11 de maio de 2011

Influenciando vidas no lar



Quando passamos pelo vale da sombra da morte sentimos realmente a fragilidade da vida. O limite entre a normalidade e a morte é apenas um descuido, um rompimento e um crescimento tolhido, sonhos desfeitos, deixados para traz ou inacabados. Há uma alteração em todos os sentidos. 

Pensando nesses detalhes, às vezes tão pequenos, percebemos o quanto somos frágeis. Percebemos também que tantas pessoas, por terem um pouco mais que outras, consideram-se imortais ou únicas, achando até que sozinhos se bastam. Esquecem-se que a vida é como uma flor que pela manhã está linda, desabrochada e à tarde murcha e cai. Por isso precisamos compreender e viver conforme as orientações do Apóstolo Paulo em Romanos 14.7 que diz: “Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum de nós morre para si”.

Essa declaração nos leva a refletir sobre nosso relacionamento no lar, como estamos vivendo em família, já que o lar é o lugar mais difícil de se testemunhar porque é nele que nos despimos e tiramos a máscara.

Nosso compromisso como cristãos, conhecendo o valor e o poder de influência, torna-se bem maior no lar, pois estamos marcando vidas e participando da formação do caráter daqueles que vivem sob nossa responsabilidade. Em Mateus 5.16 Jesus diz: “Assim resplandece vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.” Devemos ter muito cuidado  com aquilo que estamos vivendo e mostrando aos nossos filhos, netos e demais membros da família.

Sendo o lar o ambiente onde todos se conhecem profundamente, devemos exercer nossa influência, falando a verdade,  sendo honesto e transparente. Falar das vitórias e dos fracassos, das alegrias e dastristezas, pois se pudéssemos, gritávamos com todos os pulmões as nossas  vitórias e sucessos, mas quando somos perdedores, não queremos que ninguém tome conhecimento.

O lar, é o melhor espaço e a família o melhor convívio para celebrarmos e para chorarmos; porque a vida não é feita só de sucessos e vitórias, mas de coisas desagradáveis também. É no lar onde nossa personalidade é confrontada. Não devemos permitir que ninguém dentro do lar façaa seguinte comparação: “Em casa você é uma pessoa, na igreja é outra.”

Certa vez, falando numa Assembléia, contei que antes de pregar para um grupo, primeiro pregava para meus filhos e pedia para eles confrontarem a mensagem com minha vida. Após a avaliação é que sentia-me preparada para levá-la à plenária. Ao terminar, uma Sra. me procurou e disse que chorou quando ouviu essa declaração. Porque ela era professora da EBD e num domingo, seu filho foi buscá-la e ficou na porta da sala, aguardando que ela concluísse a lição. Quando entraram no carro ele disse: “Mamãe, era tão bom que a Sra. vivesse em casa tudo isso que acabou de ensinar”. Tiago diz: “Sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.”

O texto “A Disciplina do Amor”. de Ligia Fagundes Teles nos ensina uma grande lição em se tratando da influência que exercemos sobre as pessoas. “Estatísticas. Números. A civilização da Tecnologia. Então alguns cientistas monges resolveram demonstrar que existe alguma coisa de imponderável que escapa a esse materialismo que está fazendo do homem o mais infeliz dos seres: num laboratório foram plantadas três sementes em condições e circunstâncias absolutamente iguais. Igual a terra, a iluminação e a água regada nos três vasos onde foram colocadas as sementes trigêmeas. Uma única diferença nesse tratamento: Quando o cientista regava a terra do primeiro vaso, dizia em voz alta palavras de fervor, esperança, palavras de amor. “Quero que você cresça bela e forte porque confio em você, porque nesse mesmo instante estou lhe dando minha bênção do fundo do coração”. Diante do segundo vaso, em silêncio ele, automaticamente, deixava cair a água. Mas quando chegava a vez do terceiro vaso, ele só tinha palavras de hostilidade e desafeto: “Você será uma plantinha anêmica, feia, não acredito na sua sobrevivência, está me ouvindo? Não gosto de você”. Ela ouviu. As outras também ouviram e sentiram a diferença de tratamento: A semente bem-amada resultou numa planta vigorosa e cheia de graça. A semente regada com indiferença cresceu indiferente sem a exuberância da primeira. Quanto a semente rejeitada, esta virou uma plantinha obscura, de caule entortado e folhas tímidas, a cabeça pendida para o chão.

Paremos um pouco, reflitamos sobre que tipo de influência estamos exercendo sobre aqueles que precisam de nós para crescer e amadurecer. Imagine, se influenciamos uma platéia com palavras e gestos, quanto mais um indivíduo. Quantos jovens não se tornam diferentes por causa da forma como foram tratados quando crianças por adultos que não exerceram uma influência positiva e sadia sobre eles? Quantos filhos de pais cristãos abandonam a igreja  porque foram influenciados pelos próprios pais a não amarem ao Senhor e a sua igreja, em nome de uma “santidade” camuflada? Vemos tantos filhos abandonando até sua carreira profissional porque seus pais querem satisfazer suas necessidades ou mesmo seus fracassos na carreira dos filhos. Jovens que fazem o curso que os pais querem e se tornam verdadeiros fracassos ou insatisfeitos naquilo que estão fazendo. Outros fazem o curso dos pais e depois os seus. Por quê? Qual deve ser nossa influência quando refletimos em 1 Coríntios, capítulo 13?

Na oração do Pai nosso, lemos “Perdoa as nossas dívidas, (ou ofensas) assim como perdoamos aos nossos devedores”.  Perdoar é uma arte e toda arte passa por um longo processo de preparação, de prática, para se chegar à perfeição.

