9 de agosto de 2009

teatro cristão - O Morto-Vivo





Comentários do co-editor: (A peça abaixo é uma comédia, visando atingir principalmente os jovens. Foi
adaptada do texto original que se encontra no livro: "Em Cena -Peças Evangélicas para Teatro" (existem
outras peças nele...). Embora seu estilo seja descontraído, vi pessoas serem salvas ao fazer o papel do Médico.
Certa vez, ao fazer o apelo ao final da peça, dentre as que vieram à frente veio uma senhora. Ao orar por ela
senti seu coração quebrantado e disse: "Estou fazendo o que o doutor disse. Estou tomando o remédio JESUS".
Foi a melhor resposta a pergunta: Porque fazer esta peça?)

Personagens *Amadeu
*Médico
*Mulher (do Amadeu)
*Lúcia
*Carlos
*Ator na platéia
*Maria Gorda
*Sr. Anselmo

*Sr. Clemente


*Silvia
*Oswaldo
•1ºATO-Cenanº1
• Cena: Consulta médica.
• Cenário: Consultório Médico.
• MÉDICO :=:
É meu velho, eu não tenho boas notícias para você não.
• AMADEU :=:
(se arrumando; colocando a camisa; se abotoando)

Fale logo doutor. Não precisa esconder nada de mim. Eu já estou preparado para o pior. Para ser franco, eu já
escolhi a cor do meu caixão.

• MÉDICO :=:
E para ser franco, a coisa pro seu lado está esquisita. Note bem, o teu coração já não bate mais (só apanha), a
sua pulsação cessou pro completo. Cientificamente você está morto, entendeu? Mortinho da silva, aliás, eu nem
sei o que você está fazendo em pé. Lugar de gente morta é no cemitério e deitada.
• AMADEU :=:
É que eu sou teimoso... Mas doutor, vamos deixar de piadas, fale sério, afinal o que é que eu tenho?
• MÉDICO :=:
Ora Amadeu, então você acha que um médico de minha categoria que já participou de congressos na Holanda,
tem tempo de ficar brincando. Se eu disse que você está morto, eu estou falando sério.
• AMADEU :=:
Mas como? Que conversa mais besta doutor!
• MÉDICO :=:
Está bem. Você que provas não é mesmo? Pra você não dizer que eu estou mentindo, coloque a mão no
coração.
• AMADEU :=:
(coloca a mão, para sentir as batidas)

• MÉDICO :=:
Sente alguma coisa? Alguma possível batida?
• AMADEU :=:
Sinto não doutor. Meu Deus, o que será isso?
• MÉDICO :=:
Agora tente sentir o pulso.
• AMADEU :=:
(tentando sentir a sua pulsação)

• MÉDICO :=:
Sente alguma coisa?
• AMADEU :=:
Nadinha... (faz cara de assustado)
• MÉDICO :=:
É como eu disse meu caro, o senhor está morto e eu estou lhe informando, apenas isso, o senhor está morto e
não sabia. Cabe a mim como médico, dar-lhe a notícia.
• AMADEU :=:
Mas como assim doutor?
• MÉDICO :=:
Lembra daquele remédio que eu venho te receitando há tempos, e você insiste em não querê-lo? Ele é a única
solução.
• AMADEU :=:
Não doutor, aquele remédio eu não quero!
• MÉDICO :=:
Então não posso fazer mais nada por você, você está morto.
• AMADEU :=:
Mas doutor, pensa bem, o que é que eu digo lá em casa? Ninguém vai acreditar em mim. Imagina só, eu chego
em casa, reúno a família e digo: Pessoal, eu estou morto. Ora doutor...
• MÉDICO :=:
Fique calmo Amadeu, eu já pensei nisso também. E é por causa disso que eu estou assinando o seu atestado

de óbito (assina o atestado e entrega para o paciente). Aqui está. Agora vá para casa e comunique à sua
família, e não se esqueça de convidar os amigos para o enterro, tá?!

• AMADEU :=:
(desolado) Tá bom... Mas doutor, o senhor tem certeza de tudo o que está me dizendo? Eu tô morto mesmo?
• MÉDICO :=:
... da Silva, meu amigo, você em pé ai deve ser teimosia, mas logo se acostuma, aí será mais fácil. À
propósito, deixe-me fazer-lhe uma pergunta. O senhor pretende ser enterrado amanhã ou depois?
• AMADEU :=:
Não sei, mas eu não vou me esquecer de avisar o senhor, pode ficar sossegado. (sai triste, demorando pra
chegar na porta)
•1ºATO-Cenanº2
• Cena: Amadeu desolado
• Iluminação: Apaga-se a luz do consultório. Apenas um foco de luz acompanha o Amadeu
caminhando cabisbaixo.
• Som: Marcha Fúnebre.
• AMADEU :=:
(falando sozinho) Não é possível, eu não posso estar morto, estou em pé, estou falando, o que aconteceu
comigo?
(Amadeu para, junto com a música -1ª parada) (Pausa...)

