David Alfred Zuhars Jr. 
AS  REGRAS  BÌBLICAS  PARA  AS  LÍNGUAS 
INTRODUÇÃO 
“Mas faça-se tudo decentemente e com ordem”. (I Coríntios  14:40) Todos os ensinos divinos e bíblicos têm regras para governar e  guardá-los. O dom de falar nas línguas estrangeiras já cessou, mas se  alguém insistir que o dom das línguas ainda é para os crentes hoje em  dia deve ser feito segundo as regras bíblicas. Ninguém está isento de  seguir as regras da Palavra de Deus sobre este assunto. As duas  ordenanças (Ceia e Batismo) têm regras para guardá-las, então não é  diferente com as línguas. Se não seguir e obedecer às regras dadas por  Deus para governar as línguas, é uma boa prova que não é de Deus. Porque  tudo tem que ser feito decentemente e com ordem. 
Só tem uma maneira de fazer tudo decentemente e com ordem,  seguir as Sagradas Escrituras. Se não for, seria confusão e não de Deus,  porque a Bíblia fala em I Coríntios 14:33: “Porque Deus não é Deus de  confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos”. Não seguir  as regras da Bíblia somente faz confusão, como pode ver nas igrejas que  praticam supostamente este dom. Deus não é de confusão. Isto mostra que  o que eles (os pentecostais) fazem não é de Deus. 
Vamos ver as regras dadas por Deus para governar este dom de  línguas. 
1. Dom de menor importância. 
4-10 “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E  há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade  de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a  manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a  um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo  Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a  outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de  maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os  espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação  das línguas”. 28-30 “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente  apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois  milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de  línguas. Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos  doutores? são todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar?  falam todos diversas línguas? interpretam todos?” (I Coríntios 12:4-10,  28-30) 
Pode observar que este dom é o último dom falado na lista dos  dons de Deus. (Efésios 4:7-11, Romanos 12:4-8, Gálatas 5:22-23) Nestas  passagens o dom de falar nas línguas estrangeiras não é nem mencionado.  Porque, então, os pentecostais fazem deste dom de importância primária?  Não é assim no Novo Testamento. Mas, os pentecostais dão para este dom  um valor que ultrapassa todos os outros dons. 
2. Não era para todos os crentes. 
Em I Coríntios 12:30 Paulo fez a pergunta: “Falam todos diversas  línguas”? A resposta é não. Este dom não foi dado para todos os  crentes, mas para alguns só. Mas, os pentecostais dizem que todos os  crentes devem falar nas línguas. 
3. Não foi uma prova espiritual. 
“Todavia eu antes quero falara na igreja cinco palavras na minha  própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que  dez mil palavras em língua desconhecida. Irmãos, não sejais meninos no  entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento”.  (I Coríntios 14:19-20) No Novo Testamento a igreja que falou mais nas  línguas era a igreja mais fraca, carnal e desobediente (Corinto). A  igreja de Corinto estava cheia de crentes carnais, fracos e imaturos. O  dom de falar nas línguas não era uma prova de espiritualidade da pessoa.  Mas, os pentecostais dizem que o crente que não fala nas línguas é uma  pessoa fraca na fé ou até não convertida. 
4. Para os infiéis. 
“Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha  própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que  dez mil palavras em língua desconhecida. Irmãos, não sejais meninos no  entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento.  Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios,  falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor. De  sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os  infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis”.  (I Coríntios 14:19-22) A Bíblia fala claramente que as línguas eram para  os infiéis (perdidos), não para os fiéis (convertidos). Deus deu este  dom para evangelizar os perdidos na sua própria língua, não para os  crentes. Mas, os pentecostais usam este dom quase exclusivamente para os  crentes reunidos nos seus cultos e com muita confusão. 
5. Não para edificação própria. 
“SEGUI o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas  principalmente o de profetizar. Porque o que fala em língua desconhecida  não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em  espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens, para  edificação, exortação e consolação. O que fala em língua desconhecida  edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. E eu quero  que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o  que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que  também interprete para que a igreja receba edificação’. (I Coríntios  14:1-5) Este dom foi dado não para a edificação da pessoa que falou, mas  para a edificação dos outros. (I Coríntios 12:7) Por isso Paulo disse  que tinha necessidade de interpretar para os outros presentes que não  entenderam a língua falada. Isto não é a verdade sobre aqueles que dizem  que falam nas línguas agora hoje em dia. Eles chamam a atenção para se  mesmos com egoísmo, orgulho e vanglória. 
6. Sempre com intérprete. 
5-13 “E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais  que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em  línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba  edificação. E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas,  que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da  ciência, ou da profecia, ou da doutrina? Da mesma sorte, se as coisas  inanimadas, que fazem som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons  distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara?  Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a  batalha? Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras  bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como  que falando ao ar. Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e  nenhuma delas é sem significação. Mas, se eu ignorar o sentido da voz,  serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para  mim. Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar  neles, para edificação da igreja. Por isso, o que fala em língua  desconhecida, ore para que a possa interpreter”. 27 “E, se alguém falar  em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e  por sua vez, e haja intérprete”. (I Coríntios 14:5-13, 27) 
Falar nas línguas sem interpretação para os outros presentes que  não entendem a língua falada, é uma coisa inútil, sem valor e perigosa.  A palavra “interpretar” significa “traduzir”. Porque sem a  interpretação (tradução) alguns não entendem o que é falado. Além disto,  outros pensariam que são loucos. (I Coríntios 14:23) Portanto, Paulo  falou que seria melhor falar cinco palavras só que todo mundo entende do  que dez mil palavras que ninguém entende. (I Coríntios 14:19) Falar sem  intérprete é muito fácil enganar, por isso, é perigoso. Por isso, Paulo  falou que “se não houver intérprete, esteja calada na igreja”. (I  Coríntios 14:18) Os pentecostais nos seus cultos não traduzam o que eles  falam nas línguas estrangeiras dos outros presentes. 
7. Quantos devem falar? 
“E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por  dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete”. (I  Coríntios 14:27) A Bíblia diz que era a regra dada por Deus de falar nas  línguas por dois, e quando muito três. É assim que os pentecostais  fazem? Com certeza não. Muitos falam nos seus cultos, não só dois ou no  máximo três. É uma confusão danada. 
8. Por sua vez. 
“E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por  dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete”. (I  Coríntios 14:27) A regra de Deus era para falar um de cada vez. Mas, nos  cultos dos pentecostais todo mundo fica falando ao mesmo tempo. Assim,  não é fazer tudo decentemente e com ordem. Assim pode ensinar os outros?  Claro que não. (I Coríntios 14:19) 
9. As mulheres não falaram. 
“As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes  é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E,  se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios  maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja´. (I  Coríntios 14:34-35) Somente os irmãos foram permitidos falar nos cultos  públicos. A maior parte das pessoas que falam nas línguas hoje em dia  são mulheres. Então, isto mostra que não é de Deus. Assim não é fazer  tudo decentemente e com ordem. 
CONCLUSÃO 
“Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas  as igrejas dos santos”. (I Coríntios 14:33) Confusão e desordem não são  de Deus. O fenômeno de falar nas línguas hoje em dia não é de Deus.  Porque não é feito conforme as regras de Deus. Não devemos crer a todo  espírito, mas devemos provar os espíritos se são de Deus, porque muitos  falsos profetas se levantaram no mundo. (I João 4:1) Estas regras de  governar as línguas são os mandamentos de Deus. (I Coríntios 14:37) 
Autor: David Alfred Zuhars, Jr.
PRIMEIRA IGREJA BATISTA DO JARDIM DAS OLIVEIRAS
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