Há
outro aspecto da família que encontramos também como uma reflexão
da
divindade.
É um conceito que iremos chamar de “chefia”. Vejamos o que Paulo
diz em 1
Coríntios
11:3: “Quero, porém, que saibais que Cristo é o cabeça de todo
homem, o homem
(ou
marido) o cabeça da mulher (ou esposa), e Deus o cabeça de Cristo.”
Temos
o seguinte relacionamento, então: Deus é o cabeça de Cristo,
Cristo é o
cabeça
do homem, e o homem é o cabeça da mulher. Outra vez temos um
relacionamento
eterno.
A chefia do Pai sobre o Filho é eterna. Antes da criação do mundo,
Deus era Pai, e
também
cabeça, de Cristo.
A
partir deste ponto nós temos uma cadeia descendente de autoridade,
que vai desde
a
eternidade até o tempo. Deus Pai é cabeça de Cristo eternamente.
Cristo é cabeça do
homem
ou marido (é a mesma palavra no grego), e o homem é cabeça da
mulher ou
esposa.
Outra
vez temos um relacionamento no lar entre marido e esposa cuja
importância
transcende
os limites de tempo e espaço. É uma projeção dentro da família
de um
relacionamento
eterno. Deus eternamente é cabeça de Cristo, assim como o homem é
cabeça
da mulher.
Com
este modelo da divindade, podemos aprender muito sobre o padrão de
autoridade.
Cada um de nós só tem autoridade no plano de Deus quando estiver no
seu
devido
lugar numa cadeia de autoridade. Qualquer cadeia de autoridade no
universo
ultimamente
volta a Deus Pai como fonte original. Em outras palavras, toda
autoridade se
deriva
da sua posição abaixo de Deus.
No
lar, só existirá autoridade quando o marido for submisso a Cristo,
e a esposa for
submissa
ao marido. Se qualquer destes relacionamentos for quebrado, a
autoridade do lar
será
desfeita. Se o marido não estiver em submissão a Cristo, ele não
terá a autoridade
devida.
Se a esposa não estiver em submissão ao marido, ela não terá a
autoridade
necessária.
O
centurião romano veio a Jesus a favor do seu servo doente em Lucas
7. Nas suas
palavras
a Jesus ele resumiu o segredo da autoridade. Ele disse: “Pois
também eu sou
homem
sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a
este: Vai, e ele
vai;
e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz.”
A
maioria das pessoas não teria se expressado desta maneira. Muitos
falariam: “Eu
tenho
autoridade”. O centurião foi bem mais sábio e humilde. Ele não
disse: “Eu tenho
autoridade”;
ele disse: “Eu estou sujeito à autoridade”. Por ele estar no seu
lugar certo na
cadeia
de autoridade do exército romano, ele se tornava o representante
legal do imperador.
Quando
ele estava no seu devido lugar na cadeia, qualquer pessoa que o
resistisse, estava
na
verdade se opondo ao próprio imperador. A sua autoridade se derivava
da sua colocação
certa
numa cadeia. Ao sujeitar-se àqueles que estavam acima dele, ele
tinha direito de
exercer
autoridade sobre aqueles que estavam abaixo dele.
Ele
reconhecia em Jesus uma situação paralela no mundo espiritual. Ele
disse: “Eu
também
sou homem sujeito à autoridade”. O que ele tinha no campo militar,
Jesus tinha no
mundo
espiritual. Jesus estava debaixo da chefia do Pai. Estando debaixo da
autoridade do
Pai,
Jesus trazia a autoridade do próprio Deus consigo. Tudo que Jesus
fazia e dizia era tão
eficaz
como se o próprio Pai estivesse o fazendo e dizendo.
Quando
o marido está em submissão a Cristo, ele possui a própria
autoridade de
Cristo.
Tudo que aquele marido faz e diz é tão eficaz como se o próprio
Cristo estivesse o
fazendo
e dizendo. Quando a esposa está em submissão ao marido, ela tem
toda a
autoridade
do marido, que é a autoridade de Cristo, que é a autoridade de Deus
Pai.
Porém,
se a cadeia for quebrada em algum ponto, a autoridade é também
anulada. É
exatamente
isto que tem acontecido na maioria das famílias hoje. Não há
autoridade na
família,
porque em algum ponto alguém não está mantendo um relacionamento
certo. Na
maioria
dos lares, o marido não está sujeito a Cristo, e nem a esposa ao
seu marido. O
resultado
é uma quebra de autoridade, anarquia, desordem e rebelião.
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