparar para uma grande batalha espiritual e com isso vencermos as dificuldades e obstáculos que iremos enfrentar, o nosso adversário não dorme e não se dá por vencido, enganando a muitos. Mas temos um Castelo forte ao nosso lado, um Deus Poderoso e único, que está todo tempo ao nosso serviço e como diz a palavra do Senhor "Sujeita-vos à Deus, resistir ao diabo e ele fugirá de vós". Saibamos que a obra é do Senhor e nada foge a seu conhecimento, nada! Que Deus nos abençoe e nos dê sabedoria e entendimento para tal tarefa.
NOÇÕES BÁSICAS
Para nosso conhecimento básico, precisamos entender sobre:Bambolina = faixa de pano, normalmente preta que fica no palco,, em cima, para não vazar o que está atrás, como refletores, rudimentos, etc.Bastidor = Armação feita de madeira, forrada de pano, que se coloca nas laterais do palco, para junto com as bambolinas completarem o espaço cênico.Camarim = recinto onde os atores se maquiam e se vestem.Cenário = conjunto de materiais e efeitos cênicos como: móveis, adereços, luzes, bambolinas, bastidores, etc. Servindo para criar um ambiente ou lugar e enriquecer a representação.Cenógrafo = O que faz cenários, criando e idealizando, acompanha e orienta a montagem do projeto cenográfico.Cenotécnico = Aquele que executa e faz funcionar cenários e demais dispositivos cênicos para espetáculos teatrais ou em outros locais como ginásios e até mesmo em igrejas.Coxia = Espaço situado atrás dos bastidores e mais perto do palco. Lugar improvisado para todos os que participam do espetáculo como técnicos e atores.Figurinista = Aquele que cria, orienta e acompanha a feitura dos trajes para um espetáculo teatral, em tv, cinema e comerciais. Deve ter conhecimento básico de desenho, moda estilo e costura.Iluminador = Aquele que "faz a luz" para espetáculos e shows. Diferente do eletricista. O iluminador cria efeitos de luz para climatização do espetáculo, trabalhando próximo do cenógrafo, e na maioria das vezes opera a mesa de luz.
Numa outra oportunidade, vocês saberão mais sobre: maquete, palco, palco Elizabetano, ciclorama, cortina, palco Italiano, perna, platéia.
EXERCÍCIOS
Iniciaremos com uma oração, seguido de conversa para conhecimento de cada componente do ministério.
1 = Conscientização.
2 = Objetivo.
3 = Alvo.
AQUECIMENTO BÁSICO
Em pé e coluna reta, com os braços ao lado do corpo, iniciaremos:
1 - Girando a cabeça 4 vezes para cada lado.
2 - Segurando a cabeça com uma das mãos e puxando para os dois lados, frente e atrás.
3 - Girando os ombros 8 vezes para frente e para atrás.
4 - Girando os cotovelos 8 vezes para frente e para atrás.
5 - Girando os braços 8 vezes para frente e para atrás.
6 - Abraçando-se e girando 8 vezes para a esquerda e direita.
7 - Dobrando o corpo, começando pela cabeça até a cintura.
8 - Repete o ítem 7 e vai até os pés e sobe novamente.
RELAXAMENTO BÁSICO
Deitam-se todos em posição para cima.
Fecham-se os olhos.
Música de fundo.
O professor vai narrando as partes do corpo.
Um por vez vai se movendo, alongando até sentar.
PREPARAÇÃO VOCAL
Ressonância... soltando o ar...
Trabalhando as vogais: A,e,i,o,u... e ao contrário... U,o,i,e,a.
Aberto e fechado.
DICÇÃO
Pssa, pssé, pssi, pssó, pssú.
Sra, sré, srí, sró, srú.
Pssacrá, pssacré, pssacrí, pssacró, pssacrú.
Pra, pre, pri, pro, pru.
Cra... Blá...
Rosra, rosre, rosri...
Tropracrá, tropracré, tropracrí, tropracró, tropracrú.
Sapra, sapré, saprí...
Paralelepá, paralelepé, paralelepí, paralelepó, paralelepú.
Consfracrá, consfracré, consfracrí, consfracró, consfracrú.
Alflabraçogra, alflabraçogré, alflabraçogrí, alflabraçogró, alflabraçogrú.
Missantropocrá, missantropocré, missantropocrí, missantropocró, missantropocrú.
ESPELHO
1 - Em dupla de frente um para o outro, olhando em suas testas, andem pelo espaço sem desviar os olhos ; explore todo espaço usando o corpo em vários sentidos.
2 - Repitam o exercício fitando um ponto na sala ou espaço, andem por ele da mesma do exercício anterior em ritmos, lento, rápido e correndo para frente, lado e atrás.
3 - Agora de costas um para o outro, andem da mesma forma que os exercícios anteriores.
CONCENTRAÇÃO
O ESPAÇO
Ao acordar de um sono, imagine-se preso em um quadrado, ( sala, caixa, prisão ) sua vida está presa neste espaço e você não tem como sair dele. Busca respostas e só encontra silêncio, começando aos poucos se inquietar. Como prisioneiro de si mesmo, vai usando sua criatividade para viver.
O DESESPERO
Aos poucos você vai mostrando desconforto, impaciência, desânimo e refletindo sobre sua vida, por onde andou e o que fez em todos esses anos... andando de um lado para o outro a procura de uma saída, chegando ao desespero total.
A ESPERANÇA
A esperança renasce quando de repente um terremoto abala o lugar e abre-se uma fresta no quadrado, um sinal de vida, a esperança de viver livre bate à sua porta, a luz do sol invade seu pequeno espaço, uma nova vida poderá nascer e verdadeiramente ser livre.
A SAÍDA
Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livre. Quando andávamos no mundo, éramos escravizados pelo inimigo e viviamos no pecado e longe do Senhor nosso Deus... mas quando vimos uma luz raiar, vindo em nossa direção e uma doce voz que nos chamava pelo nome, abrimos os nossos olhos, e sentimos a graça e o poder de Deus em nossas vidas... o maior presente que o ser-humano pode ter é o SENHOR JESUS.
LIVRE
1 - Andando livremente pela sala com a planta dos pés no chão, na meia ponta, nos calcanhares, na borda interna e na borda externa... agora andem intercalando a ponta, lado, calcanhar para frente, para trás e para os lados, sem esbarrar no companheiro.
2 - Em roda, todos em uma só vogal aberta, entoarão fechando a roda e abrindo-a ; misturando de olhos fechados e com a mesma vogal.
IMPROVISAÇÃO
Livre escolha para conhecimento de cada um. Tema livre, Bíblico e testemunho de vida.
MONTAGEM
Primeiro ítem: Reunião com pessoas realmente compromissadas na obra do Senhor e fazer antes de qualquer coisa uma oração e pedir a Deus que venha se agradar e aprovar.
SEGUNDO ÍTEM: Objetivo maior: Conscientizar e buscar as almas perdidas, pois sem esse objetivo é melhor nem começar.
TERCEIRO ÍTEM: Fazer aquecimento físico e vocal antes do ensaio. Escolher o texto e em ministério fazer uma leitura para conhecimento do mesmo.
QUARTO ÍTEM: Dividir entre o ministério as personagens do texto e os cargos que cada um irá assumir.
( ex: Direção, assist. direção, ator, sonoplasta, iluminador (se for o caso),figurinista, contra-regra, aderecista, cenógrafo, diretor (a) de marketing para conseguir apoio financeiro ou em permuta e uma equipe de divulgação para a estréia, etc. Não precisa usar todos, ex: o diretor precisa entender de teatro e ter visão de cena, podendo ter ou não o assistente, assim como o iluminador pode operar a sonoplastia, o marketing pode fazer a divulgação, etc.
QUINTO ÍTEM: Corrigir as intenções e frases dos atores para uma melhor colocação em cena e fazer as marcações.
SEXTO ÍTEM: No decorrer dos ensaios, o figurinista, aderecista, cenógrafo, sonoplasta, e iluminador terão que fazer as suas partes com o auxílio do diretor na supervisão geral.
SÉTIMO ÍTEM: Marcar um ensaio com todos os envolvidos e consertar os erros que com certeza aparecerão.
OITAVO ÍTEM: Marcar estréia para no mínimo 15 dias antes, acionar a equipe de divulgação e mandar release para jornais, revistas seculares e evangélicas, colar cartazes, distribuir panfletos em escolas, mercados, shoppings, casas, prédios, etc.
NONO ÍTEM: Marcar ensaio geral com todos os envolvidos, inclusive a equipe de divulgação, Pastores, convidados e esperar que Deus venha abençoar todo esforço na Sua obra, pois é tão maravilhoso e gratificante quando o Senhor aprova e colher os frutos com vidas salvas e edificadas.
DÉCIMO ÍTEM: Orar sempre e não se importar com as perseguições que irão ter, críticas construtivas, e críticas destrutivas, porque o inimigo estará furioso e mandará seus acessores para assuntos desanimadores, por isso o ministério deve ser de pessoas espirituais e convertidas, que possam passar JESUS sem hipocrisia. Um pastor da Assembléia de Deus me ligou e disse que estava muito feliz por existir um ministério como os "Atores de Cristo" e perguntou por que muitos aparecem e somem? E eu respondi: por causa da vaidade! Muitos tem deixado subir ao coração o "eu", querendo aparecer mais do que o Senhor, e Deus não dá a sua glória a ninguém ; esses que somem, querem recompensa do homem, e acabam desanimando, pecam e ficam apagados e caídos até mesmo dentro da igreja... quantos líderes caíram! despertemos irmãos!! Faça para o Senhor dos céus e da terra! Ele te recompensará sem você se preocupar com o dia de amanhã, fique em Lucas 6. 25-34 e meditem. Se o Senhor mandou, vamos fazer sem preocupações, pois a mesma tira das mãos de Deus as bençãos, ou cremos ou definitivamente não cremos. Vamos ficar "olhando para Jesus, autor a consumador da nossa fé" e veremos o seu agir em tudo o que fizermos. Que Deus abençoe à todos em nome de JESUS
Para começarmos o nosso projeto de montagem, precisamos ter uma visão do que iremos fazer, pois temos que nos preparar para uma grande batalha espiritual e com isso vencermos as dificuldades e obstáculos que iremos enfrentar, o nosso adversário não dorme e não se dá por vencido, enganando a muitos. Mas temos um Castelo forte ao nosso lado, um Deus Poderoso e único, que está todo tempo ao nosso serviço e como diz a palavra do Senhor "Sujeita-vos à Deus, resistir ao diabo e ele fugirá de vós". Saibamos que a obra é do Senhor e nada foge a seu conhecimento, nada! Que Deus nos abençoe e nos dê sabedoria e entendimento para tal tarefa.
NOÇÕES BÁSICAS
Para nosso conhecimento básico, precisamos entender sobre:Bambolina = faixa de pano, normalmente preta que fica no palco,, em cima, para não vazar o que está atrás, como refletores, rudimentos, etc.Bastidor = Armação feita de madeira, forrada de pano, que se coloca nas laterais do palco, para junto com as bambolinas completarem o espaço cênico.Camarim = recinto onde os atores se maquiam e se vestem.Cenário = conjunto de materiais e efeitos cênicos como: móveis, adereços, luzes, bambolinas, bastidores, etc. Servindo para criar um ambiente ou lugar e enriquecer a representação.Cenógrafo = O que faz cenários, criando e idealizando, acompanha e orienta a montagem do projeto cenográfico.Cenotécnico = Aquele que executa e faz funcionar cenários e demais dispositivos cênicos para espetáculos teatrais ou em outros locais como ginásios e até mesmo em igrejas.Coxia = Espaço situado atrás dos bastidores e mais perto do palco. Lugar improvisado para todos os que participam do espetáculo como técnicos e atores.Figurinista = Aquele que cria, orienta e acompanha a feitura dos trajes para um espetáculo teatral, em tv, cinema e comerciais. Deve ter conhecimento básico de desenho, moda estilo e costura.Iluminador = Aquele que "faz a luz" para espetáculos e shows. Diferente do eletricista. O iluminador cria efeitos de luz para climatização do espetáculo, trabalhando próximo do cenógrafo, e na maioria das vezes opera a mesa de luz.
