“Por
esta razão dobro os joelhos perante o Pai, do qual toda família nos
céus e na
terra
toma o nome” (Ef 3:14,15).
O
apóstolo Paulo está escrevendo uma carta, e começa esta passagem
com uma
oração.
Não vamos tratar sobre o assunto da oração, mas a respeito da
pessoa a quem ela
se
dirige. A palavra traduzida no versículo acima como “família”
poderia também ser
“paternidade”.
No original a palavra grega é “pátria”, uma derivação direta
da palavra “pater”
que
significa “pai”. Portanto o versículo seria assim: “...o pai,
do qual toda paternidade nos
céus
e na terra toma o nome”. Desta maneira estamos descobrindo que o
fator originador da
família
é o pai.
Estes
versículos contêm uma revelação tremenda. A paternidade de Deus é
eterna.
Não
só é Deus o Pai de Jesus Cristo, mas toda paternidade é derivada e
estabelecida a
partir
do ofício do Pai na divindade. O ofício de um pai recebe com isto
um significado
tremendamente
importante. A função de um pai deriva sua santidade, autoridade e
importância
do fato dela ser uma projeção aqui na terra da paternidade divina e
eterna de
Deus
no céu.
Eu
pensava que Deus só se tornava Pai quando eu me tornava seu filho.
Isto não
está
correto. Deus é Pai eternamente. Antes da criação, Deus já era
Pai. Ele é o Pai do
nosso
Senhor Jesus Cristo. O relacionamento de Pai para Filho dentro da
divindade é
eterno.
Antes que qualquer coisa fosse criada, Deus eternamente era Pai, e
Cristo era
eternamente
seu Filho.
Desta
forma, todo pai, dentro da criação, recebe seu nome a partir da
paternidade
eterna
de Deus. Este fato concede importância e santidade enormes ao ofício
de pai. É na
realidade,
uma projeção da própria natureza de Deus para dentro da
experiência humana,
aqui
na terra e no tempo.
Em
João 14:2 Jesus diz: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”.
Deus é um Pai.
Ele
possui uma casa! Se estudarmos a palavra “casa” nas Escrituras,
iremos notar que seu
uso
não está ligado a um edifício material. “Casa” na Bíblia
quase sempre refere a uma
família
em primeiro lugar, e ao edifício por ela ocupada apenas de maneira
secundária.
Portanto,
quando Jesus fala da “casa de meu Pai”, ele esta dizendo que Deus
tem
uma
família celeste. Assim, há uma família no céu, Deus é
eternamente um Pai, e a vida e
estrutura
da família têm sua origem na eternidade. É um retrato aqui na
terra do
relacionamento
de Pai para Filho dentro da divindade. Vemos que vida no lar
significa muito
mais
que o mero fato de algumas pessoas morarem juntas debaixo do mesmo
teto. É uma
realidade
ligada à natureza da própria divindade.
Dizendo
isto de outra maneira; desde a eternidade há duas coisas sempre
verdadeiras:
Deus é um Pai, e o céu é um lar. Nem o ofício de pai, nem a vida
no lar, se
iniciaram
no tempo, ou depois da criação. São derivados do ser e natureza
eternos da
divindade.
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