17 de outubro de 2010

ABORTO E ELEIÇÕES


Por: Gilson Bifano
Dentro de alguns dias o Brasil comparecerá para decidir, definitivamente, quem será seu próximo presidente.

O aborto, como todos sabem, é o grande tema que está dominando a discussão política. Alguns jornalistas importantes defendem que o aborto não deveria ser tema do debate político. Não concordo com essa posição. Creio, sim, que devemos dar atenção a este tema, e outros, que envolvem valores, na hora de apertar a tecla na urna eletrônica.

Aqui, no Estado do Rio de Janeiro, já nas eleições de 2006 uma candidata ao senado perdeu as eleições porque defendera o aborto.
Concordo com o antropólogo Roberto DaMatta (revista VEJA, 13.10.2010, página 65) quando afirmou o seguinte sobre o tema: “As discussões que envolvem valores morais são fundamentais numa eleição. O debate sobre o aborto já deveria ter ocorrido. Estamos atrasados”.

Creio que não somente o aborto, mas eutanásia, união civil entre pessoas do mesmo sexo devam, sim, ser debatidos exaustivamente pela sociedade.

Não podemos ser levados pela mídia parcial que tenta nos impor que a aceitação desses temas já seja da maioria da sociedade. Pesquisas sérias apontam que a grande maioria da sociedade é contra o aborto, é contra a união homossexual, é contra a eutanásia e outros temas que envolvam valores éticos.

Para a grande maioria da sociedade, aborto não é meramente uma questão de saúde pública.

Muitos argumentam que pelo fato de milhares de mulheres morrerem devido aos abortos clandestinos já seja um bom motivo para sua legalização. A mídia inunda a sociedade com dados estatísticos nessa direção para empurrar goela abaixo a regularização do aborto. Apontar dados estatísticos de mortes de mulheres, para convencer a sociedade de que o aborto deva ser regulamentado não é justificável.

Dar peso, na hora de votar, a temas como aborto, regulamentação da prostituição, união civil entre pessoas do mesmo sexo não é menos nobre do que discutir e valorizar temas como combate a pobreza, ajuda aos pobres, como bolsa família, segurança, distribuição de renda, estabilidade da economia e tantos outros que fazem parte do debate político.

Acredito até mesmo que deveríamos, como sociedade, neste debate político, focar com mais exaustão não somente o tema aborto, mas a questão da união civil entre pessoas do mesmo e o caso de adoção por pares homossexuais, eutanásia e legalização da prostituição. Temas que estão esquecidos, devido a ênfase dada ao aborto. Deveríamos, como sociedade, perguntar, olho no olho, aos candidatos o que pensam sobre o assunto e confrontar com as afirmações passadas e programas de seus partidos.

São temas que atingem diretamente à família. Se cremos que a família seja, realmente, “a célula mater da sociedade” esses temas devem ser tocados em todas as eleições.

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aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
João 4:14

E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Apocalipse 22:17
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