Numa outra oportunidade, vocês saberão mais sobre: maquete, palco, palco Elizabetano, ciclorama, cortina, palco Italiano, perna, platéia.
EXERCÍCIOS
Iniciaremos com uma oração, seguido de conversa para conhecimento de cada componente do ministério.
1 = Conscientização.
2 = Objetivo.
3 = Alvo.
AQUECIMENTO BÁSICO
Em pé e coluna reta, com os braços ao lado do corpo, iniciaremos:
1 - Girando a cabeça 4 vezes para cada lado.
2 - Segurando a cabeça com uma das mãos e puxando para os dois lados, frente e atrás.
3 - Girando os ombros 8 vezes para frente e para atrás.
4 - Girando os cotovelos 8 vezes para frente e para atrás.
5 - Girando os braços 8 vezes para frente e para atrás.
6 - Abraçando-se e girando 8 vezes para a esquerda e direita.
7 - Dobrando o corpo, começando pela cabeça até a cintura.
8 - Repete o ítem 7 e vai até os pés e sobe novamente.
RELAXAMENTO BÁSICO
Deitam-se todos em posição para cima.
Fecham-se os olhos.
Música de fundo.
O professor vai narrando as partes do corpo.
Um por vez vai se movendo, alongando até sentar.
PREPARAÇÃO VOCAL
Ressonância... soltando o ar...
Trabalhando as vogais: A,e,i,o,u... e ao contrário... U,o,i,e,a.
Aberto e fechado.
DICÇÃO
Pssa, pssé, pssi, pssó, pssú.
Sra, sré, srí, sró, srú.
Pssacrá, pssacré, pssacrí, pssacró, pssacrú.
Pra, pre, pri, pro, pru.
Cra... Blá...
Rosra, rosre, rosri...
Tropracrá, tropracré, tropracrí, tropracró, tropracrú.
Sapra, sapré, saprí...
Paralelepá, paralelepé, paralelepí, paralelepó, paralelepú.
Consfracrá, consfracré, consfracrí, consfracró, consfracrú.
Alflabraçogra, alflabraçogré, alflabraçogrí, alflabraçogró, alflabraçogrú.
Missantropocrá, missantropocré, missantropocrí, missantropocró, missantropocrú.
ESPELHO
1 - Em dupla de frente um para o outro, olhando em suas testas, andem pelo espaço sem desviar os olhos ; explore todo espaço usando o corpo em vários sentidos.
2 - Repitam o exercício fitando um ponto na sala ou espaço, andem por ele da mesma do exercício anterior em ritmos, lento, rápido e correndo para frente, lado e atrás.
3 - Agora de costas um para o outro, andem da mesma forma que os exercícios anteriores.
CONCENTRAÇÃO
O ESPAÇO
Ao acordar de um sono, imagine-se preso em um quadrado, ( sala, caixa, prisão ) sua vida está presa neste espaço e você não tem como sair dele. Busca respostas e só encontra silêncio, começando aos poucos se inquietar. Como prisioneiro de si mesmo, vai usando sua criatividade para viver.
O DESESPERO
Aos poucos você vai mostrando desconforto, impaciência, desânimo e refletindo sobre sua vida, por onde andou e o que fez em todos esses anos... andando de um lado para o outro a procura de uma saída, chegando ao desespero total.
A ESPERANÇA
A esperança renasce quando de repente um terremoto abala o lugar e abre-se uma fresta no quadrado, um sinal de vida, a esperança de viver livre bate à sua porta, a luz do sol invade seu pequeno espaço, uma nova vida poderá nascer e verdadeiramente ser livre.
A SAÍDA
Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livre. Quando andávamos no mundo, éramos escravizados pelo inimigo e viviamos no pecado e longe do Senhor nosso Deus... mas quando vimos uma luz raiar, vindo em nossa direção e uma doce voz que nos chamava pelo nome, abrimos os nossos olhos, e sentimos a graça e o poder de Deus em nossas vidas... o maior presente que o ser-humano pode ter é o SENHOR JESUS.
LIVRE
1 - Andando livremente pela sala com a planta dos pés no chão, na meia ponta, nos calcanhares, na borda interna e na borda externa... agora andem intercalando a ponta, lado, calcanhar para frente, para trás e para os lados, sem esbarrar no companheiro.
2 - Em roda, todos em uma só vogal aberta, entoarão fechando a roda e abrindo-a ; misturando de olhos fechados e com a mesma vogal.
IMPROVISAÇÃO
Livre escolha para conhecimento de cada um. Tema livre, Bíblico e testemunho de vida.
MONTAGEM
Primeiro ítem: Reunião com pessoas realmente compromissadas na obra do Senhor e fazer antes de qualquer coisa uma oração e pedir a Deus que venha se agradar e aprovar.
SEGUNDO ÍTEM: Objetivo maior: Conscientizar e buscar as almas perdidas, pois sem esse objetivo é melhor nem começar.
TERCEIRO ÍTEM: Fazer aquecimento físico e vocal antes do ensaio. Escolher o texto e em ministério fazer uma leitura para conhecimento do mesmo.
QUARTO ÍTEM: Dividir entre o ministério as personagens do texto e os cargos que cada um irá assumir.
( ex: Direção, assist. direção, ator, sonoplasta, iluminador (se for o caso),figurinista, contra-regra, aderecista, cenógrafo, diretor (a) de marketing para conseguir apoio financeiro ou em permuta e uma equipe de divulgação para a estréia, etc. Não precisa usar todos, ex: o diretor precisa entender de teatro e ter visão de cena, podendo ter ou não o assistente, assim como o iluminador pode operar a sonoplastia, o marketing pode fazer a divulgação, etc.
QUINTO ÍTEM: Corrigir as intenções e frases dos atores para uma melhor colocação em cena e fazer as marcações.
SEXTO ÍTEM: No decorrer dos ensaios, o figurinista, aderecista, cenógrafo, sonoplasta, e iluminador terão que fazer as suas partes com o auxílio do diretor na supervisão geral.
SÉTIMO ÍTEM: Marcar um ensaio com todos os envolvidos e consertar os erros que com certeza aparecerão.
OITAVO ÍTEM: Marcar estréia para no mínimo 15 dias antes, acionar a equipe de divulgação e mandar release para jornais, revistas seculares e evangélicas, colar cartazes, distribuir panfletos em escolas, mercados, shoppings, casas, prédios, etc.
NONO ÍTEM: Marcar ensaio geral com todos os envolvidos, inclusive a equipe de divulgação, Pastores, convidados e esperar que Deus venha abençoar todo esforço na Sua obra, pois é tão maravilhoso e gratificante quando o Senhor aprova e colher os frutos com vidas salvas e edificadas.
DÉCIMO ÍTEM: Orar sempre e não se importar com as perseguições que irão ter, críticas construtivas, e críticas destrutivas, porque o inimigo estará furioso e mandará seus acessores para assuntos desanimadores, por isso o ministério deve ser de pessoas espirituais e convertidas, que possam passar JESUS sem hipocrisia. Um pastor da Assembléia de Deus me ligou e disse que estava muito feliz por existir um ministério como os "Atores de Cristo" e perguntou por que muitos aparecem e somem? E eu respondi: por causa da vaidade! Muitos tem deixado subir ao coração o "eu", querendo aparecer mais do que o Senhor, e Deus não dá a sua glória a ninguém ; esses que somem, querem recompensa do homem, e acabam desanimando, pecam e ficam apagados e caídos até mesmo dentro da igreja... quantos líderes caíram! despertemos irmãos!! Faça para o Senhor dos céus e da terra! Ele te recompensará sem você se preocupar com o dia de amanhã, fique em Lucas 6. 25-34 e meditem. Se o Senhor mandou, vamos fazer sem preocupações, pois a mesma tira das mãos de Deus as bençãos, ou cremos ou definitivamente não cremos. Vamos ficar "olhando para Jesus, autor a consumador da nossa fé" e veremos o seu agir em tudo o que fizermos. Que Deus abençoe à todos em nome de JESUS
A
PRÉ-PRODUÇÃO
O
Líder do Teatro
O
Líder do Grupo de Teatro, deve ser capaz de unir os componentes num
propósito comum, inspirá-los e conduzi-los. Certamente um líder de
Grupo de Teatro sabe, que vai enfrentar muitas dificuldades da
pré-produção até a Apresentação de Estréia. Dificuldades de
Reunir o grupo todo para o ensaio, entrosar o grupo, tirar a timidez,
dar estímulos, mostrar o valor desse tipo de trabalho para o Reino
de Deus. É preciso ter personalidade firme e influência sobre os
demais de seu grupo, reconhecendo sempre que você foi chamado por
Deus para o propósito especifico da utilização do teatro como
forma de evangelização. Confiando sempre em Deus, sendo humilde,
aceitando sugestões, “fazendo parte” do grupo e entrosando o
grupo. Deve orientar e dirigir o ensaio com seriedade e sinceridade.
Prestando auxilio maior aos que tem mais dificuldade nas cenas.
Valorizar
o
potencial de cada componente, esclarecer acerca da responsabilidade
do trabalho. Estabelecer regras a serem cumpridas. Ser sempre o
primeiro a dar exemplo, viver o que prega, cobrar o máximo dos
componentes.
A
Escolha do Texto
O
texto deve ser escolhido de acordo com a necessidade da Igreja. Com a
orientação do pastor, escolha o tema que quer abordar e o texto
poderá ser escolhido de forma mais objetiva.
A
Escolha do Elenco e da Produção
São
dois processos: O convite para integrar o Grupo de teatro e a escolha
do elenco e da Produção. Faça o seguinte convite:
-
Que
sejam pessoas batizadas com o Espírito Santo
-
Gostem
de teatro (atuar ou participar da produção)
-
Tenham
tempo para se dedicar aos dias de ensaios.
Depois
de feito o convite, divida em 2 Grupos: a Produção (sonorização,
iluminação, cenário, figurino, maquilagem) e o Elenco. A Produção
é geralmente composta de pessoas que gostam de teatro, mas não de
interpretar. Então, elas desejam ajudar na parte de iluminação,
sonorização, maquilagem, cenário e figurino. Estabeleça as
tarefas para essas pessoas, pois elas serão assistentes diretos do
líder. Para escolher o elenco da peça, deve-se levar em
consideração os requisitos abaixo. Costumo classificar exatamente
nesta ordem.
Aparência
– É extremamente necessária que a aparência da pessoa
identifique juntamente ao publico, a imagem que se pretende passar do
personagem. Uma pessoa mal escolhida para interpretar um papel pode
acabar estragando a montagem por sua aparência não convencer o
publico. Ex. Colocar um rapaz muito alto e extremamente magro para
fazer um papel de Deus. Vai ironizar o personagem.
Voz
– Imagine um jovem que esta mudando de voz, fazendo papel de um
homem de 50 anos. Nem pensar. Uma atriz jovem com voz de criança,
traz certa desconfiança para o publico. Um rapaz de voz forte pode
desempenhar um personagem que tenha que passar credibilidade.
Interpretação
– Porque coloquei interpretação em ultimo lugar? Pois bem. De que
adiantaria ser um excelente ator/atriz se não possui a aparência ou
a voz adequada ao personagem.
Cabe
ao líder, definir os papeis de acordo com a aparência e a voz de
cada componente. A aparência é tão importante na cena, que o ator
pode fazer uma cena sem dizer uma única palavra. Lembre-se: O que
aparece no teatro é o “corpo” e a “fala”. Como já dito, a
aparência e a voz.
Começando
a Ensaiar
Antes
do início do ensaio, orem. Depois do ensaio, também. Estabeleça
regras quanto a datas de ensaios e horário e seja rígido. Ensaio
serve para elaborar a apresentação da peça, marcar as cenas,
entrosar o grupo.
Primeira
etapa de ensaio
-
Distribua
os textos e dê um prazo para estar decorado
-
Comece
ensaiando somente a voz, a entonação das falas. Sente-se em circulo
com o grupo e leiam
o
texto do início ao fim. Isso fará com que conheçam a historia a
ser apresentada.
-
Ensaie
cenas isoladas, não precisa ser na ordem em que aparecem no texto.
-
Faça
os exercícios da Oficina de Dramatização
Segunda
etapa de ensaio
-
Comece
a cobrar o texto decorado
-
Os
componentes que tiverem seus textos decorados, podem começar a terem
suas cenas marcadas (movimento e voz).