Sendo assim, devemos fazer como Jesus ensinou após ser indagado sobre quantas vezes devemos perdoar. Setenta vezes sete. Se colocarmos isso em prática, estaremos perdoando a todo instante, pois perdoar faz bem a alma de quem pede perdão e de quem perdoa. “Amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça”. Quantas pessoas vivem doentes por não perdoar, e às vezes nem chega a ser uma ofensa, mas “picuinhas” que fazem um estrago tão profundo na vida daqueles que não sabem perdoar.

Casais que vivem sob o mesmo teto, parecem até ter uma vida conjugal equilibrada, mas, por falta de bom senso, deixam que pequenos acontecimentos se tornem barreiras intransponíveis. Dormem na mesma cama, mas, não se tocam. São aqueles que “casaram os corpos, mas não casaram as almas.” Deixaram pai e mãe, mas não se tornaram uma só carne. Vemos histórias dolorosas, que causaram danos irreparáveis na vida de pessoas que um dia fizeram todo aquele juramento no altar, mas não cumpriram com nenhum, como lemos outro dia no Jornal Batista. Só querem Jesus ali diante do altar, mas quando viajam para a lua de mel, Ele fica fora do planejamento.

Daí, percebe-se o porque de tanta tristeza e amargura no casamento. O perdão é uma atitude que liberta, que traz alegria e paz. O perdão não é uma necessidade apenas para o casal, mas para toda família. Já ouvimos dizer que em toda família existe um problemático, mas reflita bem, já diz: em “TODA FAMILIA”, então essa criatura “problemática” tem uma família e, se tem, ela precisa seramada, e às vezes, mais amada que os demais, porque, geralmente essa pessoa é a depositária de toda problemática da família. E quanto mais se ama, mais se perdoa.

O Pastor quando encontrou a ovelhinha que estava perdida por se afastar do rebanho, ele não a tratou com desprezo ou grosseria, ele a tratou com carinho e compreensão, carregando-a no colo. E o que aconteceu com o filho pródigo? O pai se esqueceu de tudo que o filho fez, pôs-lhe o melhor vestido, o anel no dedo, dizendo-lhe: você é meu filho,você pertence a família e eu te
amo. Na família, todos precisam praticar o perdão, pois é onde esperamos ser acolhidos, aceitos, compreendidos e amados. Tudo isso acontecerá se exercitarmos o perdão.

Sem comunicação não haverá diálogo. É horrível viver em família e praticar o monólogo, ou mandar recado. Estão perto e ao mesmo tempo tão distantes. Quando um fala o outro responde: “Diga o que o Senhor ou a Senhora quer?” Veja a distância “Senhor” – “Senhora”; e o meu amor, meu bichinho, meu chamego, ficou onde? Às vezes dizem, esse espaço é muito pequeno pra nós dois. Atualmente se comunicam até pela internet, mandam recado pelo celular, contanto que não ouçam a voz do outro. É uma situação muito difícil.

Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só”. Tudo que Ele fez era bom, mas quando o homem estava só, Ele disse “Não é bom”. Com quem esse homem vai comunicar-se? Com quem ele vai dialogar? Com quem vai passear no jardim? Com quem vai compartilhar seus medos, suavergonha, sua desobediência? Far-lhe-ei uma ajudadora! Uma mulher! Um complemento. E aí surgiu aquela que estaria ao seu lado para compartilhar das maravilhas de Deus. E o diálogo? Como faz bem o diálogo, até quando se erra, erra-se junto! “Adão, come essa fruta, é muito gostosa, bonita, saborosa”. Adão deve ter perguntado: “Não é essa a fruta da árvore que não devemos comer? Sim! Mas a serpente me fez comer, comi, não aconteceu nada,  e você também deve comer.

O diálogo é necessário, pois através dele sempre chega-se ao consenso. Hoje, quando todos trabalham fora do lar, há  uma necessidade bem maior de se conversar em família. Filhos que passam o dia trabalhando e estudando, às vezes chegam em casa e querem um colo; enquanto
põem a cabeça no colo da mãe ou até mesmo do pai, eles conversam sobre suas alegrias, tristezas, vitórias e fracassos. Não pensem que eles não querem esse momento, porque eles têm uma necessidade incrível de carinho e aconchego. Não descarte esse momento se houver essa oportunidade. A mesma necessidade tem o casal que já vem de um dia tão estressado, com tantas conversas que já ouviu, tantos projetos que já elaborou, tantos memorandos enviados, que quando termina o dia, precisa de uma outra conversa cheia de compreensão, de emoção, de atenção e compartilhamento. Pare, não tenha receio de dizer eu te amo; eu te perdôo, foi muito bom você poder me ouvir.  
 Conhece aquele ditado não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje? Pois é, hoje é dia de parar, olhar para sua família, perceber como você está participando da construção da vida e personalidade de cada um e começar a fazer sua parte. Não pense que é tarde para começar. Peça perdão seja qual for o tamanho da ofensa. Diga e demonstre amor, mesmo que o outro se surpreenda, vai ser muito bom. Diga estou feliz porque estamos juntos em família. Pergunte: o que posso fazer para melhorar nosso relacionamento? Agradeça pelo mínimo de carinho que
tenha recebido e retribua. Diga eu me importo com você.
 Lembre-se:“O amor é paciente, é benigno,Não arde em ciúme,Não se ensoberbece,Não se conduz inconvenientemente,Não procura os seus interesses,Não se exaspera,Não se recente do mal,Não se alegra com a injustiça,Mas, regozija-se com a verdade,Tudo sofre, tudo crê, tudo suporta.O amor jamais acaba”.

Observe esses princípios e seja feliz com sua família

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aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
João 4:14

E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Apocalipse 22:17
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