11 de agosto de 2009

Até que a morte nos separe



Nunca é tarde para descobrir novas maneiras de melhorar a vida conjugal. Assim como mulheres cristãs inteligentes que somos, porque temos a sabedoria dada por Deus para a nossa existência, podemos ser esposas zelosas. Em primeiro lugar, para evitar o desinteresse dos nossos maridos podemos cuidar de manter o desejo deles por nós. Além disso, devemos ser cúmplices na educação dos nossos filhos sem deixar que eles sejam o centro do nosso casamento. E finalmente, como mulheres virtuosas nós precisamos valorizar a fidelidade. Nada disso supera uma vida de comunhão com Deus, no entanto, servem como ferramentas na construção de um casamento feliz.

1) Até que a falta de desejo nos separe

Casamento é oportunidade de se viver uma vida plena, repleta de significados, de lutas, dificuldades, mas de amadurecimento, de crescimento pessoal, e no caso de nós mulheres cristãs, é uma chance de glorificar a Deus. Entendo que quando a Bíblia fala que a mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola a derruba com suas próprias mãos, está embutido um alerta contra a falta de sabedoria de algumas mulheres que desistiram da vida de casal, ou colocaram-na em segundo plano. Já ouvi algo parecido com isso: "mulher depois que se casa não se cuida, não se arruma, não cuida do corpo, do cabelo, das unhas... Aí a gente perde o desejo e passa a olhar para nossas esposas como se fossem irmãs, amigas, ou seja, perdemos o interesse, a admiração...". Para mim, uma mulher que não se cuida não pode ouvir:

"Que belos são os teus amores, ó minha irmã, noiva minha; quão melhores são os teus amores do que o vinho, e o aroma dos teus bálsamos do que o de todas as especiarias" (Cantares 4.10).

É um fato curioso essa reclamação de que depois que a mulher casa deixa de se cuidar, o que nos faz pensar que nessa fala existe um desabafo, uma tentativa de dizer: "olha, eu quero que você se interesse pelo que eu vou pensar, ou seja, eu quero que você se arrume pra mim, que eu continue sendo seduzido por sua beleza, que você gaste tempo se embelezando pra mim.". Embora esta seja uma desculpa que muitos homens utilizam para trair suas esposas, e até para a separação. Já vi alguns casos de homens que se divorciaram porque diziam que suas mulheres estavam relaxadas, engordaram, enfim, não se cuidavam. Vivemos numa época quando a beleza, o corpo definido é altamente valorizado. Não podemos nem devemos competir com esse padrão que prega que para sermos felizes devemos ser magras custe o que custar, e que devemos consumir todos os cosméticos que são apresentados na TV. Deus nos dá criatividade para sermos bonitas com atributos que Ele mesmo nos presenteou. Mas precisamos não perder de vista o desejo de agradar nossos maridos. Afinal de contas, na Bíblia encontramos uma declaração de que o nosso corpo pertence a eles:

"O marido pague à mulher o que lhe é devido, e do mesmo modo a mulher ao marido. A mulher não tem autoridade sobre seu próprio corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não vos negueis um ao outro, senão de comum acordo por algum tempo, a fim de vos aplicardes à oração e depois vos ajuntardes outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência" (1 Coríntios 7. 3-5).

A tentativa de obter a compatibilidade nas questões sexuais faz parte, portanto, dos "deveres" das pessoas casadas. A mulher deve procurar ser uma companheira satisfatória ao marido e vice-versa. Esta declaração defende as relações sexuais entre os casados e em nenhum momento fala que sexo é só para procriação. E, além disso, nos versículos acima, Paulo reconhece que os direitos sexuais da mulher, dentro do casamento, não são inferiores aos direitos dos homens. De acordo como o texto bíblico, nem o sexo nem as relações matrimoniais são pecaminosas. Muito pelo contrário, o sexo é visto como uma dívida, algo que eu devo ao meu marido e ele deve a mim.

No mundo individualista em que vivemos, muitas mulheres afirmam que se arrumam para si mesmas. Também é possível ouvir que as mulheres gostam de se vestir para competir umas com as outras. Nosso modelo, nosso manual de vida conjugal é a Bíblia e nela está dito que as mulheres casadas devem deixar que seus corpos sejam de seus maridos, e com alegria se embelezar, enfeitar, perfumar, arrumar para eles a fim de que eles tenham motivos para dizer como Salomão: "Tu és toda formosa, amada minha; em ti não há defeito" (Cantares 4.7). Quem se casa deve estar certo da responsabilidade de fazer o outro feliz:

"Quem é casado cuida das coisas do mundo, em como há de agradar a sua mulher, e está dividido. A mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor para serem santas, tanto no corpo como no espírito; a casada, porém cuida das coisas do mundo, em como há de agradar ao marido" (1 Coríntios 7.32-34).