-
A
cada erro em cena, faça com que se comece do inicio da cena. Isso
fará com que os atores decorem suas falas mais rápido.
Terceira
etapa de ensaio
-
Comece
a ensaiar as cenas em ordem cronológica. Se houver cenas ainda não
prontas, faça os atores repetirem várias vezes depois do ensaio
cronológico.
-
Não
permita que os componentes segurem o texto durante suas cenas nos
ensaios. Se for preciso dite as palavras e eles repitam. Se isso não
for feito eles vão se prender ao texto e dificultar a marcação das
cenas e o bom andamento do companheiro de cena.
-
Comece
a incluir nos ensaios, cenário, iluminação e sonorização. Isso
serve para adaptar os atores a realidade da cena.
Quarta
etapa de ensaio
-
Verificar
o figurino e o tempo necessário para troca de roupa (caso haja).
-
Organizar
todo o equipamento necessário para a apresentação.
-Fazer
o ensaio geral.
Marcar
as cenas de movimentos é estabelecer: locais de entrada e saída de
personagens, posição na cena, movimentos feitos durante a cena.
Sentar-se, levantar-se, andar pra frente/trás etc. É expressamente
proibido ficar de costas para o publico, a não ser que a marcação
de cena exija isso. Quanto mais marcada a cena, mais bonito fica o
efeito visto pelo público.
Marcação
de voz - É proibido falar com a cabeça baixa, falar pro chão ou
falar rápido demais o texto.
Coach
– Técnico. Na TV, alguns atores possuem um diretor somente pra
ele. Este se dedica a auxiliá-lo para melhorar seu desempenho nas
cenas. Coloque um componente como Coach de cena de outro componente.
Assim ele poderá auxiliar o companheiro em cena e trará novas
idéias para a direção.
Oficina
de Dramatização
Apesar
de você dispor de um elenco disposto a servir, certamente eles
enfrentarão diversos “temores”, principalmente se forem
iniciantes. Os exercícios da Oficina de Dramatização são
extremamente importantes durante os ensaios. Através deles, a
timidez, a sensação de incapacidade, a vergonha, o nervosismo,
podem ser facilmente eliminados. É muito importante a participação
de todo o elenco, (incluindo a equipe de produção) desses
exercícios. Os exercícios contribuem inclusive para o entrosamento
de todo Grupo de Teatro. Abaixo seguem alguns desses exercícios:
EXERCÍCIOS
PARA A VOZ
Lembre-se:
Falar alto e gritar são posturas totalmente diferentes. Ensine seu
grupo a falar alto. Gritar só se houver necessidade em cena.
CONTAGEM
de 1 a 10
Contar
de 1 à 10, a cada número, aumentar gradativamente o volume da voz e
na seqüência, contar de 10 à 1, a cada número diminuir
gradativamente o volume da voz.
OBJETIVO:
Conhecer a capacidade de voz de cada componente e desenvolver em cada
um controle do volume da voz.
DICÇÃO
Cada
componente deve ler em voz alta o texto de seu personagem na trama,
destacando todas as silabas, pontuação e entonação.
OBJETIVO:
Trabalhar as dificuldades encontradas pelos componentes ao pronunciar
o texto de modo a tornar mais claro para o público as falas dos
personagens.
VIBRAÇÃO
DAS CORDAS VOCAIS
Molhar
os lábios (inferior e superior) com a própria saliva, juntar os
lábios formando um bico, respirar profundamente e soltar o ar pela
boca de maneira a fazer com que os lábios vibrem. Fazer três series
de 10 repetições cada.
OBJETIVO:
Exercitar as cordas vocais.
EXERCÍCIOS
PARA A INTERPRETAÇÃO
IMPROVISO
Divida
o elenco em grupos de 3 ou 4 pessoas. (Preferencialmente coloque os
que têm menos intimidade entre si). O líder dirá a cada grupo um
tema bíblico e que personagens cada um fará. Tudo por mímica.
Tipo: Daniel na cova dos Leões: Coloque uma mulher para fazer
Daniel. Cada grupo fará sua apresentação e ao termino, todos devem
sentar-se em círculos e de forma franca e sincera se avaliarem.
OBJETIVO:
Esse exercício é saber se os atores estão conseguindo passar a
mensagem escolhida pelo líder.
PEGADINHA
Algumas
cenas exigem da pessoa a necessidade de chorar ou de fazer uma cena
de agressividade. Algumas pessoas, às vezes não conseguem devido à
timidez ou a vergonha, ou por não querer se expor. Se você percebe
que há necessidade que a pessoa chore, faça o seguinte:
Discretamente, durante o ensaio, combine com todo o elenco para que
na cena que essa pessoa tem de chorar, todos comecem a reclamar do
mau desempenho dela e que ela não corresponde às expectativas do
grupo, peça a todos para reclamarem muito dela na frente dela. Até
que ela chore e liberte suas emoções. No final do exercício,
revele a pessoa que a brincadeira tem por objetivo liberar as
emoções. Se for o caso da pessoa precisar demonstrar agressividade
em cena e não esteja atingindo o objetivo, o líder do grupo deverá
ser “curto e grosso” e chamar a atenção dessa pessoa na frente
de todo o grupo de maneira que só pare na hora que conseguir “tirar
do sério” a pessoa em questão. Depois revele que foi um
exercício.
OBJETIVO:
Libertar as emoções.
ORDEM
EXECUTADA
O
líder deverá pedir para o grupo ficar andando, o grupo não pode
falar, tudo deverá ser feito através mímica. No ouvido de cada um,
o líder dará uma ordem que deverá ser executada. Exemplo: Clara,
leva a Maria para aquela parede. Maria, não faça o que a Clara quer
que você faça. Ana, não deixe o Pedro imitar um macaco. Pedro
imite um macaco. Manoel imite um louco. João imite o Manoel. O líder
pode aproveitar esse exercício para aproximar pessoas do grupo que
tem pouca afinidade.
OBJETIVO:
Despertar a criatividade e o improviso nos atores. Também tirar a
vergonha e a timidez uma vez que todos estarão se expondo ao mesmo
tempo.
Exercícios
para Expressão Facial
A
PESSOA E O ESPELHO
Coloque
um componente de frente para o outro. Um que seja extrovertido, este
será a “pessoa” e outro mais tímido, que será o “espelho”.
A pessoa fará os movimentos faciais (sorriso, tristeza, espanto,
risada, caretas diversas) e o espelho terá que imitar. Depois
inverta os papeis de pessoa e espelho.
OBJETIVO:
Desenvolver expressão facial nos componentes, tirar a timidez e a
vergonha.
EXERCÍCIOS
PARA EXPRESSÃO CORPORAL
IMAGINAÇÃO
Os
componentes estarão espalhados pelo local de ensaio, então o líder
lhes dirá como devem se comportar. Os componentes têm liberdade
para falar, se quiserem. Eles esquecerão que estão numa sala
fechada e se transportarão para outros lugares. Exemplo: Numa
guerra, num temporal, numa floresta sombria, andando sobre o fogo, a
neve, na água, na beira de um abismo etc.
OBJETIVO:
Desenvolver a capacidade de externar para o corpo sensações que
precisem ser mostradas em cena.
CRIAÇÃO
DE OBJETOS
Os
componentes devem estar um ao lado do outro numa fila reta. Em
silencio total, eles devem criar objetos nas mãos e passar para o
componente ao lado que deverá receber o objeto e transformá-lo em
outro e passar adiante até o ultimo componente. Deve-se levar em
conta o peso, consistência e tamanho do objeto. Quem receber uma
agulha deverá recebe-la com cuidado para “não escapar de suas
mãos”, porem quem receber uma televisão fará muito esforço para
segurá-la.
OBJETIVO:
Desenvolver a criatividade e o improviso em cena. Tornar as mãos e o
corpo ágeis.
A
Produção
Iluminação
Assistente
de Iluminação. Ele é essencial numa apresentação teatral. É ele
quem vai apagar e acender as luzes e criar efeitos visuais com luzes.
A iluminação deve ser testada durante os ensaios. A iluminação
tem que necessariamente vir do alto para não projetar “sombras”
na parede de fundo do palco de apresentação.
Sonorização
Selecione
as musicas e fundos musicais a serem utilizados de acordo com o tema
ou a cena a ser desenrolada. Organize tudo de maneira prática. Fica
por conta do Assistente de Som o bom andamento da trilha sonora
durante a apresentação da peça.
Figurino
Se
houver necessidade de recriar roupas de época, haverá a necessidade
de fazer vestimentas específicas. Porém, se o texto abordar tema
contemporâneo, converse com o Grupo para cada um cuidar de seu
próprio figurino. Caso haja troca de figurino de um mesmo
personagem, é necessário ter um Assistente de Figurino, para
orientar a pessoa a respeito dessa mudança.
Cenário
Pode
ser simples, ou muito bem estruturado. Isso vai depender da condição
financeira do Grupo. De qualquer maneira o uso do cenário pode ser
dispensável, dependendo do assunto a ser abordado. Claro que um
cenário numa montagem teatral, produz um efeito visual muito bonito
e realista.
Maquilagem
Peça
ajuda de alguém que tenha conhecimento de maquilagem. Disfarce os
atores. O ideal é que o publico não identifique, nem reconheça o
componente do grupo, mas apenas visualize o personagem na cena.
APOSTILA
PARA TEATRO DE BONECOS
(Elaborada por Bruno Soares)
INTRODUÇÃO
A presente apostila que aqui se encontra, foi preparada para você que quer ingressar neste fantástico mundo do teatro de bonecos.
Acredito que aqueles que colocarem em prática as regras basilares da manipulação estará dando margem ao ato de criar, experimentar, avaliar e recriar suas idéias e concepções no trabalho com teatro de bonecos, ao invés de deixá-las somente no papel.
Além do boneco ser uma peça para entretenimento, eles tem um grande potencial de expressão no auxílio da educação da criança e na divulgação da Palavra de Deus. Agora só depende de você, boa leitura.
UM BREVE HISTÓRICO DO TEARO DE BONECOS
O teatro de bonecos teve sua origem na mais remota antigüidade. Acreditasse que os primitivos encantavam-se com suas sombras movendo-se nas paredes, nessa época as mães teriam desenvolvido o TEATRO DE DEDOS, projetando, com as mãos sombras diversas nas paredes para distrair os filhos.
Com o passar do tempo, os homens começaram a modelar bonecos de barro, sem movimentos a princípio. Mais tarde conseguiram articular a cabeça e os membros dos bonecos, para, a seguir fazer representações com eles.
Na Índia, China e Jawa, também eram realizados teatro de bonecos. Os Egípcios ensinavam espetáculos sagrados nos quais a divindade falava e era representada por uma figura articulada.
Na Grécia antiga os bonecos articulados tinham, além da importância cultural, conotações religiosas. O Império romano assimilou da cultura grega o teatro de bonecos, que rapidamente se espalhou pela Europa.
Na idade média, os bonecos eram utilizados nas doutrinações religiosas e apresentadas em feiras populares. Houve um período em que os integrantes desses grupos de teatro foram muito perseguidos porque representavam personagens que faziam críticas as autoridades religiosas. Na Itália, o boneco mais conhecido foi o MACEUS, que antecedeu o POLICHINELO. Na Turquia havia o KARAGÓZ, na Grécia, as ATALANAS, na Alemanha, o KASPER, na Rússia, o PRETUSKA, em Jawa, o WAYANG, na Espanha, o CRISTÓVAM, na Inglaterra, o PUNCH, na França, o GUINHOL, no Brasil, o MAMULENGO.
Todos esses bonecos, de poucos recursos técnicos mas com grande possibilidades expressivas, possuem algo em comum: A irreverência, a espontaneidade, a não submissão ao estabelecido, a comicidade e por vezes, a crueldade. Na América os fantoches foram trazidos pelos colonizadores.
Entretanto, os nativos já confeccionavam bonecos articulados, que imitavam movimentos de homens e animais. Depois da primeira guerra, as marionetes foram difundidas pelo mundo introduzidas nas escolas, principalmente na Checoslováquia e nos Estados Unidos.
No Brasil, os bonecos começaram a ser utilizados em representações no século XVI. No tempo dos vice-reis eram muito apreciados. Foi no nordeste que o teatro de bonecos apareceu com destaque, principalmente em Pernambuco, onde até hoje é tradição. É o teatro MAMULENGO, rico em situações cômicas e satíricas.
