Essa frase constitui um lugar comum, e freqüentemente é utilizada para propaganda comercial.
Desejo convidar os pais a refletirem sobre ela.
Que é participar?
Esse verbo tem diversas acepções, como lembra o Aurélio: “participar é fazer saber, informar, anunciar, comunicar”. E é também “ter ou tomar parte: ter ou receber parcela de um todo, ter traços em comum, (ter) ponto ou pontos de contato”. (Aurélio Século XXI, verbete participar).
À luz desses matizes semânticos, parece-me oportuno hoje salientar alguns aspectos da paternidade responsável, do ser pai, segundo a Palavra de Deus.
Ser pai é comunicar vida, mas também conhecimento.
Sim, com a capacidade co-criadora que o Senhor nos concedeu, geramos filhos, comunicamos-lhes vida física, mas nosso mandato como pais é de lhes transmitirmos vida moral e espiritual, pela palavra e pelo exemplo. Lembra-nos Deuteronômio 6.5-7: “Ame o SENHOR, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos.
Converse sobre elas quando estiver sentado, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar”. De maneira formal e informal, é mister essa participação aos filhos dos grandes valores da Palavra de Deus.
Ser pai é participar, mostrando o caminho
Salomão, o Sábio, lembra a todo pai: “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles” (Pv 22.6 NVI).
Ser pai é tomar parte na vida e no desenvolvimento dos filhos
Quanta vez o pai se envolve com o trabalho, a carreira, os estudos, a vida social e não acompanha o crescimento, o desenvolvimento e os progressos de seus filhos, e de repente os vê adultos, sem que aproveitasse o privilégio de estar com eles, e verificar seu desenvolvimento escolar, a formação de suas amizades, o estruturar de seus valores.
Esse alheamento ou omissão do pai será danoso aos filhos por toda a vida deles. Jesus dá-nos exemplo precioso: “... chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo...” (Mt 18.2-5).
Ser pai é transmitir carinho e cuidado, inclusive mediante o toque pessoal
Jesus fez isso em relação às crianças cujos pais as encaminharam a Ele. Conta o evangelho que “trouxeram crianças a Jesus para que lhes impusesse as mãos e orasse por elas. Mas os discípulos os repreendiam. Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam,pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas>. Depois de lhes impor as mãos, partiu dali” (Mt 19.13,14 NVI).
Ser pai é participar do modelo divino de paternidade, e ser paradigma para seus filhos
Diz Paulo aos efésios: “Portanto, sejam imitadores de Deus como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por todos nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus” (Ef 5.1,2).
Querendo ou não, os passos do pai são seguidos pelos filhos.
As novas gerações precisam de modelos, de paradigmas, e os pais devem constituir tais paradigmas, como Deus é o paradigma de todos nós, pais.
Deus abençoe todos os pais!
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