• Som: Recomeça a Marcha Fúnebre.
• AMADEU :=:
(falando sozinho) Mas eu estou aqui com o atestado de óbito! E não ouvi meu coração! O que vou dizer em
casa? Tenho que contar a eles...
(Amadeu caminha cabisbaixo até a 2ª parada)

•2ºATO-Cenanº1
• Cena: Amadeu dá a notícia aos familiares.
• Cenário: Sala da casa do Amadeu.
• Iluminação: As luzes se acendem.
(Amadeu caminha para a sala, onde encontra sua mulher)

• AMADEU :=:
Oi...
• MULHER :=:
Cruz credo Amadeu, mas que cara de defunto é essa?
• AMADEU :=:
Ué! Você já sabe? Quem te contou? Aposto que foi a Dona Maria Gorda, nossa vizinha.
• MULHER :=:
Ninguém me contou nada! Mas vamos lá meu velho, conte o que aconteceu, porque é que você está com essa
cara?
• AMADEU :=:
Eu falo, mas quero todos reunidos aqui na sala, vamos fazer uma reunião familiar para que eu dê a notícia de
uma vez só, sem ficar repetindo à toda hora.
• MULHER :=:
Ora Amadeu, deixe de fazer velório e conte logo, você nunca foi de reunir a família.
• AMADEU :=:
Zenaide... chama logo os nossos filhos, por favor, respeite os mortos.
• MULHER :=:
Mortos? Tá bom. (chamando os filhos) Lucinhááááá... Carlinhoooos. Venham aqui que o papai quer falar com
vocês.
• LÚCIA :=:
(gritando de fora do palco) Agora não! Tenho que estudar!
• CARLOS :=:
(gritando de fora do palco) Mais tarde! Estou vendo MTV!
• MULHER :=:
É, vou ter que mudar de tática. (grita) O almoço está na mesa!
• LÚCIA :=:
(entra correndo) Ai que fome! Onde está? Cadê a comida?
• CARLOS :=:
(entra correndo) Até que enfim o almoço... meu prato... ?

• MULHER :=:
Seu pai quer falar com vocês.
• LÚCIA :=:
Oi pai, o que você tiver que me contar, conta logo porque eu preciso estudar, preciso aproveitar para estudar
enquanto estou viva.
• CARLOS :=:
Fala ai, meu coroa, qualé o lance?
• MULHER :=:
Muito bem Amadeu, já estamos todos aqui. Qual é a notícia?
• AMADEU :=:
Bem, o negócio é o seguinte... (pausa) Bem, o negócio é o seguinte... (sem saber como entrar no assunto)
Bem, acho que vocês não vão acreditar, mas eu... mas eu...
• MULHER, LÚCIA e CARLOS (em coro) :=:
Fala logo!
• AMADEU :=:
Calma, eu vou falar!... É que eu estou morto! Isso mesmo, eu morri!
• Mulher, LÚCIA e CARLOS (em coro) :=:
(dão uma boa gargalhada)

• AMADEU :=:
Escutem aqui, seus vampiros, suas hienas que comem carniça e dão risada. Eu não disse nenhuma piada, eu
estou falando sério... eu sabia que ninguém iria acreditar em mim.
• CARLOS :=:
Essa foi boa pai, conta outra, depois eu quero contar a última que eu ouvi lá na escola.
• LÚCIA :=:
Acho que vou voltar para os meus cadernos. Posso ir?
• AMADEU :=:
Está bem seus patetas, vocês pensam que eu estou brincando, não é mesmo? Então leiam isto. (entrega o
atestado de óbito para a mulher)
• MULHER :=:
(lendo o atestado) Sr, Amadeu Pereira, casado, brasileiro... causa da morte, parada cardíaca.
Meu Deus, então é verdade! (exclama caindo sentada na poltrona)
• AMADEU :=:
Viram só como eu não estava brincando! O papai aqui está mais morto que a múmia do Egito. Venha cá minha
filha, sinta as batidas do meu coração.
• LÚCIA :=:
(colocando o ouvido no peito do pai) Meu Deus! Não está batendo. (assusta-se).Mãe, o pai está morto mesmo!
• AMADEU :=:
Agora você, Carlinhos esperteza, sente o meu pulso, afinal, você está fazendo cursinho de medicina.
• CARLOS :=:
(com dificuldade em achar o pulso) É mesmo incrível! Está mais parado que o ataque do Corinthias.
• AMADEU :=:
(triunfante) Então seus Tomés... acreditam agora? Vocês não vão chorar? Se vocês gostam de mim, tem que
chorar. Chorem, vamos!
• LÚCIA e CARLOS :=:
(se abraçam e choram artificialmente só para agradar ao pai. Amadeu percebe e desaprova)