A muito tempo grupos vem se esforçando para desenvolver o teatro de bonecos no Brasil, mas só a partir de meados do século passado os resultados começaram a aparecer. Nos últimos anos, o teatro de bonecos tomou grande impulso em nosso País, com o aperfeiçoamento da atuação dos grupos. Esses grupos além de apresentarem seus trabalhos, desenvolve oficinas do gênero e festivais de teatro de animação, tendo como apoio e reconhecimento como forma de cultura e arte por parte da secretarias de cultura e cooperativas de teatro.
MANIPULAÇÃO DE FANTOCHES
O boneco é um objeto inanimado até que o manipulador lhe dá vida. Essa vida é expressa pelo modo como o manipulador manipula o seu boneco. Essa é a maneira a se considerar em dar vida a um boneco.
Para primeiro dominar a técnica de manipulação de bonecos, é necessário que o ator conheça os movimento de suas mãos antes de começar a trabalhar com o boneco em si. Conhecer o movimento de cada dedo, movimentar o pulso e criar ritmos em cada movimento. Feito isso o ator-manipulador estará adquirindo percepção e domínio do movimento das mãos, educando-as para adquirir o máximo de sincronismo e naturalidade quando estiver interpretando com o fantoche. Podemos observar que as nossas mãos estão em constante movimento ( Juntamente com os braços e o corpo ), com elas também nos comunicamos através de gestos, ora demonstrando algo, ora expressando um sentimento. Antes de começarmos a trabalhar a parte da manipulação, vamos primeiro trabalhar o corpo e a voz, conhecer a postura correta de se manipular um boneco. Para isso começaremos com exercícios básicos de aquecimento físico, alongamento e relaxamento para o corpo e braços.
1. Mantenha-se em pé, coluna reta com os braços paralelo ao corpo.
2. Respire e solte o ar por duas vezes.
3. Passe o braço direito por cima da cabeça e segure o rosto do lado esquerdo e puxe inclinando a cabeça para o direito. Faça o mesmo procedimento com o braço esquerdo passando-o por cima da cabeça e segure o rosto do lado direito e puxe inclinando a cabeça para a esquerda.
4. Movimente a cabeça para cima e para baixo, para os lados.
5. Relaxe a cabeça e agora gire os ombros 8 vezes para frente e para trás.
6. Relaxe os ombros e agora gire os braços oito vezes para frente e para trás.
7. Estique os braços para frente alongando-os e solte relaxando, repita quatro vezes.
8. Coloque os braços ao lado do corpo e apertando-os ao sovaco, tente fazer o movimento como se tivesse batendo asas, mas somente do cotovelo até as mãos, faça com rapidez e depois solte e relaxe, repita por quatro vezes.
9. Inspire e expire. Agora respire ofegante e lentamente usando sempre o diafragma.
10. Faça um aquecimento de coluna.
Primeiro desça a cabeça; depois o peito ; barriga ; cintura; quadris; coxa; enrolando o corpo até o chão. Permaneça por um momento, conte até cinco vá desenrolando o corpo subindo por último a cabeça.
Repita o movimento por três vezes.
11- Trabalhe os pés. Fazendo movimento para cima e para baixo. Agora faça movimento em círculo por cinco vezes, para dentro e para fora. Faça o mesmo exercício só que agora com os joelhos.
12- Respire e repita o exercício 9.
13- Estique os braços para frente com as mãos abertas como se fosse um sinal de pare.
B- DICÇÃO
Para trabalhar textos com falas, ter domínio da dicção é fundamental para trabalhar a personagem .Quanto melhor desenvoltura você terá na sua interpretação. Comece com estes exercícios:
BA BE BI BO BU
LA LE LI LO LU
DA DE DI DO DU
PSA PSE PSI PSO PSU
PRA PRE PRI PRO PRU
VRA VRE VRI VRO VRU
BLA BLE BLI BLO BLU
SAPATOPRÁ SAPATOPRÉ...
CADEIRAPLÁ CADEIRAPLÉ..
JANELAFRÁ JANELAFRÉ...
Repita três vezes seguidas estas palavras:
a- TESSALONICENSSES
b- PARALELEPÍPEDO
c- OTORRINOLARINGOLOGISTA
d- MISSANTROPO
e- ARTAXERXES
C- TRAVA-LÍNGUA
Exercícios de trava-língua pode parecer brincadeira de criança, mas é um ótimo exercício para melhorar a dicção e a projeção vocal. Repita cada palavra articulando bem as mesmas, depois repita-as falando rápido por três vezes.
Segue algumas sugestões abaixo:
DIGA RÁPIDO, SEM TROPEÇAR NA LETRA
E SEM ERRAR A PALAVRA
MARIA MOLE É MOLENGA
SE NÃO É MOLENGA,
NÃO É MARIA MOLE.
É COISA MALEMOLENTE, NEM MALA, NEM MOLA
NEM MARIA, NEM MOLE.
O DESINQUIVICAVACADOR
DAS CARAVELARIAS
DESINQUIVICAVACARIA
AS CAVIDADES QUE DEVERIAM SER
DESINQUIVICAVADA
A SÁBIA NÃO SABIA
QUE O SÁBIO SABIA
QUE O SÁBIA SABIA.
O DOCE PERGUNTOU PRO DOCE
QUAL É O DOCE MAIS DOCE
QUE O DOCE DE BATATA DOCE.
4- A MANIPULAÇÃO
Antes de começarmos a manipular o boneco em si, o ator bonequeiro precisa conhecer primeiramente o movimento das mãos, a articulação dos pulsos, braços e dedos. Enfim, trabalhar e estudar movimentos sem o uso do boneco.
Primeiro Passo - Movimentando com os dedos
Movimente cada dedo das mãos.
Movimente para frente, para trás e para os lados. Feito isso, faça com que aja interação entre os dedos. Pegue tinta guache ou de tecido [ diversas cores] e pinte os dedos de cada cor em forma de carinha [ não é necessário ter detalhes, olhos, boca, etc.
Agora comece trabalhando com pequenos diálogos com os dedos, por exemplo, o indicador e o polegar;
INDICADOR: VERMELHO: Bom dia senhor amarelo. Está um belo dia hoje não? AMARELO: Bom dia senhor vermelho o dia está maravilhoso.
Trabalhe com diálogos simples e objetivos, para ter uma noção.
De características a cada personagem e um tipo de voz diferente para cada um.
Agora vamos fazer uma variação. Tomemos copinhos, destes descartáveis tipo de servir café.
Pegue caneta hidrocor desenhe vários rostinhos, coloque o copinho nos dedos e trabalhe manipulação, prenda os copinhos com fita dupla face nos dedos.
faça o mesmo exercício básico, crie diálogos, situações, coloque música de fundo para desenvolver ritmo aos dedos.
Segundo Passo - Manipulando objetos
Pegue objetos que não sejam fáceis de quebrar e comece a contar uma história. Você pode desenvolver a história pegando lápis e canetas que são objetos fáceis de se manusear. Trabalhe outros tipos de objetos, de diversas formas e tamanhos.
Crie movimentos com os objetos. Jeito de andar, de correr, tipo de voz, jeito de falar.
Terceiro Passo - Manipulando com figuras
Pegue figuras de revistas, jornais, revistas e recorte-os. Feito isso comece a trabalhar a manipulação e improvisar diálogos, como foi demonstrado nos passos anteriores. Essas figuras servem para trabalhar a criatividade e caracterização de um determinado personagem. Por exemplo:
Pessoas da política, artistas, animais, crianças, jovens, velhos, etc. Enfim você estará criando uma galeria de personagens.
Quarto Passo - Manipulando fantoches de mão
Os fantoches de mão são os mais fáceis de manusear para o manipulador iniciante, pois todos os movimentos resultam da forma como o manipulador movimenta o boneco. Antes de você usar o fantoche, trabalhe primeiramente os movimentos das mãos, dos pulsos e dos dedos. Comece com uma simples pantomima. Dominando os movimentos básicos, passe para os mais avançado. Para você observar melhor a sua manipulação, coloque a sua frente um espelho quando você tiver segurança com os movimentos básicos passe a manipular o boneco em si. Segue no final desta apostila um quadro com os movimentos básicos.
Quinto Passo - Manipulando bonecos
Fantoches são bonecos daqueles tipos sem boca, em que as cabeças são feitas de bolas de isopor ou papel marche, em alguns lugares e no meio teatral eles são conhecidos como mamulengos. Esse tipo de boneco é mais conhecido como fantoche, já bonecos definimos estes que são do estilo da televisão ( Cocoricó, TV Colosso, TVE, Muppets, Vila Sésamo, Boneca garrafinha, etc.), por suas bocas serem móveis. Usualmente o movimento possível para esse tipo de boneco é o abrir e o fechar da boca, vamos estudar alguns exemplos para tornar esse movimento mais eficaz.
a - A cabeça do boneco deve ser mantida levemente inclinada para que a platéia possa ver os olhos do boneco.
b - No ato de falar, os movimentos dos dedos e dos pulsos do manipulador devem coincidir com as, palavras do diálogo.
c - Sempre que começar um diálogo termine-o com boca fechada.
d - Ao fazer o boneco dialogar movimente o pulso para ambos os lados para dar movimento ao boneco enquanto este fala.
e - Comece com a própria voz a trabalhar cada consoante do alfabeto. É necessário domina-las primeiro depois partir para os diálogos.
EX:
ALFABETO = PRONÚNCIA
A = a
B = Be
C = Ce
D = De
E = e
F = Éfe
G = Ge
H = Agá
I = i
J = Jota
K = Cá
L = Éle M = Eme
N = Ene
O = O
P = Pe
Q = Que R = Erre
S = Esse
T = Te
U = u
V = Ve
W = Dabliu
X = Xis
y = Ipsulom
Z = Zê
f- Pratique com o boneco recitando frases simples e poemas infantis. Por Exemplo:
"Eu vou pra a casa."
"Minha boneca é de pano."
"Meu jardim é florido."
Cante cantigas de roda somente com a sua voz.
Consiga efeitos diferentes variando a velocidade e o quanto você abrirá a boca do boneco. O boneco pode fazer movimento de "sim" ou "não", pratique sempre os movimentos básicos diante de um espelho.
Utilize também CD's com músicas infantis para treinar dubla e aprimorar a manipulação e a voz.
Sexto Passo- Manipulando fantoches de varetas
Esse tipo de fantoche consiste de uma vareta para o corpo e cabeça e uma vareta para cada mão.
Segure a vareta da cabeça e a vareta para uma das mãos e a terceira vareta com a outra mão. A manipulação deste fantoche depende da mobilidade do corpo e das mãos, os fantoches de vareta sem o corpo mas com roupas longas, podem dar um efeito de movimentos ondulantes.
Com os bonecos de boca móvel, você pode colocar varetas e ferrinhos nas mãos. Só que esse tem uma diferença você irá manipular a boca com a outra mão, cruze os ferrinhos em forma de X e entrelace os ferros entre os dedos como se estivesse manuseando pauzinho japonês. Esse método permite que você movimente melhor os braços e faça movimento de bater palmas.
Sétimo Passo- Fantoches com fios ou marionetes
Antes de adentrarmos a manipulação de marionetes é necessário conhecer tipos diferentes de controles. Todos marionetes precisam de controle para segurar os fios. Vejamos alguns:
# - Controle de uma peça
Use uma régua de 30cm ou pedaço de vareta do mesmo tamanho.
# - Controle de duas peças
Para fantoches pequenos e leves, faça este controle com palitos de sorvete, cole um sobre o outro em forma de cruz. Para fantoches mais pesados pegue dois pedaços de madeira com 15cm de comprimento por 2,5cm de largura. Faça ranhuras em cada pedaço de madeira, as ranhuras ajudarão a manter os fios no lugar.
# - Controle de três peças
Use três pedaços de madeira, cada qual com 15cm por 2,5cm de lar ura pegue também um prendedor de roupa. Faça ranhuras nos três pedaços de madeira. Agora cole com pedaço de madeira com quatro ranhuras quase no alto do pedaço de madeira com uma ranhura. Vai ficar um avião tipo biplano, cole o prendedor e prenda o pedaço de madeira com duas ranhuras com o prendedor de roupa.
