4 de junho de 2010

QUAL A NECESSIDADE DA ORAÇÃO?



A oração leva-nos a perceber mais claramente os nossos desejos e necessidades espirituais.
A verdadeira oração nos desenvolve no espírito, nas forças espirituais, por que nos encontramos em lugar secreto.
A oração nos dá o exercício espiritual de que precisamos, especialmente no tocante à nossa dependência de Deus.
A oração dá ou cria mais fé. Quando chegam as respostas e benção de Deus, aumenta a nossa fé.
A oração também poder servir de escola da alma para ensinar a vontade de Deus na vida.

Mc 11:23,24 e Mt 17:20
         Monte ® Esta declaração é uma hipérbole.
         No tocante a acontecimentos físicos reais, o próprio Jesus não tentou mover literalmente um monte. Mas no terreno espiritual ele arredou, muitos obstáculos gigantescos. É que Jesus não estabeleceu limites ao poder da fé e da oração. Todo bem que vem a um homem, virá se ele for homem dotado de verdadeira fé.
         A fé é uma relação com Deus no nível da alma, mediante o que o homem é espiritualizado, podendo receber a benção divina.
         Quando alguém se “entrega a Cristo”, para que todo o seu ser seja absorvido por ele, pois para o tal “o viver é Cristo”. Sl 2:20; Fl 2:21, então esse homem terá o poder divino a fluir em sua vida. O homem espiritualizado é aquele que confia, é aquele que ora segundo a vontade divina e não de modo humano e egoísta.
         O homem que ora verdadeiramente, ora com sua alma; e quando seus lábios estão silentes, ainda assim o Espírito Santo intercede por ele com gemidos que ultrapassam ao poder de expressão da humanidade. Desse modo um homem, no nível da alma, pode “orar sem cessar” I Tes 5:17. É a oração eficaz e fervorosa do homem reto que muito vale, Tg 5:4-6.
         Obs: Meditemos por um momento na presença espiritual conosco. Se Deus está conosco, por intermédio de seu Espírito, então pensemos no que isso significa para o poder da oração. Então eu oro. E quando oro o poder espiritual toma conta de mim, ultrapassando em muito às minhas forças e poderes. Esse poder espiritual faz a obra.
         Mt 17:20 - Pequenez da vossa fé.
         Jesus usou esse termo por diversas vezes para mostrar a debilidade humana em confiar, aceitar e aplicar a “fé de milagres”.
         Mt 6:30 - Fala contra a ansiedade por causa das necessidades da vida, como alimentos, vestes, etc...
         Mt 8:26 - Aqui se fala do medo dos discípulos em meio à grande tempestade no mar.
         Mt 14 - Pedro falhou ao tentar andar sobre o mar.
         Mt 16:8 - Cuidaram muito da provisão de alimentos e não entenderam o ensino de Jesus acerca do fermento dos fariseus.
         Mt 17:20 - Temos realmente um outro uso da expressão, o que forma um total de seis ocorrências; mas aqui a forma da palavra é um substantivo, única ocorrência desta espécie no N.T. Jesus não quis dizer que os discípulos não tinham fé, e, sim que a fé deles ainda era débil, realmente fraca demais para realizar um milagre daquela envergadura. Não exerceram a “fé de milagres”, pelo menos nessa oportunidade.
         “Fé como grão de mostarda”. O grão de mostarda não era, realmente, a menor de todas as sementes, no sentido botânico estrito, embora seja semente minúscula, em comparação ao tamanho da planta que produz. Jesus ilustrou, portanto, o poder da fé, que pode produzir muito além do grau que seria de esperar: o grão de mostarda é insignificante, mas o seu resultado é notável. A semente de mostarda tem em si mesma, o potencial de produzir uma grande planta.
         Grão de mostarda era uma expressão proverbial para indicar qualquer coisa minúscula; mas o resultado desse grão não podia ser reputado pequeno ou insignificante. Sem dúvida Jesus subentendeu a qualidade de fé, isto é, indicou que a fé deve vir de Deus e ser posta em Deus, como produto da personalidade de Deus. O indivíduo que possuísse essa fé, ainda que em quantidade mínima, pode fazer grandes coisas e até mesmo remover montanhas.
         Nos tempos de Jesus os rabinos que se destacassem pela sua inteligência, intuição ou caráter eram apelidados de “removedor de montanhas”.
         Jesus tinha essa idéia em mente, aqueles que participam da verdadeira fé em Deus, que participam do desenvolvimento espiritual por ele exigido, e que estão no processo de serem transformados à imagem de Cristo, são os autênticos “removedores de montanhas”. Geralmente as pessoas enfrentam “montanhas” todos os dias, na experiência humana.

