29 de maio de 2010

VISITAS PASTORAIS

Escrever sobre temas pastorais é por demais melindroso. Querendo levantar questões, podemos, sem perceber, criar dificuldades.

Sendo pastor, mas não exercendo o ministério pastoral junto a uma igreja, embora já tenha tido esta grata satisfação, é para mim um desafio levantar a questão sem ferir o trabalho pastoral de muitos colegas.

Quando adolescente, membro da Igreja Batista 22 de Novembro, lembro-me que várias vezes nossa família recebia a visita do pastor Osmar Soares. Ele chegava num dia comum, geralmente a tarde, sentava na sala, conversava um pouco, tomava um café, lia a Bíblia, fazia uma oração e se despedia.

Naquele tempo ouvia falar que o campeão das visitas pastorais nas cidades de Niterói e São Gonçalo era o pastor Waldir Rocha, da Primeira Igreja Batista de Alcantara. Segundo diziam, suas visitas pastorais eram rápidas. Visitava dezenas de famílias numa só semana.

Não sei se a visita pastoral é tão valoriza hoje, a começar pelas famílias. Na minha família de origem meu pai, que não era crente, gostava de receber as visitas dos amigos.

Exercendo o ministério pastoral junto a Igreja Batista do Grajaú, no Rio de Janeiro, sempre procurei dar valor às visitas pastorais.

Por mais que vivamos em cidades violentas, que todos os membros das famílias estejam envolvidos em várias atividades profissionais e acadêmicas, creio que as visitas pastorais se constituem em uma ótima ferramenta para conhecer as necessidades e problemas dos casais e famílias.

Temo que os correios, e-mails, sites, celulares estejam sendo usados como substitutos das visitas pastorais. São instrumentos que devem ser usados, é verdade, mas não preenchem o valor das visitas pastorais as famílias da igreja.

Franklin Ferreira, no seu livro Gigantes da fé (Editora Vida) lembra que uma das grandes prioridades de Richard Baxter eram as visitas pastorais. Baxter visitava sete ou oito famílias por dia, duas vezes por semana, afim de acompanhar todas as 800 famílias de sua congregação. Cada visita durava cerca de uma hora!
Provérbios 27.23 recomenda: “Esforce-se para saber bem como suas ovelhas estão, dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos”.

Como conhecer, para ministrar do púlpito, se não há um contato mais próximo com as famílias da congregação?

Como orar, especificamente, pelas famílias se não se conhece seus problemas e necessidades?

Os tempos hoje são diferentes dos tempos de Osmar Soares e Waldir Rocha, é verdade, mas a necessidade de conhecer e ministrar às famílias é muito maior.

As dificuldades de se visitar uma família hoje são também maiores, mas com sabedoria e dedicação muita coisa pode ser feita neste sentido.

Meus colegas pastores não devem ler este artigo como forma de crítica, mas na forma de um apelo de alguém que deseja que as famílias sejam assistidas pelos seus líderes espirituais.

Se as famílias cooperarem e reconhecerem que serão beneficiadas e os pastores desejarem, realmente, resgatar este braço da ação pastoral, as igrejas serão fortalecidas e as próprias famílias abençoadas.

Fonte Click Familia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
João 4:14

E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Apocalipse 22:17
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

whos.amung.us