Agora que conhecemos os controles, passaremos para a parte da manipulação com o marionetes de um controle só. Segure o controle com uma das mãos e use a outra mão para levantar sutilmente o fio para conseguir movimentos.
Marinetes com controles de três ou quatro peças dão margem a uma variedade de movimento, procure evitar roupas que atrapalhe a manipulação dos marionetes. Manipular não é tão fácil quanto se parece, requer muita prática e exercício para se dominar todos os movimentos possíveis. Observe como as pessoas se movimentam e experimente o mesmo efeito com a marionete, sempre pratique diante de um espelho, começando com movimentos simples como acenar com a mão, apontar, coçar a cabeça, fingir que está chorando etc. Para fazer o boneco caminhar, balance bem de leve os controles de um lado para o outro.
Mantenha os pés do boneco no chão, para que não pareça que está flutuando no ar, evite fazer o boneco andar depressa. Sempre mantenha o corpo do boneco na posição vertical, do contrário, parecerá que está desequilibrado. Trabalhe outros movimentos como, deitar, dançar, inclinar e sentar. Pratique movimentos básicos.
Oitavo Passo - Trabalhando a voz para os fantoches
Colocar uma voz no boneco requer habilidade, siga estas sugestões.
# - Comece usando sua voz normal. Quando estiver seguro experimente usar uma voz diferente.
# - A voz de um fantoche deve combinar com o seu caráter, uma formiga e um elefante não pode ter a mesma voz.
# - Compreenda a natureza física da personagem para que a voz seja condizente com ela.
# - Quando houver dois fantoches em cena trabalhe tons contrastantes, (Tom baixo, alto, grave, agudo.).
# - Desenhos animados são ótimas referências para se buscar tipos diferentes de vozes.
# - Leia pequenos textos e trabalhe-os usando a voz.
# - Para se ter mais segurança na voz e na manipulação, decore um texto.
# - Imite vozes de animais e tente adequar a voz do fantoche.
Nono Passo - Trilha sonora
O desempenho de qualquer peça de teatro de bonecos é realçado por uma trilha sonora. A música estabelece quando a peça vai começar e dá uma sensação de fim quando a peça se encerrar.
Possibilita fazer ligação de uma cena para outra, ajuda a mostrar passagem de tempo enquanto a mudança no cenário. A trilha sonora deve ser simples para não dominar a peça, use a trilha somente quando os bonecos não estiverem falando, isso impede que a música abafe as vozes, grave a trilha em Cd ou fita, sempre selecionando músicas apropriadas para as peças.
Décimo Passo - Dicas para uma boa manipulação
# - Os fantoches devem ser mantidos na posição vertical, não incline os fantoches.
# - Cada movimento deve ter um significado, evite movimentos sem razão.
# - Os fantoches devem entrar por um dos lados do palco, ao menos, que seja um efeito especial (subir de elevador, escada rolante ).
# - Quando dois fantoches estiverem em cena devem estar com os olhos no mesmo nível.
# - Os bonecos que não estiverem falando, podem concordar ou discordar, sempre participando da cena, nunca parado e sem movimento.
# - Trabalhe reações e emoções com os bonecos. Observe os movimentos de outros bonecos e maneiras de manipulação.
Como todo seguimento, o teatro de fantoche tem um mundo de opções, você descobrirá com o tempo muitas outras maneiras de fazer teatro de bonecos e adquirirá técnicas para seu desenvolvimento profissional. Esta apostila é uma pedra no oceano. O básico do básico.
A presente apostila que aqui se encontra, foi preparada para você que quer ingressar neste fantástico mundo do teatro de bonecos.
Acredito que aqueles que colocarem em prática as regras basilares da manipulação estará dando margem ao ato de criar, experimentar, avaliar e recriar suas idéias e concepções no trabalho com teatro de bonecos, ao invés de deixá-las somente no papel.
Além do boneco ser uma peça para entretenimento, eles tem um grande potencial de expressão no auxílio da educação da criança e na divulgação da Palavra de Deus. Agora só depende de você, boa leitura.
UM BREVE HISTÓRICO DO TEARO DE BONECOS
O teatro de bonecos teve sua origem na mais remota antigüidade. Acreditasse que os primitivos encantavam-se com suas sombras movendo-se nas paredes, nessa época as mães teriam desenvolvido o TEATRO DE DEDOS, projetando, com as mãos sombras diversas nas paredes para distrair os filhos.
Com o passar do tempo, os homens começaram a modelar bonecos de barro, sem movimentos a princípio. Mais tarde conseguiram articular a cabeça e os membros dos bonecos, para, a seguir fazer representações com eles.
Na Índia, China e Jawa, também eram realizados teatro de bonecos. Os Egípcios ensinavam espetáculos sagrados nos quais a divindade falava e era representada por uma figura articulada.
Na Grécia antiga os bonecos articulados tinham, além da importância cultural, conotações religiosas. O Império romano assimilou da cultura grega o teatro de bonecos, que rapidamente se espalhou pela Europa.
Na idade média, os bonecos eram utilizados nas doutrinações religiosas e apresentadas em feiras populares. Houve um período em que os integrantes desses grupos de teatro foram muito perseguidos porque representavam personagens que faziam críticas as autoridades religiosas. Na Itália, o boneco mais conhecido foi o MACEUS, que antecedeu o POLICHINELO. Na Turquia havia o KARAGÓZ, na Grécia, as ATALANAS, na Alemanha, o KASPER, na Rússia, o PRETUSKA, em Jawa, o WAYANG, na Espanha, o CRISTÓVAM, na Inglaterra, o PUNCH, na França, o GUINHOL, no Brasil, o MAMULENGO.
Todos esses bonecos, de poucos recursos técnicos mas com grande possibilidades expressivas, possuem algo em comum: A irreverência, a espontaneidade, a não submissão ao estabelecido, a comicidade e por vezes, a crueldade. Na América os fantoches foram trazidos pelos colonizadores.
Entretanto, os nativos já confeccionavam bonecos articulados, que imitavam movimentos de homens e animais. Depois da primeira guerra, as marionetes foram difundidas pelo mundo introduzidas nas escolas, principalmente na Checoslováquia e nos Estados Unidos.
No Brasil, os bonecos começaram a ser utilizados em representações no século XVI. No tempo dos vice-reis eram muito apreciados. Foi no nordeste que o teatro de bonecos apareceu com destaque, principalmente em Pernambuco, onde até hoje é tradição. É o teatro MAMULENGO, rico em situações cômicas e satíricas.
A muito tempo grupos vem se esforçando para desenvolver o teatro de bonecos no Brasil, mas só a partir de meados do século passado os resultados começaram a aparecer. Nos últimos anos, o teatro de bonecos tomou grande impulso em nosso País, com o aperfeiçoamento da atuação dos grupos. Esses grupos além de apresentarem seus trabalhos, desenvolve oficinas do gênero e festivais de teatro de animação, tendo como apoio e reconhecimento como forma de cultura e arte por parte da secretarias de cultura e cooperativas de teatro.
MANIPULAÇÃO DE FANTOCHES
O boneco é um objeto inanimado até que o manipulador lhe dá vida. Essa vida é expressa pelo modo como o manipulador manipula o seu boneco. Essa é a maneira a se considerar em dar vida a um boneco.
Para primeiro dominar a técnica de manipulação de bonecos, é necessário que o ator conheça os movimento de suas mãos antes de começar a trabalhar com o boneco em si. Conhecer o movimento de cada dedo, movimentar o pulso e criar ritmos em cada movimento. Feito isso o ator-manipulador estará adquirindo percepção e domínio do movimento das mãos, educando-as para adquirir o máximo de sincronismo e naturalidade quando estiver interpretando com o fantoche. Podemos observar que as nossas mãos estão em constante movimento ( Juntamente com os braços e o corpo ), com elas também nos comunicamos através de gestos, ora demonstrando algo, ora expressando um sentimento. Antes de começarmos a trabalhar a parte da manipulação, vamos primeiro trabalhar o corpo e a voz, conhecer a postura correta de se manipular um boneco. Para isso começaremos com exercícios básicos de aquecimento físico, alongamento e relaxamento para o corpo e braços.
1. Mantenha-se em pé, coluna reta com os braços paralelo ao corpo.
2. Respire e solte o ar por duas vezes.
3. Passe o braço direito por cima da cabeça e segure o rosto do lado esquerdo e puxe inclinando a cabeça para o direito. Faça o mesmo procedimento com o braço esquerdo passando-o por cima da cabeça e segure o rosto do lado direito e puxe inclinando a cabeça para a esquerda.
4. Movimente a cabeça para cima e para baixo, para os lados.
5. Relaxe a cabeça e agora gire os ombros 8 vezes para frente e para trás.
6. Relaxe os ombros e agora gire os braços oito vezes para frente e para trás.
7. Estique os braços para frente alongando-os e solte relaxando, repita quatro vezes.
8. Coloque os braços ao lado do corpo e apertando-os ao sovaco, tente fazer o movimento como se tivesse batendo asas, mas somente do cotovelo até as mãos, faça com rapidez e depois solte e relaxe, repita por quatro vezes.
9. Inspire e expire. Agora respire ofegante e lentamente usando sempre o diafragma.
10. Faça um aquecimento de coluna.
Primeiro desça a cabeça; depois o peito ; barriga ; cintura; quadris; coxa; enrolando o corpo até o chão. Permaneça por um momento, conte até cinco vá desenrolando o corpo subindo por último a cabeça.
Repita o movimento por três vezes.
11- Trabalhe os pés. Fazendo movimento para cima e para baixo. Agora faça movimento em círculo por cinco vezes, para dentro e para fora. Faça o mesmo exercício só que agora com os joelhos.
12- Respire e repita o exercício 9.
13- Estique os braços para frente com as mãos abertas como se fosse um sinal de pare.
B- DICÇÃO
Para trabalhar textos com falas, ter domínio da dicção é fundamental para trabalhar a personagem .Quanto melhor desenvoltura você terá na sua interpretação. Comece com estes exercícios:
BA BE BI BO BU
LA LE LI LO LU
DA DE DI DO DU
PSA PSE PSI PSO PSU
PRA PRE PRI PRO PRU
VRA VRE VRI VRO VRU
BLA BLE BLI BLO BLU
SAPATOPRÁ SAPATOPRÉ...
CADEIRAPLÁ CADEIRAPLÉ..
JANELAFRÁ JANELAFRÉ...
Repita três vezes seguidas estas palavras:
a- TESSALONICENSSES
b- PARALELEPÍPEDO
c- OTORRINOLARINGOLOGISTA
d- MISSANTROPO
e- ARTAXERXES
C- TRAVA-LÍNGUA
Exercícios de trava-língua pode parecer brincadeira de criança, mas é um ótimo exercício para melhorar a dicção e a projeção vocal. Repita cada palavra articulando bem as mesmas, depois repita-as falando rápido por três vezes.
Segue algumas sugestões abaixo:
DIGA RÁPIDO, SEM TROPEÇAR NA LETRA
E SEM ERRAR A PALAVRA
MARIA MOLE É MOLENGA
SE NÃO É MOLENGA,
NÃO É MARIA MOLE.
É COISA MALEMOLENTE, NEM MALA, NEM MOLA
NEM MARIA, NEM MOLE.
O DESINQUIVICAVACADOR
DAS CARAVELARIAS
DESINQUIVICAVACARIA
AS CAVIDADES QUE DEVERIAM SER
DESINQUIVICAVADA
A SÁBIA NÃO SABIA
QUE O SÁBIO SABIA
QUE O SÁBIA SABIA.
O DOCE PERGUNTOU PRO DOCE
QUAL É O DOCE MAIS DOCE
QUE O DOCE DE BATATA DOCE.
4- A MANIPULAÇÃO
Antes de começarmos a manipular o boneco em si, o ator bonequeiro precisa conhecer primeiramente o movimento das mãos, a articulação dos pulsos, braços e dedos. Enfim, trabalhar e estudar movimentos sem o uso do boneco.
Primeiro Passo - Movimentando com os dedos
Movimente cada dedo das mãos.
Movimente para frente, para trás e para os lados. Feito isso, faça com que aja interação entre os dedos. Pegue tinta guache ou de tecido [ diversas cores] e pinte os dedos de cada cor em forma de carinha [ não é necessário ter detalhes, olhos, boca, etc.
