INTRODUÇÃO
Segundo alguns eruditos, os Nicolaítas eram seguidores de um certo Nicolau que visava implantar na Igreja a "Lei da Sucessão Apostólica". Marginalizava os leigos quanto ao serviço cristão, a exemplo do Judaísmo (Jo 7.15; 9.29-34). Por isso, Jesus elogia a Igreja de Éfeso pela resistência feita às suas práticas, e censura a Igreja de Pérgamo por conservar em seu seio os seus ensinos. Daí, concluímos que Jesus além de ser o IMPLANTADOR do serviço Laical da Igreja (At 1.1), era também o
DEFENSOR (Mt26.1, 10-12) e INCENTIVADOR (Mt 28.9-10).
I — Quem é o LEIGO? "Quem não é clérico"; Laico; Laical. "Quem é estranho a um assunto"; Desconhecedor; (Na Igreja, quem não é ordenado Ministro por uma Convenção).
II- A IMPORTÂNCIA DE PARTIR TAREFAS COM OS LEIGOS-Ex
18.13,18.
1. Tirar a Falsa idéia de que o Pastor ou o Ministério são obrigados a fazer tudo (Ef 4.14-16; 1 Co 12.12-31);
2. Dar ao leigo uma melhor compreensão do Trabalho Pastoral;
3. Aproveitar o potencial do leigo no seu círculo de influência (At 10.23,24; Jo 4.25-30, 39-42);
4. Tornar o funcionamento da Igreja mais eficaz (Ex 18. 14,15; 17-19; Lc 10.2; At 8.1,4);
5. Dar ao leigo a satisfação de realizar algo para Deus Lc 10.1,18);
6. Motivar o leigo para o Ministério (Lc 10.2).
III - RAZOES PRATICAS DA NECESSIDADE DE TREINAMENTO DE
LEIGOS:
1. Não se pode esperar trabalho de quem não foi ensinado a trabalhar (Rm
10.15a);
2. A execução de trabalho de forma errada é pior do que não fazer nada (Lc
9.54-56; Mc 9.31, 39);
3. Quanto melhor treinado mais produtiva a pessoa se torna (At 2.1,41; 31-9; 4.1-4);
IV - RESULTADOS BILATERAIS DO TREINAMENTO DE LEIGOS:
1. Uma pessoa bem ensinada torna-se bom Mestre (2 Tm 2.2);
2. Há sempre algo que podemos aprender para melhor desempenhar o trabalho (Pv 9.9);
3. Quando ensinamos a alguém, nós também aprendemos (Rm 2.21a).
V- ASPECTOS IMPORTANTES DO TREINAMENTO DE LEIGOS:
1. Demonstração - Mostrar ao leigo sua importância no serviço da Igreja;
2. Motivação - Motivar o leigo dando-lhe METAS DE TRABALHO (Co 9.26); 3. Reconhecimento - Reconhecer o leigo com certificados de cursos práticos
de pequena duração, etc;
4. Elogio - Elogiar o leigo pelos trabalhos já executados ou em execução (Fp 4.3; Rm 16.3,4,6,12).
VI- RESPONSABILIDADE DO TREINAMENTO DE LEIGOS - "DO
MINISTÉRIO"
1. Jesus foi o grande treinador de leigos (At 1.1; 4.13);
2.0 Ministério é dado por Jesus à Igreja (Lc 12.12,13; Ef 4.11,12);
3. Ao Ministério Jesus deu a incumbência do Treinamento de Leigos (Ef
4.12.16; Mt 29.19,20 (ARA).
VII - ÁREAS DE ATUAÇÃO DOS LEIGOS NA INTEGRAÇÃO 1. A
Recepção:
1.1 - A correta ocupação dos bancos;
1.2 - A saudação calorosa (Lc 10,5,6);
— Cumprimentos na chegada e saída.
— Apresentação durante o culto (ou pública).
1.3 - 0 convite com sabedoria para a decisão por
Cristo;
1.4 - 0 acompanhamento até o altar;
1.5-A a notação LEGIVEL e CORRETA do endereço;
1.6 - A entrega de Literatura Apropriada;
1.7 - A entrega do Novo Converso ao Leigo melhor preparado mais próximo de sua casa.
2. A Visitação:
2.1 Generalidades:
— O pai a ESTABELECEU no Éden (Gn 3.8);
— O Filho a PRATICOU - visitou lares e famílias e ordenou seus discípulos
fazerem o mesmo (Mt 10.12; Lc 10.5; Jo 2.2);
— O Espírito Santo a ORDENOU (At. 10.19-27);
— João PROMETEU visitar os crentes (2 Jo 12);
— Paulo era VISITADOR EMÉRITO
— A Igreja primitiva EVANGELIZAVA DE "CASA EM CASA" (At 5.42).
NOTA: Os GRUPOS FAMILIARES são uma variação da VISITAÇÃO (At
16.23; Rm 16.5,23). É com certeza o verdadeiro sistema de "INTEGRAÇÃO DE LEIGOS" - Que os ministérios se despertem para tãò importante e rendoso trabalho.
2.2 Programa de Visitação:
— Sistemático e regular;
— Ao menos uma vez por semana;
— De dois em dois ou pequenos grupos (Lc 10.1,5; At 8.4; At 2.46; Ec 9.9-
12);
— Sob uma liderança capaz;
— Consultando um fichário;
— Seja feito um relatório;
— Fazer cartões que devem ser preenchidos por pessoas que visitam a
Igreja.
2.3 Reunião Preliminar:
— Oração;
— Tarefas (Distribuição);
— Transporte.
2.4 A Arte de Visitar:
— Hora apropriada: se possível marcar com antecipação;
— Apresentar-se de forma correta;
— Cumprimento caloroso;
- Postura correta;
- Jamais forçar entrada;
- Identificar-se, etc, etc.
— Evitar sempre:
- Comentários sobre:
- Fatos e pessoas desagradáveis;
- Igrejas e costumes diferentes;
- Política, governo e figuras políticas;
- E outros.
- Outros lares visitados;
- Olhar para o interior das casas;
- Comentar com terceiros certas falhas das casas visitadas;
- Gestos ou palavras de excessiva intimidade;
- Permanecer até a próxima refeição. 2.5 Contornando problemas:
— Falta de compreensão (At 8.31,34,35; Tg 1.5);
— Defeitos apontados (Na Igreja, pastor, crentes...);
— Religioso auto-justificado (Is 64.6; At 10);
— Interferência de Espíritas, Testemunhas de Jeová, Mórmons, etc (G1 6.3; 1 Co 8.1,2 At 13.8- 11);
— Doentes, desiludidos, angustiados (Jó 11.13-18; Rm 8.18, 31-39; Is 53;
S1 103);
3. O Ensino Bíblico:
3.1 O ensinador deve estar familiarizado com o material que vai usar;
3.2 Se o material a ser utilizado for preparado pela Igreja local, deve ser de
boa qualidade e em linguagem compreensível a pessoa que for receber o ensino (Ne 8.7,8);
C. Cronograma de ensino resumido;
3.3 Os ensinadores devem estar conscientes da necessidade de um bom
espaço físico para o ensino.
VIII - RECOMPENSA DO TREINAMENTO DE LEIGOS PARA A
INTEGRAÇÃO (1 Co 15.58) - É tríplice. A saber (Jo 4.36)
1. Para o Semeador - O Treinador;
2. Para o Ceifeiro - O Leigo (Treinado);
3. Para o Celeiro - A Igreja (O Reino de Deus)
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