PERSONAGENS:
Nandic: Menina de mais ou menos 4 anos de idade
Sumo Otefe: Sumo sacerdote, pai de Nandic
Hanna: Mãe de Nandic
2 soldados
Missionário
Parte I
(Somente missionário e Sumo Otefe. O Sumo Otefe sentado no chão sobre um tapete ouvindo o missionário. O missionário com a bíblia na mão, lê como para um grande público, para isso inclui a platéia, ou seja, Sumo Otefe está de costas para a platéia.)
Missionário: Quem nos separará do amor de cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada? Está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todos os dias, fomos reputados como ovelha para o matadouro, mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, porque ele nos amou: porque estou certo de que nem a morte nem a vida , nem anjos , nem principados, nem potestades, nem o presente, nem o porvir, nem altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Jesus Cristo, nosso Senhor!
Sumo Otefe: OH! Senhor missionário, porque demorastes tanto para chegar até aqui? Por que não vieste trazer a verdadeira mensagem há mais tempo? Desconhecíamos toda a verdade, e muitos pecados cometemos por isto. Se soubéssemos antes... Não existiria Oranzin... (tempo) Nandic estaria comigo...
Parte II
Cena 1
(Som: tempestade, trovões, vento, relâmpagos...) (Nandic atravessa o palco chamando por sua mãe, volta e fica em conflito de qual caminho a seguir pois a estrada se divide. Um trovão no céu e ela toma a estrada errada. Tudo escurece e os dois soldados gritam e carregam-na para fora do palco. Os soldados voltam para o palco.)
Soldado 1: Precisamos comunica-lo.
Soldado 2: Você conta.
Soldado 1: Eu não, você.
Soldado 2: Eu não tenho coragem.
Soldado 1: Nem eu.
Soldado 2: Mas precisamos contar.
Soldado 1: Se não, seremos destruídos. Sumo Otefe terá de cumprir os mandamentos de deus Oranzin.
Soldado 2: Deus Oranzin já deve estar preparando a vingança.
Soldado 1: Nandic é a primeira a pisar lá.
Soldado 2: Deus Oranzin não permitirá isso.
Cena 2
(Otefe sentado majestosamente em uma cadeira. Entram soldados fazendo reverências e trazendo Nandic. Otefe levanta-se.)
Otefe: O que está acontecendo aqui?
Soldado 1: Sua filha, senhor sumo sacerdote Otefe, pisou em terá sagrada do templo do deus Oranzin.
Otefe: (aos prantos) Hana, Hana, Hana...
Nandic: (vai até o pai) O que houve papai? Por que esses homens me trouxeram até aqui? Por que o senhor está chorando?
Otefe: Hana...
(Entra Hana)
Hana: Por que me chamas desta forma, amado meu?
Otefe: Nandic pisou nas terras sagradas de Oranzin. A lei é bem clara quanto a isso: que seja atirada do mais alto penhasco da cidade, pelo sumo sacerdote do povo, ou todo povo será amaldiçoado por Oranzin. Eu preciso cumprir a lei.
Hana: Não, Nandic, não. Ninguém vai tirá-la de mim. (Pega-a nos braços e vira-se de costas). De meus braços Nandic não sairá. Que todo povo seja morto no lamaçal escaldante. Que larvas incandescentes derramem-se por toda nação, mas ninguém separará Nandic de mim.
(Os soldados tentam tirar Nandic. Otefe tenta convencer Hana de que é preciso. Nandic chora) Otefe: Hana, é preciso fazer isso.
Hana: Eu não quero!
Otefe: Eu também não quero!
Nandic: Por que vocês estão brigando assim?
Soldado 1: Precisamos leva-la agora.
Hana: Deixem-na comigo, pelo menos até manhã.
Soldado 2: Todos sabemos que isso é impossível.
Hana: (Joga-se no chão) Se Nandic fosse um menino nada disso estaria acontecendo.
Nandic: Mamãe, não chore, por favor!
(Hana de joelhos, abraça Nandic)
Hana: Oh! Meu amor!
(Tempo)
(Otefe está sentado com a cabeça entre as mãos)
Otefe: Eu não conseguirei, minha única filha.
(Os soldados tiram-na dos braços da mãe e levam-na)
Nandic: Para onde estão me levando, mamãe? Eu não quero ir, eu quero ficar aqui.
Hana: Vai filhinha, vai.
(Otefe abraça Hana e sai)
Hana: (No chão) Deuses, maldições, leis, santuários, mandamentos, templos, penhascos...
Cena 3
(Um soldado em cada lado do palco. Passa sumo Otefe de mãos dadas com Nandic.)
Nandic: Aonde estamos indo papai?
Otefe: Nós vamos colher flores do alto do penhasco.
Nandic: Mas mamãe disse que não há flores porque é outono.
Otefe: Então, veremos nossa tribo, lá de cima.
Nandic: Eu estou cansada, papai.
Otefe: Falta pouco filhinha, falta pouco.
(Otefe vira-se para os soldados e faz um sinal)
Otefe: Não conseguirei, façam vocês.
Soldado 2: Mas é o sumo sacerdote que precisa fazer isso.
Otefe: Sumo sacerdote, mas não o pai.
Nandic: Fazer o que, papai?
Otefe: Vai com eles filhinha, papai logo chega lá.