Agora comece trabalhando com pequenos diálogos com os dedos, por exemplo, o indicador e o polegar;
INDICADOR: VERMELHO: Bom dia senhor amarelo. Está um belo dia hoje não? AMARELO: Bom dia senhor vermelho o dia está maravilhoso.
Trabalhe com diálogos simples e objetivos, para ter uma noção.
De características a cada personagem e um tipo de voz diferente para cada um.
Agora vamos fazer uma variação. Tomemos copinhos, destes descartáveis tipo de servir café.
Pegue caneta hidrocor desenhe vários rostinhos, coloque o copinho nos dedos e trabalhe manipulação, prenda os copinhos com fita dupla face nos dedos.
faça o mesmo exercício básico, crie diálogos, situações, coloque música de fundo para desenvolver ritmo aos dedos.
Segundo Passo - Manipulando objetos
Pegue objetos que não sejam fáceis de quebrar e comece a contar uma história. Você pode desenvolver a história pegando lápis e canetas que são objetos fáceis de se manusear. Trabalhe outros tipos de objetos, de diversas formas e tamanhos.
Crie movimentos com os objetos. Jeito de andar, de correr, tipo de voz, jeito de falar.
Terceiro Passo - Manipulando com figuras
Pegue figuras de revistas, jornais, revistas e recorte-os. Feito isso comece a trabalhar a manipulação e improvisar diálogos, como foi demonstrado nos passos anteriores. Essas figuras servem para trabalhar a criatividade e caracterização de um determinado personagem. Por exemplo:
Pessoas da política, artistas, animais, crianças, jovens, velhos, etc. Enfim você estará criando uma galeria de personagens.
Quarto Passo - Manipulando fantoches de mão
Os fantoches de mão são os mais fáceis de manusear para o manipulador iniciante, pois todos os movimentos resultam da forma como o manipulador movimenta o boneco. Antes de você usar o fantoche, trabalhe primeiramente os movimentos das mãos, dos pulsos e dos dedos. Comece com uma simples pantomima. Dominando os movimentos básicos, passe para os mais avançado. Para você observar melhor a sua manipulação, coloque a sua frente um espelho quando você tiver segurança com os movimentos básicos passe a manipular o boneco em si. Segue no final desta apostila um quadro com os movimentos básicos.
Quinto Passo - Manipulando bonecos
Fantoches são bonecos daqueles tipos sem boca, em que as cabeças são feitas de bolas de isopor ou papel marche, em alguns lugares e no meio teatral eles são conhecidos como mamulengos. Esse tipo de boneco é mais conhecido como fantoche, já bonecos definimos estes que são do estilo da televisão ( Cocoricó, TV Colosso, TVE, Muppets, Vila Sésamo, Boneca garrafinha, etc.), por suas bocas serem móveis. Usualmente o movimento possível para esse tipo de boneco é o abrir e o fechar da boca, vamos estudar alguns exemplos para tornar esse movimento mais eficaz.
a - A cabeça do boneco deve ser mantida levemente inclinada para que a platéia possa ver os olhos do boneco.
b - No ato de falar, os movimentos dos dedos e dos pulsos do manipulador devem coincidir com as, palavras do diálogo.
c - Sempre que começar um diálogo termine-o com boca fechada.
d - Ao fazer o boneco dialogar movimente o pulso para ambos os lados para dar movimento ao boneco enquanto este fala.
e - Comece com a própria voz a trabalhar cada consoante do alfabeto. É necessário domina-las primeiro depois partir para os diálogos.
EX:
ALFABETO = PRONÚNCIA
A = a
B = Be
C = Ce
D = De
E = e
F = Éfe
G = Ge
H = Agá
I = i
J = Jota
K = Cá
L = Éle M = Eme
N = Ene
O = O
P = Pe
Q = Que R = Erre
S = Esse
T = Te
U = u
V = Ve
W = Dabliu
X = Xis
y = Ipsulom
Z = Zê
f- Pratique com o boneco recitando frases simples e poemas infantis. Por Exemplo:
"Eu vou pra a casa."
"Minha boneca é de pano."
"Meu jardim é florido."
Cante cantigas de roda somente com a sua voz.
Consiga efeitos diferentes variando a velocidade e o quanto você abrirá a boca do boneco. O boneco pode fazer movimento de "sim" ou "não", pratique sempre os movimentos básicos diante de um espelho.
Utilize também CD's com músicas infantis para treinar dubla e aprimorar a manipulação e a voz.
Sexto Passo- Manipulando fantoches de varetas
Esse tipo de fantoche consiste de uma vareta para o corpo e cabeça e uma vareta para cada mão.
Segure a vareta da cabeça e a vareta para uma das mãos e a terceira vareta com a outra mão. A manipulação deste fantoche depende da mobilidade do corpo e das mãos, os fantoches de vareta sem o corpo mas com roupas longas, podem dar um efeito de movimentos ondulantes.
Com os bonecos de boca móvel, você pode colocar varetas e ferrinhos nas mãos. Só que esse tem uma diferença você irá manipular a boca com a outra mão, cruze os ferrinhos em forma de X e entrelace os ferros entre os dedos como se estivesse manuseando pauzinho japonês. Esse método permite que você movimente melhor os braços e faça movimento de bater palmas.
Sétimo Passo- Fantoches com fios ou marionetes
Antes de adentrarmos a manipulação de marionetes é necessário conhecer tipos diferentes de controles. Todos marionetes precisam de controle para segurar os fios. Vejamos alguns:
# - Controle de uma peça
Use uma régua de 30cm ou pedaço de vareta do mesmo tamanho.
# - Controle de duas peças
Para fantoches pequenos e leves, faça este controle com palitos de sorvete, cole um sobre o outro em forma de cruz. Para fantoches mais pesados pegue dois pedaços de madeira com 15cm de comprimento por 2,5cm de largura. Faça ranhuras em cada pedaço de madeira, as ranhuras ajudarão a manter os fios no lugar.
# - Controle de três peças
Use três pedaços de madeira, cada qual com 15cm por 2,5cm de lar ura pegue também um prendedor de roupa. Faça ranhuras nos três pedaços de madeira. Agora cole com pedaço de madeira com quatro ranhuras quase no alto do pedaço de madeira com uma ranhura. Vai ficar um avião tipo biplano, cole o prendedor e prenda o pedaço de madeira com duas ranhuras com o prendedor de roupa.
Agora que conhecemos os controles, passaremos para a parte da manipulação com o marionetes de um controle só. Segure o controle com uma das mãos e use a outra mão para levantar sutilmente o fio para conseguir movimentos.
Marinetes com controles de três ou quatro peças dão margem a uma variedade de movimento, procure evitar roupas que atrapalhe a manipulação dos marionetes. Manipular não é tão fácil quanto se parece, requer muita prática e exercício para se dominar todos os movimentos possíveis. Observe como as pessoas se movimentam e experimente o mesmo efeito com a marionete, sempre pratique diante de um espelho, começando com movimentos simples como acenar com a mão, apontar, coçar a cabeça, fingir que está chorando etc. Para fazer o boneco caminhar, balance bem de leve os controles de um lado para o outro.
Mantenha os pés do boneco no chão, para que não pareça que está flutuando no ar, evite fazer o boneco andar depressa. Sempre mantenha o corpo do boneco na posição vertical, do contrário, parecerá que está desequilibrado. Trabalhe outros movimentos como, deitar, dançar, inclinar e sentar. Pratique movimentos básicos.
Oitavo Passo - Trabalhando a voz para os fantoches
Colocar uma voz no boneco requer habilidade, siga estas sugestões.
# - Comece usando sua voz normal. Quando estiver seguro experimente usar uma voz diferente.
# - A voz de um fantoche deve combinar com o seu caráter, uma formiga e um elefante não pode ter a mesma voz.
# - Compreenda a natureza física da personagem para que a voz seja condizente com ela.
# - Quando houver dois fantoches em cena trabalhe tons contrastantes, (Tom baixo, alto, grave, agudo.).
# - Desenhos animados são ótimas referências para se buscar tipos diferentes de vozes.
# - Leia pequenos textos e trabalhe-os usando a voz.
# - Para se ter mais segurança na voz e na manipulação, decore um texto.
# - Imite vozes de animais e tente adequar a voz do fantoche.
Nono Passo - Trilha sonora
O desempenho de qualquer peça de teatro de bonecos é realçado por uma trilha sonora. A música estabelece quando a peça vai começar e dá uma sensação de fim quando a peça se encerrar.
Possibilita fazer ligação de uma cena para outra, ajuda a mostrar passagem de tempo enquanto a mudança no cenário. A trilha sonora deve ser simples para não dominar a peça, use a trilha somente quando os bonecos não estiverem falando, isso impede que a música abafe as vozes, grave a trilha em Cd ou fita, sempre selecionando músicas apropriadas para as peças.
Décimo Passo - Dicas para uma boa manipulação
# - Os fantoches devem ser mantidos na posição vertical, não incline os fantoches.
# - Cada movimento deve ter um significado, evite movimentos sem razão.
# - Os fantoches devem entrar por um dos lados do palco, ao menos, que seja um efeito especial (subir de elevador, escada rolante ).
# - Quando dois fantoches estiverem em cena devem estar com os olhos no mesmo nível.
# - Os bonecos que não estiverem falando, podem concordar ou discordar, sempre participando da cena, nunca parado e sem movimento.
# - Trabalhe reações e emoções com os bonecos. Observe os movimentos de outros bonecos e maneiras de manipulação.
Como todo seguimento, o teatro de fantoche tem um mundo de opções, você descobrirá com o tempo muitas outras maneiras de fazer teatro de bonecos e adquirirá técnicas para seu desenvolvimento profissional. Esta apostila é uma pedra no oceano. O básico do básico.
EXERXÍCIOS
Vários
Atores Sobre o Palco
Os
que estão na parte de baixo inventam uma história que os estão no
palco representam com mímica. Os que estão embaixo discutem, falam;
os de cima só se mexem.
Inter-relação
de personagens
Este
exercício pode ou não ser mudo. Um ator inicia uma ação. Um
segundo ator aproxima-se e, através de ações físicas visíveis,
relaciona-se com o primeiro de acordo com o papel que escolhe: irmão,
pai, tio, filho etc... O primeiro ator deve procurar descobrir qual o
papel e estabelecer a inter-relação. Seguidamente, entra um
terceiro ator que se relaciona com os dois primeiros, depois um
quarto e assim sucessivamente.
Três
Tarefas
Faça
uma lista de atividades simples de executar, como: subir numa
cadeira, deitar-se no chão, bater com o livro no chão etc... Após
fazer uma lista, você, ou seu parceiro, deve posicionar-se no centro
da área de trabalho. Em seguida, o observador escolhe três
atividades para que o ator represente como tarefa inicial, central e
final.
Tente
encontrar uma forma lógica de realizar as três tarefas. Você pode
encadear todos os três segmentos do exercício em uma única
seqüência motivada, mas, ainda assim, estará realizando três
atividades distintas. Por exemplo, suponha que você receba as três
atividades citadas acima, na mesma ordem. Você pode sentir-se
atraído pelo objeto (livro) logo no início. Tente ler o livro.
Perceba que está muito escuro e acenda a luz. A luz não acende.
Suba em uma cadeira para verificar se a lâmpada esta frouxa.
Atarraxe a lâmpada. A luz acende! Deite-se no chão, embaixo da
lâmpada. Perceba que ainda não esta claro o suficiente e que você
está forçando a vista. Fique nervoso e bata com o livro no chão.
Todo
o objetivo do exercício passa por cinco etapas bem definidas, que
podem ser seu super-objetivo, seu objetivo comum, uma unidade ou um
objetivo antigo. As cinco etapas são: Enfoque; Determinação;
Preparação; Ataque e Liberação. No caso de unidades ou batidas, a
liberação final geralmente o levará ao próximo enfoque. Um
indivíduo é atraído por um estímulo (Enfoque); decide fazer algo
a respeito (Determinação); reúne tudo o que precisa, incluindo
coragem para lidar com o problema (Preparação); faz aquilo que
precisa fazer (Ataque); e relaxa para ver o efeito de suas ações
(Liberação), com a descrição dessas cinco etapas, acabamos de
resumir a chamada ação gestáltica.
