22 de agosto de 2009

A epidemia do “não posso”


Presidente: (entra muito preocupada) Não sei o que vou fazer, estou muito preocupada. Meu Mestre colocou sob a minha responsabilidade um grupo de pessoas, e agora todas estão atacadas por uma terrível doença: a epidemia do “NÃO POSSO”. Passam as semanas e não ouço outra coisa: não posso isso, não posso aquilo.

(As enfermas começam a entrar, todas desanimadas)

Ai, o quê que eu faço? Jesus me ajude (a Presidente fica pensativa)... Hum, já sei! Vou consultar a Dra. Fé, e espero que não seja tarde demais porque, se vocês não melhorarem (olhando para elas), a nossa União Feminina estará arruinada.

(Ela vai até o outro lado com as enfermas. Ela terá que empurrar, puxar, se esforçar que elas saiam dos seus lugares, elas são recebidas por uma enfermeira)

Enfermeira: Bom dia. Em que posso ajudá-las?

Presidente: Bom dia. Olha, eu preciso consultar a Dra. Fé. Quer dizer, eu não, elas precisam. Ela pode atendê-las? São casos de emergência.

Enfermeira: Entendo, esperem aqui. Vou anunciá-la. (Ela pega no telefone) Dra. Fé, temos aqui um caso de emergência, um caso não, vários. OK, tudo bem. (Falando para a Presidente): Ela está vindo.

(Dra. Fé sai na porta)

Dra. Fé: Bom dia senhoras, em que posso ajudá-las?

Presidente: Oi, Dra. Fé, que alegria em vê-la. Estou muito aflita. Estas senhoras são da União Feminina e foram atacadas pela terrível doença do “NÃO POSSO”.

Dra. Fé: Percebo os desânimos, o estágio da doença está avançada mesmo. Enfermeira, por favor, pegue meus equipamentos, todos, todos.

Enfermeira: Sim, senhora, Dra. Fé.

Dra. Fé: Quantos casos já foram constatados?

Presidente: Vários. Algumas irmãs estão em grau mais avançado, precisam ser remediadas urgentemente.

Dra. Fé: Sim, eu entendo. Vamos começar, me traga a primeira (a doutora se senta à mesa).

Presidente: Irmã Preguicildes, por favor, venha até aqui, para que a doutora te examine.

Irmã Preguicildes: Não posso.

Enfermeira (indo até ela e a ajudando a vir): Eu vou ajudá-la.

Dra. Fé: Olá, Irmã Preguicildes, qual é o seu caso? (A doutora vai até ela, coloca o termômetro, toma o pulso, ouve o coração, enquanto Irmã Preguicildes fala).

Irmã Preguicildes: Não posso desenvolver atividade nenhuma que é colocada sob minha responsabilidade. Quando vou lecionar a lição da Escola Dominical, ou dirigir qualquer reunião, preciso ler todos os pontos da revista porque não consigo guardar nada na mente. Ai, me deu até preguiiiça de contar tudo isso.

Dra. Fé (já se sentando e começa a escrever): O seu coração está bastante fraco, pulso lento, temperatura baixa. Há uma fraqueza espiritual geral em você. Vou te passar uma receita, e tenho certeza que se você segui-la irá se recuperar. Mas leia antes, para que em caso de alguma dúvida você possa já me perguntar (ela entrega a receita).

Irmã Preguicildes: Tá, tudo isso? Ai, que preguiça... (lendo a receita). A um grama de PODER acrescenta-se meia hora de ESTUDO e uma pitada de INTERESSE pelo trabalho, misturando-se ainda uma boa quantidade de ORAÇÃO. Toma-se esta infusão logo que lhe seja dada qualquer responsabilidade na igreja e repita a dose sempre que for preciso.

Dra. Fé: A segunda paciente.

(Enfermeira indo buscá-la.)

Presidente: Doutora, este caso é complicado. Irmã Nésia, venha até aqui, por favor.

Dra. Fé: E você? O que tem?

Irmã Nésia: Eu não consigo me lembrar de ler a Palavra de Deus todos os dias.