2) Até que os filhos nos separem

Outras questões na vida conjugal podem prejudicar a relação. Uma delas é o apego demasiado aos filhos. Há quem se dedique tanto às crianças que se esquece da mulher, do marido. Filhos são bênçãos para o casal e não razão de desentendimento constante. O livro de Provérbios traz uma lista enorme de palavras de sabedoria para serem colocadas em prática.

"Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele" (Provérbios 22.6)

"O filho sábio ouve a instrução do pai, mas o escarnecedor não escuta a repreensão" (Provérbios 13.1).

"O justo anda na sua integridade; bem-aventurados são os seus filhos depois deles" (Provérbios 20. 7).

Se o filho ou a filha vai torcer para determinado time, se vai gostar de azul ou amarelo não importa. O importante é o caráter, a integridade, a vida cristã coerente. Não podemos esquecer que existem muitas ameaças hoje em dia que podem atingir nossos filhos, como por exemplo, uma vida sexual fora dos padrões bíblicos, drogas, mentiras, falsos profetas etc. Diante dessa realidade, um casal que consegue entrar em acordo, que é capaz de à luz da Bíblia educar seus filhos nos caminhos do Senhor tende a obter bons resultados. Entretanto, não possuímos garantias de que nossos esforços alcançarão bons efeitos. Nem sempre pais zelosos, íntegros conseguem que seus filhos sejam iguais a eles. O texto de Ezequiel 18 retrata bem o fato de pais que agem corretamente, mas que podem gerar filho ladrão, sanguinolento.

Nenhum casal deve viver em função dos filhos nem devem deixar de curtir a vida a dois por conta das crianças. É claro que um recém-nascido merece cuidados, que uma criança precisa dos pais, no entanto, o casal tem de separar um tempo para aquela conversa, para namorar. Muitos homens e mulheres sofrem quando seus filhos casam ou decidem morar em outro lugar porque não cultivaram uma relação de marido e mulher que fosse satisfatória. Chega uma hora em que os filhos precisam criar asas e voar: tomar decisões profissionais, amorosas e, nesse momento, os pais devem estar presentes, ajudando, apoiando, mas sem negligenciar sua própria vida matrimonial.

Uma das cenas mais bonitas que vejo na minha rua é a de um casal passeando, eles estão juntos há mais de 50 anos, mas não perderam o companheirismo e a boa forma. Parecem tão jovens!

A decisão de ter filhos também pode trazer discussões, dúvidas e até mesmo desentendimentos. Há quem tenha medo de dividir o amor da esposa ou do marido e prefira dizer não à paternidade e/ou maternidade. Tal atitude é o mesmo que ter medo de morrer de bala perdida e por conta disso dar um tiro na própria cabeça. Os filhos são a alegria de um casal que se ama de verdade.

3) Até que outra pessoa nos separe

Outra coisa que pode prejudicar o casamento é sem dúvida nenhuma a traição. Alguns homens gostam de falar que traem, e aproveitam para tentar seduzir outras mulheres. A filosofia do mundo é: "Eu só me arrependo do que eu não fiz". Em outras palavras, vamos viver tudo o que há para viver, vivamos o presente. A vida é uma só. A satisfação pessoal é experimentada até as últimas conseqüências. Muitos argumentam: "Se você traiu seu marido (ou sua esposa) é porque o casamento não estava tão bom assim..." Numa época de pessoas doentes que comem e depois vomitam o que comeram e fazem disso um hábito constante, as pessoas também são usadas como se fossem coisas e vomitadas quando se está satisfeito. Em nossa sociedade, remediar virou lei e prevenir é coisa de gente tola, que desperdiça oportunidades de viver. Bebe-se muito e depois se toma remédios, pratica-se sexo sem medidas nem precauções e depois se toma a pílula do dia seguinte para não engravidar. Tudo vira uma festa, tudo parece ter remédio. Como se a vida fosse um constante carnaval, cheio de máscaras, fantasias, disfarces e depois tem sempre uma quarta-feira de cinzas para se pedir perdão. Ah! Deus perdoa! - muitos diriam.

Para viver um casamento feliz precisamos cuidar do corpo que não é nosso, mas de nossos maridos. Além disso, precisamos entender que os filhos são passageiros, mas marido e mulher são para sempre. E que a fidelidade implica uma vida em comunhão com Deus. A prática do culto doméstico é bastante enriquecedora. Ler a Bíblia, orar, cantar, conversar e entregar o casamento todos os dias no altar de Deus. Nada pode ser mais importante que a vida com Deus. Nenhum corpo sarado, nenhum cosmético poderá substituir a presença de Deus no matrimônio. Para viver até que a morte nos separe, precisamos de alguém para nos unir mesmo diante das crises, tentações, dificuldades. Antes de tudo é necessário ter a certeza de que: "nada poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 8.38).

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aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
João 4:14

E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
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