Podemos
dizer que o enfoque complementa a Etapa da Atenção, na qual o
locutor atrai o público com seu material; a Determinação
complementa a Etapa da necessidade, na qual o locutor explica porque
as pessoas com que fala devem participar da ação; a Preparação
complementa a Etapa dos Critérios, na qual o locutor define
possíveis soluções para o problema; o Ataque complementa a Etapa
da Solução, onde o locutor demonstra ao público que uma certa
resposta conhecida por ele é adequada às exigências de todos os
critérios e resolverá o problema com o mínimo de repercussão; e a
liberação complementa o Impulso à atividade, no qual o locutor
instiga o público o máximo que pode e observa-o a fim de comprovar
a eficácia de suas incitações. Este sistema pode ser uma
ferramenta útil para o entendimento de uma cena complexa ou de uma
atividade mais problemática. Se alguém tentar aplicar este sistema
cientificamente, pode acabar destruindo a espontaneidade da ilusão
criada pela primeira encenação de uma obra. Contudo, se você
utilizar o sistema com discrição, a etapa do enfoque pode ajudá-lo
a encontrar descobertas no decorrer do texto.
EXERCÍCIOS
DE IMPROVISAÇÃO
(Humor)
Andy
Goldberg
TROCA
DE EMOÇÕES
(2
ATORES E 2 APONTADORES)
Este
é, pessoalmente, um dos meus exercícios de improvisação
preferido. Aparentemente, funciona melhor quando nele estão
envolvidos 2 estranhos que partilham alguma experiência comum, tal
como lavar roupa, tomar uma bebida em um bar ou passar um dia
agradável no parque.
Dois
atores (vamos chamá-los de apontadores), um para cada ator no palco,
obtêm primeiro uma lista de emoções ou estados mentais da platéia
(ex: medo, confusão, animação, paranóia, ingenuidade) e um local
para iniciar a cena. Uma vez estabelecido o local e iniciado o
relacionamento entre os dois personagens, os apontadores começam a
controlá-los e a seu relacionamento anunciando as emoções da
lista, mudando as emoções dos personagens no palco, uma de cada
vez. A função do apontador é operar em seu respectivo ator uma
mudança emocional adequada de forma a dar continuidade ao enredo da
cena.
Neste
exercício, ouvir é de suma importância, tanto da parte dos atores
do palco quanto dos apontadores. Aqui, o humor provém da habilidade
do ator em mudar sua emoção ao mesmo tempo que mantém o fluxo da
cena. Os apontadores devem revezar-se ao fazer as mudanças a fim de
dar tempo para que cada ator apresente sua nova emoção. Tenha
consciência de que não é necessário falar imediatamente após a
mudança de emoções. Uma emoção pode ser retratada com a mesma
eficiência através do comportamento físico até o momento certo
para a fala.
LIVRO
DE CENAS TEATRAIS
(2
ATORES)
Este
exercício requer um livro de cenas de peças, tal como Great Scenes
From The World Theater. Um ator lê o diálogo de um personagem,
tirado de uma cena de uma peça. O outro ator improvisa o diálogo
para combinar com a mesma, criando assim uma cena inteiramente nova.
Uma profissão é escolhida para o improvisador a fim de que o mesmo
tenha um personagem para interpretar. Enquanto o ator com o texto
começa a se apresentar no palco, o ator da improvisação entra e
diz a primeira fala. Por exemplo, se a profissão é a de médico, a
primeira fala pode ser "Estou com os resultados do seu raio X".
O leitor lê então a primeira fala do diálogo de um dos personagens
da peça. Em seguida, o trabalho de improvisador é justificar a
relação que aquela fala tem com a cena (embora provavelmente nada
tenha a ver com o raio X) respondendo no papel de médico. O
improvisador nunca deve fazer perguntas ao leitor, já que uma
resposta, muito provavelmente, não estará no texto. Os 2 atores
continuam a dialogar enquanto o improvisador continua a explicar
todas as falas que lhe são atiradas. Se um discurso longo aparece no
texto, o ator que está lendo pode usar apenas a primeira frase da
fala. Este é um exercício importante para treinar a capacidade de
ouvir e a flexibilidade em uma cena.
Auto
Apresentações
A
: O que queremos?
Todos
sentados, de preferência no chão. Cada participante diz seu nome,
conta experiências anteriores com teatro, outras experiências
artísticas, experiências com público, por que veio, o que espera
do grupo e o que pode oferecer ao mesmo.
Esta
apresentação serve para o grupo começar a se conhecer. Já se pode
perceber quem é tímido, quem é descontraído, quem quer
aparecer... O oficineiro já tem o desafio de fazer que todos
valorizem e respeitem a participação dos colega. E surge o desafio
de produzir uma unidade de pessoas tão diferentes, formando um
grupo. É bom que o oficineiro anote o nome de cada participante e
outros detalhes importantes da apresentação.
B
:Nome X Movimento
Todos
formam um círculo, em pé. Um participante de cada vez faz um
movimento que comece com a primeira letra do seu nome (ex.: Débora
começa a dançar). O grupo tem que:
#
Descobrir o que ela está fazendo;
#
Descobrir o nome dela;
#
Dançar como ela;
#
Dizer o nome dela, olhando pra ela. O jogo segue até que todos
tenham participado com seu nome e movimento (ex.: Paulo pula, Carlos
corre...)
C
:Nomes com Alcunhas
Sentados
em roda, um começa apresentando-se, dizendo seu nome e uma palavra
que comece com a mesma letra de seu nome. Ex.: "Eu sou a Débora
danada". Quem está ao seu lado continua: "Ela é a Débora
danada; eu sou o Antônio amado". A terceira participante
continua: "Ela é a Débora danada; ele é o Antônio amado; eu
sou a Maria morena". O jogo prossegue até que todos os nomes
sejam incluídos na frase.
D
: Bolinha x Nome
Todos
em pé, em círculo. O oficineiro entrega uma bola (de tênis ou de
meia) para um ator. Este deve olhar no olho de um colega, dizer o
próprio nome e jogar a bolinha para que este a pegue. Estando com a
bolinha, este olha no olho de outro colega, diz o próprio nome e
arremessa a bolinha para este e assim segue o jogo.
Neste
jogo, trabalha-se o foco do olhar. É importante olhar no olho antes
de dizer o nome do colega e de arremessar a bola (depois falarei da
importância do olhar no teatro). É um jogo simples que exige que o
grupo todo fique atento. Permite a memorização dos nomes.
Variações
1
) Sugerir um sentimento. O jogo continua exatamente o mesmo, mas ao
jogar a bolinha e falar o nome, deve ser expresso um sentimento.
Ex.: alegria, amor, saudade, surpresa, tristeza... (neste, não
colocar sentimentos como raiva, ódio... pelo risco de alguém se
machucar com uma bolada).
2
) Jogo com movimento. Ao jogar a bola, segui-la para ocupar o lugar
do jogador que recebe a bola.
D
: Nome X Música
Cada
um cria uma musicalidade para seu nome(pode ser imitando som de
animais, pode ser cantando... ). O grupo caminha aleatóriamente pela
sala, cada ator 'cantando' seu nome. Forma-se o círculo, e cada
ator 'canta' seu nome primeiro sozinho depois acompanhado por todo o
grupo, um por um até que todos tenham 'cantado' seu nome.
E
: Encontro Musical
Música
tocando todos andando pela sala, direções aleatórias. Quando a
música pára, cada jogador dá o braço à pessoa que estiver mais
perto de si – os pares cumprimentam-se um ao outro. A música
recomeça, e o par continua a andar pela sala a conversar. Quando a
música pára, cada par liga-se a outro par e apresentam-se todos uns
aos outros. O Jogo continua até todos os participantes estarem num
único grupo.
F
: Nomes, palmas...
Círculo,
em pé. Olha no olho de um colega, diz seu nome, parte em direção
ao mesmo batendo uma palma nas próprias costas outra na frente, e
bate nas mãos do colega do nome citado, acima da cabeça. Este olha
para outro colega, diz seu nome... Jogar assim durante um tempo até
que tenham pegado a prática. Noutro encontro pode-se complicar um
pouco mais.
O
mesmo círculo, diz o nome de quem vai receber, mas ao sair do seu
lugar levanta o joelho direito batendo uma palma em baixo da coxa
direita, levanta o joelho esquerdo, bate a palma em baixo da coxa
esquerda, bate uma palma nas costas , outra à frente e bate nas mãos
do colega acima da cabeça.
O
colega que recebe começa a acompanhar a partir da palma nas costas,
mas quem se desloca, cortando o círculo é apenas o colega que está
passando.
Exercícios
Cada
exercício visa aprimorar atores em áreas distintas como:
improvisação, expressão corporal, expressão vocal etc. Fique a
vontade!
Atualmente
existem 2 exercícios cadastrados.
Exercício
nº 01
Exercício:
Espelho.
Objetivo:
Aprimorar
a capacidade de concentração, expressão corporal e facial.
Tempo:
5
min. + 5 min.
Material:
Nenhum
especial.
Execução:
Separe
o grupo em duplas (preferencialmente pessoas do mesmo sexo juntas) e
forme duas fileiras com um ao lado do outro de forma que cada pessoa
fique com seu parceiro imediatamente à sua frente.
Indique
qual será a fileira dos "espelhos" e qual a fileira dos
"atores". Inicie o exercício pedindo que cada ator se
comporte como se estivesse em frente a um espelho pela manhã logo
após acordar.
O
exercício consiste em que os "espelhos" imitem o mais
perfeitamente possível os movimentos e gestos do ator.
Enquanto
o exercício ocorre passeie pelo lado de fora da fileira dos
"espelhos" verificando as imperfeições de cada um e
corrigindo-as. Um dos erros que os "espelhos" mais cometem
neste exercício está ligado à lateralidade. Quando o ator levanta
o braço direito, o "espelho" tem que levantar o braço
esquerdo para simular um espelho de verdade! Geralmente as pessoas se
confundem nos primeiros momentos.
Faça
o exercício por 5min, depois inverta as fileiras: quem era "espelho"
vira "ator" e vice-versa. Repita o exercício por mais
5min.
Exercício
nº 02
Exercício:
Estória
sem fim
Objetivo:
Aprimorar
a capacidade de improviso.
Tempo:
Indeterminado.
Material:
Estórias
curtas e de fácil memorização.
Execução:
Faça
todos os atores formarem um circulo ao redor de você de forma que
você possa falar-lhes claramente no meio da roda. Enquanto explica
como funciona este exercício rapidamente pense em um começo e um
fim para uma estória qualquer (se preferir você pode colocar um
começo, um meio e um fim, isso torna o exercício mais difícil).
A
seguir conte aos atores como será o começo, o meio (se for o caso)
e o fim da estória que você bolou. Indique a pessoa que irá
iniciar a narrativa e mostre que a pessoa a seu lado direito irá
terminar a estória. O objetivo é contar a estória inteira partindo
do começo até o final da roda passando por todos os integrantes.
É
importante realizar este exercício pelo menos duas vezes (com duas
estórias completamente diferentes cada).
Na
primeira vez depois de indicar quem começa e quem termina a estória,
siga o sentido horário (sentido do relógio) indicando por meio de
um estalar de dedos quando uma pessoa pára de contar a estória e a
outra deve começar. Ressalte que enquanto um estiver contando sua
parte os outros devem prestar atenção para a aonde a estória
caminha e continuar contando-a com a maior coerência possível. O
último ator deve concluir a estória exatamente como combinado e os
demais devem conduzir a estória até o final proposto sem acabar
antes da última pessoa.
Na
segunda vez, informe um novo começo e fim de uma outra estória
(como na primeira vez), mas desta vez informe que você não seguirá
o sentido do relógio (em seqüência), mas que informará com um
estalar de dedos (aleatóriamente) quem deve continuar a narrativa.
Indique desta vez somente quem começa a estória.
Como
na segunda vez não há seqüência você precisa informar quais são
os três últimos atores próximos ao fim da estória para que os
atores improvisando saibam como conduzir a narrativa. Então, quando
faltarem três pessoas para acabar diga algo como "você é a
terceira pessoa" enquanto estala o dedo na direção de alguém.