Dra. Fé (dando um frasco de remédio a ela): Tenho aqui este medicamento, já pronto. Pois este seu caso é muito conhecido, tem aparecido muito em meu consultório. Este esquecimento provém da ignorância das necessidades da alma. Você está com fraqueza espiritual, e isso acontecerá com o seu corpo. Se você não se alimentar na hora certa e na quantidade suficiente, ficará fraca cada vez mais. Este remédio despertará em você o desejo de ler a Palavra de Deus e de ser uma imitadora de Cristo. Tome uma dose diariamente. OK?

Irmã Nésia: Hum... ai, esqueci tudo que você falou... mas vou ler o que está escrito no frasco, muito obrigada (irmã Nésia sai).

Dra. Fé: Irmã, traga a terceira paciente.

Presidente: Ah, sim, sim. Irmã Linguagilda, vamos, a doutora está te chamando.

(Irmã Linguagilda não pára de conversar com as outras irmãs e não presta a atenção)

Presidente: Irmã Linguagilda, por favor, pare por um instante. Enfermeira, por favor, vá buscá-la.

Linguagilda: Estou indo, estou indo, que bom, serei consultada, não agüento mais este problema. Mas agora chegou a minha vez, e eu vou ser curada, porque eu preciso ser curada...

Dra. Fé: OK, OK, pare apenas um momento para que eu converse com você.

Linguagilda: Sim, sim. A doutora quer saber o que eu tenho né? Pois bem, eu sou a Linguagilda e vou te dizer o que tenho. Não posso ficar quieta e nem prestar atenção no culto. Tenho muita vontade de conversar. Distraio-me com qualquer coisa. Falo muito e viro-me para trás, toda hora, e não consigo parar. Já me disseram que eu tenho o dom de línguas, mas eu não entendo o porquê...

Dra. Fé (interrompendo-a e examinando a língua, coloca uma fita crepe em sua boca): Hum... esse é um dos sintomas mais graves (voltando ao seu assento e escrevendo a receita) desta terrível enfermidade. Mas, infelizmente, tenho tratado de vários casos semelhantes ao seu. Olhe, aqui está a sua receita. Leia antes, para que eu tire suas dúvidas.

(Enfermeira vai até ela e tira a fita da sua boca.)

Linguagilda (lendo a receita): Mistura-se uma boa quantidade de Reverência ao nome de Deus com uma quantidade dobrada de Amor a Cristo e a sua obra de redenção, acrescentando uma boa dose de Consideração. Cada vez que você sentir que não vai conseguir ficar quieta no culto, tome uma medida deste medicamento. Isto lhe ajudará a estar atenta e lhe dará a consciência de que o Senhor está no seu Santo Templo, fazendo-a compreender que você não tem o direito de perturbar aqueles que desejam prestar um culto a Deus.

Dra. Fé: Alguma dúvida?

Linguagilda (cabisbaixa): Não, doutora, está bem claro. Até logo e muito obrigado.

Presidente: Ouviu, né, irmãzinha. Vou buscar a próxima paciente.... Irmã Dindin, venha por favor.

Dra. Fé: E a você? O que está acontecendo?

Irmã Dindin: Não posso contribuir para minha igreja. Recebo meu pagamento, pago minhas dívidas e prestações. Compro coisas novas para mim e, quando vejo, o dinheiro acabou e não tenho mais como contribuir. O dinheiro voa!

Dra. Fé (examina-lhe as vistas): Oh! Tenho tido muitos pacientes com este mesmo sintoma. Vamos examinar o alcance da visão (a doutora mostra alguma coisa que está distante. A paciente diz sempre que não está enxergando). Trata-se de uma miopia espiritual. Há várias coisas que dão origem a esta enfermidade: algumas vezes é o egoísmo, (escrevendo a receita) outras vezes a indiferença ou, ainda, a ignorância das necessidades do mundo sem Cristo e sem o conforto de sua salvação. Pois, sem dinheiro, como poderão ser pago o pastor, a zeladora, a água e a luz? Esta receita irá ajudá-la.