(A abraça)
(Nandic segue os soldados até saírem de cena. O pai fica sozinho em cena com a cabeça entre as mãos. Ouve-se o grito de Nandic)
(Black out total)
(Entra Otefe com um tapete e uma flauta. Desenrola o tapete, senta-se sobre o mesmo no centro do palco e toca um triste hino na flauta doce)
Nandic: Menina de mais ou menos 4 anos de idade
Sumo Otefe: Sumo sacerdote, pai de Nandic
Hanna: Mãe de Nandic
2 soldados
Missionário
Parte I
(Somente missionário e Sumo Otefe. O Sumo Otefe sentado no chão sobre um tapete ouvindo o missionário. O missionário com a bíblia na mão, lê como para um grande público, para isso inclui a platéia, ou seja, Sumo Otefe está de costas para a platéia.)
Missionário: Quem nos separará do amor de cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada? Está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todos os dias, fomos reputados como ovelha para o matadouro, mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, porque ele nos amou: porque estou certo de que nem a morte nem a vida , nem anjos , nem principados, nem potestades, nem o presente, nem o porvir, nem altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Jesus Cristo, nosso Senhor!
Sumo Otefe: OH! Senhor missionário, porque demorastes tanto para chegar até aqui? Por que não vieste trazer a verdadeira mensagem há mais tempo? Desconhecíamos toda a verdade, e muitos pecados cometemos por isto. Se soubéssemos antes... Não existiria Oranzin... (tempo) Nandic estaria comigo...
Parte II
Cena 1
(Som: tempestade, trovões, vento, relâmpagos...) (Nandic atravessa o palco chamando por sua mãe, volta e fica em conflito de qual caminho a seguir pois a estrada se divide. Um trovão no céu e ela toma a estrada errada. Tudo escurece e os dois soldados gritam e carregam-na para fora do palco. Os soldados voltam para o palco.)
Soldado 1: Precisamos comunica-lo.
Soldado 2: Você conta.
Soldado 1: Eu não, você.
Soldado 2: Eu não tenho coragem.
Soldado 1: Nem eu.
Soldado 2: Mas precisamos contar.
Soldado 1: Se não, seremos destruídos. Sumo Otefe terá de cumprir os mandamentos de deus Oranzin.
Soldado 2: Deus Oranzin já deve estar preparando a vingança.
Soldado 1: Nandic é a primeira a pisar lá.
Soldado 2: Deus Oranzin não permitirá isso.
Cena 2
(Otefe sentado majestosamente em uma cadeira. Entram soldados fazendo reverências e trazendo Nandic. Otefe levanta-se.)
Otefe: O que está acontecendo aqui?
Soldado 1: Sua filha, senhor sumo sacerdote Otefe, pisou em terá sagrada do templo do deus Oranzin.
Otefe: (aos prantos) Hana, Hana, Hana...
Nandic: (vai até o pai) O que houve papai? Por que esses homens me trouxeram até aqui? Por que o senhor está chorando?
Otefe: Hana...
(Entra Hana)
Hana: Por que me chamas desta forma, amado meu?
Otefe: Nandic pisou nas terras sagradas de Oranzin. A lei é bem clara quanto a isso: que seja atirada do mais alto penhasco da cidade, pelo sumo sacerdote do povo, ou todo povo será amaldiçoado por Oranzin. Eu preciso cumprir a lei.
Hana: Não, Nandic, não. Ninguém vai tirá-la de mim. (Pega-a nos braços e vira-se de costas). De meus braços Nandic não sairá. Que todo povo seja morto no lamaçal escaldante. Que larvas incandescentes derramem-se por toda nação, mas ninguém separará Nandic de mim.
(Os soldados tentam tirar Nandic. Otefe tenta convencer Hana de que é preciso. Nandic chora) Otefe: Hana, é preciso fazer isso.
Hana: Eu não quero!
Otefe: Eu também não quero!
Nandic: Por que vocês estão brigando assim?
Soldado 1: Precisamos leva-la agora.
Hana: Deixem-na comigo, pelo menos até manhã.
Soldado 2: Todos sabemos que isso é impossível.
Hana: (Joga-se no chão) Se Nandic fosse um menino nada disso estaria acontecendo.
Nandic: Mamãe, não chore, por favor!
(Hana de joelhos, abraça Nandic)
Hana: Oh! Meu amor!
(Tempo)
(Otefe está sentado com a cabeça entre as mãos)
Otefe: Eu não conseguirei, minha única filha.
(Os soldados tiram-na dos braços da mãe e levam-na)
Nandic: Para onde estão me levando, mamãe? Eu não quero ir, eu quero ficar aqui.
Hana: Vai filhinha, vai.
(Otefe abraça Hana e sai)
Hana: (No chão) Deuses, maldições, leis, santuários, mandamentos, templos, penhascos...
Cena 3
(Um soldado em cada lado do palco. Passa sumo Otefe de mãos dadas com Nandic.)
Nandic: Aonde estamos indo papai?
Otefe: Nós vamos colher flores do alto do penhasco.
Nandic: Mas mamãe disse que não há flores porque é outono.
Otefe: Então, veremos nossa tribo, lá de cima.
Nandic: Eu estou cansada, papai.
Otefe: Falta pouco filhinha, falta pouco.
(Otefe vira-se para os soldados e faz um sinal)
Otefe: Não conseguirei, façam vocês.
Soldado 2: Mas é o sumo sacerdote que precisa fazer isso.
Otefe: Sumo sacerdote, mas não o pai.
Nandic: Fazer o que, papai?
Otefe: Vai com eles filhinha, papai logo chega lá.
(A abraça)
(Nandic segue os soldados até saírem de cena. O pai fica sozinho em cena com a cabeça entre as mãos. Ouve-se o grito de Nandic)
(Black out total)
(Entra Otefe com um tapete e uma flauta. Desenrola o tapete, senta-se sobre o mesmo no centro do palco e toca um triste hino na flauta doce)
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