Contar
a mímica feita por outro
|
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Um
ator vai ao palco e conta, em mímica, uma pequena história. Uma
segundo ator observa enquanto que os outros três não podem ver.
O segundo ator vai ao palco e reproduz o que viu, enquanto os
outros dois não vêm: só o terceiro. Vai o terceiro e o quarto o
observa, mas não o quinto. Vai o quaro e o quinto o observa.
Finalmente vai o quinto ator e reprodua o que viu fazer ao
quarto.
Compara-se depois o que fez o primeiro: em geral, o quinto já não tem nada mais a ver com o primeiro. Depois, pede-se a cada um que diga em voz alta o que foi que pretedeu mostrar com a sua mímica. Este exercício é divertissímo Variante: cada ator que observa tenta corrigir aquilo que viu. Por exemplo: imagina que o ator anterior estava tentando mostar tal coisa, porém que o fazia mal - dispõe-se então a fazer a mesma coisa, porém bem - eliminando os detalhes inúteis e magnificando os mais importantes. Sugestões Interpalco O Método Com a chegada do Teatro de Arte de Moscou sob a supervisão direta de Konstantin Stanislavsky, este novo método de interpretação espalhou-se pelo mundo. Uma boa parte dele permaneceu igual a como ele ensinava. Outra foi abandonada, modificada ou ampliada para suprir necessidades de uma sociedade em mudança. Mas, basicamente seu sistema tem sobrevivido intacto a quase todos os abusos feitos. Até sua ênfase na realidade, na beleza da natureza, na dignidade da vida foram criticadas como vulgaridades simplesmente porque a verdade foi levada ao palco. Houve cultos professores universitários de teatro que rejeitaram seus ensinamentos: instrutores, professores de teatro e outros que deturparam e deformaram seus significados para satisfazer suas próprias vontades. Atores também têm rejeitado Stanislavsky ao aderir a uma forma exagerada de interpretação. Mas a verdade é uma adversária terrível porque a natureza está do seu lado. Muitos atores negam que suas representações sejam exageradas porque tentam evitar seu método. No entanto, não percebem que o esforço para ser eficiente ou agradar facilmente, leva a um comportamento errado no palco. Isto é só um outro exemplo da necessidade de auto-consciência. Com esta consciência, o ator percebe que o exagero e a grandiosidade são, na maioria dos casos, erros. Como nós aprendemos com a experiência (e através do processo de eliminação), o próximo problema que temos pela frente é exatamente o oposto, não deixando de ser outro tipo de exagero: representar de forma atenuada, minimizando a realidade. Os atores do Método também tornam-se vítimas deste defeito durante treinamento. Exagerar qualquer coisa no palco tornou-se um pecado tão sério para os seguidores do Método que muitas vezes somos obrigados a “nos contentar em ser natural” ao invés de dar vazão às expressões, mesmo que elas estejam totalmente em harmonia com a realidade da situação. Isto é tão errado quanto exagerar. Portanto, uma fala lida com naturalidade e simplicidade, está mais de acordo com a realidade do que o risco de forçar uma emoção que pode soar falso. Os méritos da verdade devem ser nossa meta. Nem mais, nem menos. A forma de representar que acabamos de discutir é chamada atuação exagerada, mas este termo é contraditório em virtude da definição da representação para o ator moderno. Representar é alcançar a realidade no palco, exagerar seria negá-la. Representar de modo exagerado inclui a utilização de gestos e expressões vocais convencionais. Se a vida interior do personagem está ausente, o ator acabará recorrendo a tais clichês. O problema de exagerar é que o ator pode facilmente convencer-se de que está “vivendo mesmo” o seu personagem. Quando um ator prepara seu papel corretamente, ele transforma-se naquele personagem no palco. Claro que não deve deixar de ser ele mesmo, mas também é necessário que deixe de ser como é para seus amigos e família. Todo o seu êxito na realização plena da sua caracterização reside na sua confiança, na realidade da sua própria expressão pessoal individual em oposição aos tipos de expressões clichês. O ator que conta com os dons naturais e com sua própria individualidade é um artista criativo. Aquele que não for treinado a usar sua expressão individual e não conseguir utilizar a si mesmo para ser o personagem que está interpretando, está preso e limitado ao convencionalismo. A sua voz raramente recorrerá a tons e modulações , ele vai sacudir os punhos, bater na testa, mover os olhos de forma falsa, apertar os dentes, fazer caretas, esbravejar, colocar a mão no coração, e recitar sem emoção.Imitar este estilo convencional de representação que, infelizmente tornou-se quase uma tradição, é ridículo. É certo que existem atores que freqüentemente exageram com perfeita habilidade. E estes mesmos são os que sempre exclamam que os momentos primorosos de pura criação e satisfação artística no teatro vieram daquelas raras vezes que sentiram-se “inspirados” no papel e pareciam “viver” o personagem. Seria muito mais gratificante para os seus espíritos criativos como artistas se eles pudessem treinar seus mecanismos para criar estes impulsos sempre! O melhor que um ator pode aprender com uma representação poucoinspirada é a certeza que, quando ocorrem momentos de verdadeira inspiração na peça, todos os outros momentos provavelmente foram falsos! Acredito firmemente que a natureza é uma força insuperável que não pode ser eternamente reprimida mas, em vez disto, irromperá esporadicamente dando rédeas soltas à verdade, apesar de nossas vulgaridades. Além disso, é um indício, em grande parte, de que nossa sociedade não segue automaticamente as leis naturais mas, ao contrário, tentamos e quase sempre conseguimos reprimi-las ou mudá-las. O ator que desejar atingir um talento artístico verdadeiro na sua profissão deve literalmente lutar pela verdade des suas convicções por toda sua vida, tanto no palco quanto fora dele. Ele não deve desistir até conseguir trazer ao palco o que todo ser humano produz naturalmente na vida. |
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Exercícios
Por
Daniel R. Oliveira Teatrólogo do Minsitério Palavra -IBMUC
1º
MIMICA
Sentados
em circulo, em silencio total, o primeiro participante criará com as
mãos um objeto, ou animalzinho, que será passado ao componente mais
próximo, que ao receber o presente observando bem do que se trata,
transformando-o em uma outra coisa qualquer, passando adiante e assim
sucessivamente. As criações serão recebidas em todo seu aspecto,
ou seja: peso, consistência, cheiro, etc. Depois de todos terem
feito o exercício, cada um devera responder o que recebeu de seu
colega. Objetivo: Entre outros tornar ágeis as mãos para que em uma
representação que exija o uso de um copo por exemplo, a personagem
poderá mostra-lo de modo invisível tornando a cena bem mais
criativa.
2º
EXERCICIO DE ROSTO
A)
Puxar os lábios fortemente para baixo, como se desejasse tocar o
queixo, e passar rapidamente a puxa-los para cima como tocando a
testa. Em seguida para os lados como a tocar as orelhas. - 3x B)
Inflar fortemente as bochechas, e soltar o ar em seguida lentamente.
- 3x C) Movimentar como os músculos do rosto a região dos olhos
para cima, para baixo e depois para os lados. - 2x D) Abrir o máximo
a boca e fecha-la rapidamente. - 2x Objetivo: treinar os movimentos
dos músculos faciais que são de grande importância na composição
de uma personagem
3º
EXPRESSÕES DRAMÁTICAS
Expressar
como o rosto e o corpo (quando necessário) sentimentos como alegria,
tristeza, medo, pavor, ira, orgulho, cinismo, desanimo, desprezo,
etc. Objetivo: Facilitar o desembaraço do componente do grupo, para
os papéis dramáticos.
4º
ESPELHO
Cada
componente do grupo escolherá um parceiro, onde um será o espelho e
o outro o comando. O espelho deverá repetir os gestos e movimentos
do comando como: pentear-se, pular, expressar caretas, abaixar, etc.
simultaneamente. Depois o espelho passará a ser comando e o comando
espelho. Objetivo: Adquirir o engrossamento do grupo nas cenas.
5º
EXPRESSÃO VOCAL
Repetir
rápida e lentamente, alto e baixo, frases como: O tamborineiro
tamborilava em seu tamborim. O doce falou pro doce que o doce mais
doce é o doce da batata doce. O vestidinho de bolinha da lucinha era
bonitinho e sem preço. Em um pote há uma aranha e uma rã, nem a rã
arranha a aranha, nem a aranha arranha a rã. Será dado um texto a
cada participante pra treino da leitura. Objetivo: Melhora da Dicção
6º
EXPRESSÃO CORPORAL
Espalhados
na sala os participantes deverão representar situações como: andar
sobre o fogo, nadar, dirigir, no escuro infestado de serpentes, na
chuva, na guerra, numa floresta, jogando bola, transformando-se em
objetos como: caneta, bola, troféu, cadeira, mesa, bicicleta, etc.
Objetivo: Exercitar a expressão corporal, e capacitar o grupo as
encenações futuras.
7º
FALAS AUTOMATICAS
Muitos
escritores famosos utilizaram a escrita automática, isto é,
escreviam o que lhes viesse a mente sem estabelecer freios para as
palavras Ex. Guimarães Rosa, Clarice Lispector entre outros. No
exercício de dois em dois participantes, um de costas para o outro,
darão seqüências a uma determinada historia mesmo que não haja
sentido algum, depois todos circulando a sala deverão falar ao mesmo
tempo tudo o que estão pensando, sem preocupações. Objetivo:
Eliminar as tensões, e descobrir a criatividade.
8º
BICHO-DA-SEDA
Em
pés, e em silencio, os participantes terão a sensação de serem
bichos-da-seda e com movimentos suaves, deverão retirar de em torno
do corpo, finíssimos fios e tece-los sobre si. Objetivo:
Concentração, Liberar os movimentos corporais, e relaxar os nervos.
9º
BALÃO DE GÁS
Ainda
em silencio, erguer os braços o máximo possível, ficando nas
pontas dos pés como querer tocar o teto com as pontas dos dedos, e
derrepente abaixar-se distendendo-se até tocar com as mãos no chão
como se fosse um balão de ar. Objetivo: concentração.
10º
CORRIDA EM CAMERA LENTA
Realizando
uma corrida em que o vencedor será quem chegar por ultimo. Os passos
deverão ser longos porem lentos. Objetivo: conhecimento dos limites
do espaço cênico e do próprio corpo.
11º
ESTATUAS
Os
participantes farão diversos tipos de expressão corporal enquanto
será dado sinais para que virem estatuas num determinado momento em
que forem surpreendidos . Objetivo: conhecimento da técnica do
estático, muito utilizado nas dramatizações.
12º
SOTAQUES
Cada
participante deverá falar com um tipo de sotaque, Ex. Nordestino,
guacho, mineiro, carioca, português, espanhol, etc. Objetivo:
Preparação para futuros papeis em que seja necessário um sotaque
especifico.
13º
SEM COMUNICAÇÃO
O
grupo imaginará que está em um outro mundo, numa outra época (
como pré historia) e não sabem como se comunicarem entre si,
descobrindo modos de estabelecer a comunicação. Objetivo: Liberar a
Criatividade.
14º
RELAXAMENTO
Técnica
utilizada nos ensaios e nos momentos antecedentes da encenação,
Todos estarão sentados confortavelmente, em absoluto silencio, numa
sala pouco iluminada e com um som ambiente, serão seguidos os
movimentos indicados pelo líder. a) Todos deverão sentir os dedos e
as plantas dos pés, relaxando-se ao máximo. Respirar profunda e
suavemente. b) Afrouxar os músculos das pernas e joelhos. c) Fazer o
mesmo com o abdome, imaginando ainda que uma grande suavidade envolve
os órgãos digestivos. d) O mesmo com o tórax, os ombros, e a nuca
mais demoradamente. e) Amolecer os braços as palmas das mãos e os
dedos. f) Relaxar o couro cabeludo, e tirar do rosto qualquer ruga de
preocupação g) Imaginar um lugar lindo e tranqüilo, como um
amanhecer no campo. h) Pedir a todos que bocejem e se espreguicem
lentamente como gatos. Objetivo: Eliminar as tensões, e adquirir
concentração.
15º
IMPROVISAÇÃO
Os
participantes se dividiram em pequenos grupos, onde cada grupo ira
representar uma improvisação do dia como: família, escolas,
trabalho, etc. no final será avaliado as atuações de cada grupo.
Objetivo: Exercitar a criatividade do grupo.
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