Irmã Dindin: Ainda bem que é de graça né? Porque eu estou meio sem dinheiro... é a crise sabe... (lendo a receita) toma-se com regularidade, um comprimido do mandamento de Deus: o de DAR, no mínimo, a décima parte do que ganha para o sustento de Sua obra, acompanhado de uma boa dose de Oração fervorosa, para que possa estar disposta a fazer a Sua vontade. Acrescenta-se ainda uma boa quantidade de Visão das necessidades do mundo. A esta, misturam-se algumas pitadas de disposição para renunciar ao comodismo, conveniências e interesses pessoais, a fim de poder colocar sua vida, seus talentos e bens ao serviço de Deus.

Presidente: Doutora, muito obrigado pelas suas receitas. Eu estou certa de que esta terrível epidemia será derrotada muito em breve.

Dra. Fé: É irmã, será sim! Se elas colocarem em prática o que está escrito, logo logo todas estarão curadas. Tenha um ótimo dia.

Presidente: Obrigada. Tenha também um ótimo dia. Tchau!

(Todas entram)

Narradora: Algum tempo depois (elas vão entrando com um cartaz escrito: EU POSSO).

Tudo posso

Ainda que eu seja odiada, poderei Amar

Ainda que eu esteja triste, poderei sorrir

Ainda que as dúvidas me assaltem, poderei confiar

Ainda que as lutas sejam duras e difíceis, poderei vencer

Ainda que tudo ao redor sejam dificuldades, poderei perseverar até o fim “PORQUE TUDO POSSO EM CRISTO QUE ME FORTALECE”.

Irmã Preguicildes: Querida Presidente, temos tomado os medicamentos que a Dra. Fé nos deu. E estamos completamente renovadas. Nunca mais voltaremos a dizer “NÃO POSSO”. Não é verdade, irmãs?

Irmã Nésia: Agora, quando alguém nos pedir algumas coisa para fazermos para Deus, iremos dizer: “Sim, eu posso!”.

Irmã Linguagilda: É, estamos sim curadas, e felizes, porque somos renovadas, e estamos dispostas a fazer muitas coisas, agora estamos remediadas. Eu continuo falando, mas minha língua agora pertence a Deus, e falo muito para o nome dele!

Irmã Dindin: O lema do nosso grupo agora será : “TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE”.

Presidente: Irmãs, fico feliz em vê-las assim, e tenho certeza que Deus também. Temos muito trabalho a fazer. Olhe.... existe um corinho que podemos cantar que fala sobre isso. Vamos cantar?

Sim, todas as coisas eu posso,

Naquele que me fortalece,

Sim, todas as coisas eu posso,

Naquele que me fortalece.

FIM SUGESTIVO:

Narradora: Algum tempo depois (elas vão entrando com um cartaz escrito: EU POSSO).

Tudo posso

Ainda que seja odiada, poderei amar

Ainda que eu esteja triste, poderei sorrir

Ainda que as dúvidas me assaltem, poderei confiar

Ainda que as lutas sejam duras e difíceis, poderei vencer

Ainda que tudo ao redor sejam dificuldades, poderei perseverar até o fim “PORQUE TUDO POSSO EM CRISTO QUE ME FORTALECE”.

Irmã Preguicildes: Querida Presidente, temos tomado os medicamentos que a Dra Fé nos deu. E estamos completamente renovadas. Nunca mais voltaremos a dizer “NÃO POSSO”. Não é verdade, irmãs?

(Ela vira o cartaz onde está escrito): “TUDO POSSO”

Irmã Nésia: Agora, quando alguém nos pedir algumas coisa para fazer para Deus, iremos dizer: “Sim, eu posso!”.

(Ela vira o cartaz e está escrito): “NAQUELE”

Irmã Linguagilda: É, estamos sim, curadas, e felizes, porque somos renovadas. Agora estamos dispostas a fazer muitas coisas, pois estamos remediadas. Eu continuo falando, mas minha língua agora pertence a Deus, e falo muito para a glória do nome Dele!

(Ela vira o cartaz e está escrito): “QUE ME”

Irmã Dindin: O lema do nosso grupo agora será (ela vira o cartaz e lê o que está escrito): “FORTALECE”!

(Todas juntas lêem): “TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE!”

Presidente: Irmãs, fico feliz em vê-las assim, e tenho certeza que Deus também. Temos muito trabalho para fazer. Vamos irmãs, vamos trabalhar para o Senhor, com muita alegria, disposição e sabedoria.


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aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
João 4:14

E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Apocalipse 22:17
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