14 de novembro de 2008

O caso Eloá e o namoro precoce

Escrito por ELIZABETE BIFANO
10-Nov-2008

Durante os últimos dias, o Brasil tem acompanhado o caso da adolescente Eloá Cristina Pimentel, seqüestrada durante cinco dias pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, em Santo André (SP).

O desfecho do seqüestro foi trágico, com a morte da menina.

Este caso tem sido debatido pela mídia, principalmente por ter a adolescente 12 anos quando começou o namoro com Lindemberg, com 19 anos na época.

Surgem então os questionamentos: Deve uma adolescente começar a namorar tão cedo? Os pais deveriam ter permitido tal namoro?

Num primeiro momento poderíamos responder simplesmente que não. Uma menina não deveria namorar tão cedo e os pais não deveriam permitir o namoro.

Entretanto, esta é uma situação um tanto complexa. Proibir resolve totalmente a questão? Se conhecemos os adolescentes e, principalmente, os adolescentes apaixonados, teremos de responder que não e analisar os seguintes fatos.

Adolescentes quebram regras, tem uma necessidade enorme de viver suas próprias experiências e não pensam duas vezes antes de mentir ou omitir fatos, principalmente se têm pais muito repressores e exigentes.

Vivemos numa sociedade em que já na creche e pré-escola os pais, professores e coleguinhas formam e incentivam pares de “namorados”. Aos oito anos, praticamente todas as crianças falam sobre seus namorados e os adultos acham engraçadinho.

Crianças de todas as idades vêem todos os dias dentro de suas casas novelas e filmes que mostram o tempo todo beijos e abraços entre os casais.

Os pais estão cada vez mais distantes dos filhos, absorvidos pelo trabalho e as atividades da vida moderna. Não têm tempo nem disposição para longas e profundas conversas. Nos lares cristãos o culto doméstico não encontra mais espaço e a Palavra de Deus fica de lado.

Estas coisas passam a ser valores normais e fazem parte da formação da criança. Portanto, deveríamos esperar que elas estivessem tão aguçadas sexualmente e carentes de afeto e atenção. Adolescentes carentes certamente irão buscar braços que a abracem, bocas que a beijem e ouvidos que lhes ouçam.

Diante de tudo isto e de pais tão perdidos e até desesperados, o que podemos orientar?

A sociedade está errada, os valores estão errados e a família que deseja dar uma formação adequada para seus filhos terá de enfrentar desafios a fim de dedicar tempo a eles. O pai deve dar atenção a sua filha, deve dar afeto e consolá-la em suas emoções.

Desde cedo as conversas em torno do namoro devem ser claras. Juntos, pais e filhos devem combinar qual a idade adequada para começar um namoro.

Devem conversar sobre quantas coisas legais podem fazer antes de se comprometer num namoro. E, ainda, os namoros devem sempre ter o objetivo de conhecer um ao outro para o casamento. Não tem lógica namorar só por namorar. O “ficar” está fora dos padrões bíblicos e usar o outro para seu próprio prazer é pecado (1Ts 4.3-8).

Sei que com muito diálogo os pais conseguirão entendimento e acordo com seus filhos. É preciso manter um relacionamento de carinho e respeito mútuos, de obediência e admiração. Isto plantamos desde muito cedo e colhemos na época devida.

Estou certa de que filhos devem obedecer e honrar seus pais (Ef 6.1,2); entretanto, o que os fará tomar decisões certas e escolher caminhos adequados é, em primeiro lugar, ter o temor do Senhor. Portanto, valores cristãos e Bíblia neles!

fonte: www.clickfamilia.org.br

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aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
João 4:14

E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Apocalipse 22:17
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