Lc 18:1-8
         Lc 18:2 - Juízes. Os juízes deveriam ser pessoas que tivessem as qualidades... sabedoria, mansidão
(ou modéstia), temor (isto é de Deus) e ódio a mamom
(ou dinheiro), amor à verdade, amor ao gênero humano, e ser senhor de um bom nome. Porém nesta passagem o juiz não tinha nenhuma dessas qualificações.
         Lc 18:3 - Viúva. Aqui aparece como símbolo daqueles que precisam ser defendidos contra a exploração alheia, alguém relativamente sem defesa, verdadeiramente dependente da bondade de terceiros para a sua sobrevivência. Uma das mais vigorosas acusações de Jesus contra a classe eclesiástica de seus dias é que aquelas autoridades religiosas defraudaram às viúvas, furtando-lhes a sua herança, apresentando acusações, injustas contra elas, apossando-se assim de suas propriedades. O caso em foco fica subentendido como um caso de opressão contra a viúva.
         Lc 18:6 - Devemos seguir o exemplo dessa mulher, orando de maneira incessante, aprendemos a lição difícil que as respostas às nossas orações pode ser adiada, e que talvez isso requeira uma entrega absoluta e a determinação de obter respostas para as nossas orações. E as razões para tanto são alistadas abaixo:
O motivo dessa demora não é que Deus deixe de entender-nos, ou que relute em responder-nos. A demora não visa ao benefício de Deus, e, sim o nosso.
A oração disciplina é, por si só, um ótimo edificador do caráter cristão, que nos ensina a buscar o mundo lá do alto, que só se preocupa em conservar o contacto com as coisas divinas, em existência terrena de outra forma dolorosa. A prática da oração deve ser complementada pela prática da meditação, porquanto esses dois exercícios se completam, e formam os lados da “expressividade” e da “atenção” de um exercício espiritual. Espera-se que, durante a meditação, Deus empregue nossas faculdades intuitivas a fim de informar-nos sobre a resposta que procuramos, no homem interior. Algumas pessoas chegam a passar por experiências místicas nesse exercício, e recebem respostas mais vívidas do que a intuição geralmente lhes propicia.
Deus adia as respostas às nossas orações a fim de que nossos motivos e alvos sejam purificados. Nada recebemos porque pedimos erradamente, por motivos egoísticos, de forma ignorante ou estúpida.
Deus demora em responder-nos a fim de que o nosso desejo seja intensificado, e então, com o desejo intensificado, a busca se torna automaticamente mais intensa, e assim, o resultado final pode ser muito mais completo e satisfatório do que de outra maneira. Assim acontece no caso da oração. Trata-se de uma disciplina; é uma maneira de obter um novo vislumbre do destino e do propósito de existência, embora seja um caminho árduo, porquanto essas coisas só em suas mais claras perspectivas para aqueles que as desejam acima de tudo, e que não aceitam recusa às suas orações.
É possível que somente por meio de uma busca tão apaixonada assim é que a maldade deste mundo possa ser vencida, porque conforme já se tem dito de determinados esportes: “A melhor arma é o ataque”. A arma da paciência, acrescentada à fé, torna-se uma força poderosa. Podemos cobiçar respostas imediatas, fáceis e baratas, que nada tenham em si mesmas senão alguma vantagem ou conforto egoísticos, quer para mente, quer para o corpo. A vida entretanto é uma escola, e muitas lições de amor e de sofrimento precisam ser aprendidas ainda. O sofrimento torna a alma mais profunda, e o propósito central dessa existência terrena é justamente aprofundar a alma. Talvez desejamos usar a oração como se fora a chamada “lâmpada de Aladim”, mas Deus estabeleceu outras regras para a resposta na oração.
Em seguida voltamos a atenção para os resultados da oração, e vemos que assim como o lar se torna mais querido quando a viagem de volta ao mesmo é mais longa e acidentada, assim também o resultado final da oração é mais precioso quando sofremos a fim de obtê-lo. O próprio sofrimento nos transforma e pessoas diferentes, mais capazes de buscar e de obter alvos dignos. Mas eis que então nos lembramos da oração de Jesus, feita no horto do Getsêmani, por três vezes repetida e proferida em agonia. Outrossim, precisamos aprender ainda uma outra lição muito difícil: a oração nem sempre é respondida, a despeito da diligência de nossa busca. Contudo, se a alma se desenvolveu nesse processo, isso, por si só, já é uma resposta aceitável, e então podemos deixar o resto nas mãos de Deus. E assim podemos perceber a mão de Deus a proteger-nos bem como os seus propósitos a guiar-nos perenemente. Então somos prostrados mas não destruídos; ficamos exaustos, mas não totalmente vencidos; falhamos, e apesar disso os desígnios e propósitos de Deus para as nossas vidas são cumpridos. Todavia a nossa fé jamais falha, porque cremos que apesar de tudo, em última análise, nos sobrevirá o bem.

         Lc 18:7 - Mas Deus se demora a fim de testar a nossa fé, a fim de ensinar-nos melhor nos discipulado; e além disso, de acordo com o elemento tempo, ele sabe o momento mais vantajoso para nós, sem importar se sabemos disso ou não.
         Lc 18:8 - A aplicação geral desta parábola é que temos o dever de exercer aquele mesmo tipo de fé e de oração persistente da viúva pobre. Ela não ficou desanimada ante a demora, mal voltava cada vez maior insistência, solicitando que se reconhecesse o direito de sua causa e que se tomasse ação justa a respeito. E a persistência dela foi tão intensa que até mesmo um juiz indiferente e sem escrúpulos não foi capaz de resistir às suas solicitações. Deus também pode demorar-se e suprir-nos a resposta, sem esperar que esta seja vazada em termos gerais, a saber, concernente a todos os acontecimentos de nossas vidas ou seja vazada em termos específicos, fazendo justiça em casos de perseguição contra nós. O que é certo é que os adiamentos de Deus são efetuados de acordo com a sabedoria porquanto há um momento para todas as coisas. O socorro eventual de Deus entretanto, é algo que nos está absolutamente assegurado.

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aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
João 4:14

E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Apocalipse 22:17
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