Ramon era um menino hindu que morava com os pais, lá na Índia. Com oito anos de idade, nunca havia freqüentado escola alguma. Ele tinha intensa vontade de estudar, mas o pai o enviava para cuidar das cabras.
Toda pmanhã saía, para apascentar o rebanho, levando-o aos lugares em que houvesse folhas em abundância, e à noite voltava com ele para o cercado.
Quando chegava, à noitinha, comia os alimentos que a mãe lhe preparara e se assentava ao lado do pai. Era costume os homens comerem primeiro e só depois é que as mulheres se serviam.
Antes de irem dormir em suas esteiras, Ramon, orava, mas não da maneira que orais. Ele ficava de pé, com as mãos postas, e repetia muitas e muitas vezes, o nome do deus por que era ele chamado: “Rama, Rama, Rama,...” dizia ele, esperando que aquele deus o ouvisse e o amparasse durante a noite e o dia seguinte.
Mas Ramon fez mais do que rezar. Foi á procura de um homem que soubesse, pela tatuagem, gravar em seu braço o nome de Rama. Ele cria que o deus visse seu nome lá inscrito e cuidasse dele de modo especial.
Um dia, enquanto vigiava as cabras, viu algumas crianças que conduziam ardósias ou pedras de escrever, e livros. Perguntou aos meninos para onde se dirigiam, e eles lhe responderam que iam à nova escola da missão, bem distante ainda.
Como Ramon desejava freqüentar a escola, também! Embora tivesse as cabras de que cuidar, resolveu ir, para saber como era a instituição. Foi, pois, em direção da escola, levando também seu rebanho de cabras. Ao chegar lá, procurou escutar tudo quanto o professor disse, enquanto os animais pastavam. Não tardou muito, e o professor o convidou a entrar. Procurou um lugar de onde pudesse ver o rebanho, para estar certo de que nenhum perigo houvesse com os animais.
Houve uma coisa que Ramon aprendeu muito depressa: a querida história de Jesus. Dentro de pouco Ramon disse ao professor que queria tornar-se cristão. E agora, que fazer com o nome gravado em seu braço? Tinha tanta vergonha disso, que sempre e sempre escondia a tatuagem, para que ninguém a visse.
- Senhor professor, pode fazer o obséquio de cortar meu braço? – gaguejou ele, ao erguer a mão.
- Que é que há com seu braço, para querer que eu o corte? – disse, surpreendido, o professor.
- Senhor – disse Ramon – desejo ser um menino de Jesus, isto não pode ser enquanto eu tiver o nome de meu antigo deus gravado em meu braço. Veja bem as letras onde estão.
O missionário foi tão bondoso, que logo Ramon criou coragem e disse: - Quero tanto ser um menino de Jesus, que estou pronto para dar, com alegria, o meu braço.
Não foi difícil o professor missionário explicar ao pequeno Ramon que Jesus tinha muito prazer em vê-lo disposto a sacrificar até mesmo o braço, e declarou-lhe que Jesus estava pronto a aceitá-lo, embora com aquele nome do deus pagão em seu braço. Então, veio-lhe à mente uma nova idéia:
- Senhor, se eu pedir ao homem para gravar o nome de Jesus por cima do de Rama, de maneira que só se veja o de Jesus, não será bom?
- Jesus o aceitará, mesmo com o nome de Rama em seu braço, mas creio que Ele Se alegrará em ver que agora o nome Dele está em cima do nome de Rama.
Foi desta maneira que Ramon se tornou cristão e pôde demonstrar seu amor para com Jesus.
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