• MULHER :=:
Mas como é isso Amadeu? Como é que você está morto, se você está vivo? quero dizer... Ah! Eu não quero
dizer mais nada... que confusão!
• AMADEU :=:
O médico falou que é de teimosia, mas depois que eu me acostumar, a coisa fica bem mais fácil.
• LÚCIA :=:
Médico? quero dizer que o senhor foi ao médico e não nos contou nada?
• AMADEU :=:
Claro! E quem você acha que assinou o atestado de óbito? O Orlando açougueiro? E como é que eu iria ficar
sabendo que estou morto?
• CARLOS :=:
O senhor pro acaso pagou a consulta pai?
• AMADEU :=:
Claro que paguei, acha que eu sou alguém caloteiro?
• CARLOS :=:
Então me desculpe, mas o senhor é muito burro. Onde já se viu um morto pagar a consulta?
• AMADEU :=:
(caindo em si) Sabe que você tem razão! Além de defunto-vivo, eu sou um morto-burro.
• MULHER :=:
Mas como é que você fica discutindo com seu pai numa hora dessas. Respeite o seu pai, afinal ele é um
defunto. Respeite a memória dele... quero dizer... eu não quero dizer nada porque minha mente está toda
embaralhada.
• LÚCIA :=:
Mãe, eu acho melhor a gente telefonar para o médico e confirmar, e também pra perguntar se é para fazer o
enterro ou não.
• MULHER :=:
É mesmo, eu vou ligar.
• AMADEU :=:
Isso mesmo, e depois já pode ligar para a funerária e encomendar o meu caixão. (cantarolando) "Quando eu
morrer, me enterre na Lapinha".
• MULHER :=:

(com o telefone na mão) Pare com isso Amadeu, pare de cantar essa música, você quer deixar a gente mais
nervosa ainda? (disca um número)

• MÉDICO (só a voz) :=:
(atendendo ao telefone) Clínica do doutor Ado Steinburg Hesendorg de Nictolis, bom dia!
• MULHER :=:
Alô, doutor Ado? Tudo bem? Aqui é a dona Zenaide, mulher do Amadeu, que morreu mas não morreu, quero
dizer, aquele que o senhor diz que morreu mas está vivo... o senhor entende né?
• MÉDICO (só a voz) :=:
Perfeitamente dona Zenaide. Olha, a senhora pode ficar sossegada, seu marido já era! Pode encomendar o seu
vestido de luto e mande-o deitar já. Ah... e não esqueça de me convidar para o enterro.
• MULHER :=:
Mas doutor, como é que pode? Ele está morto mas continua vivo.
• MÉDICO (só a voz) :=:
Eu não posso fazer nada, dona Zenaide. O coração dele não está batendo, a pulsação parou entende? Ele está
clinicamente morto, e lugar de morto a senhora sabe onde é, não é mesmo? Este mundo é dos vivos.
• MULHER :=:
(desolada) Está bem doutor, obrigada. Olha, o enterro será amanhã. (desliga o telefone)
• CARLOS :=:
Então mãe, o que o médico falou?
• MULHER :=:
(chorando) É verdade, seu pai está morto.
• AMADEU :=:
(triunfante, outra vez) Não falei? Eu não sou "cara" de mentir não, quando eu falo que tô morto é porque tô
morto mesmo. E tem outra, eu sou o único defunto que vai assistir ao próprio velório. Carlinhos, vai buscar o
meu terno no alfaiate, aquele que eu mandei cerzir. Eu quero ser enterrado com ele.
•3ºATO-Cenanº1
• Cena: Velório.
• Cenário: Velório (caixão, flores, troca de roupa)
(Enquanto a sala é preparada para o velório, uma pessoa levanta-se na platéia com foco iluminando-a e
começa a ler um jornal.)

• ATOR NA PLATÉIA :=:
(lendo...) Vejam só isso, o Amadeu morreu. Convidamos os amigos e familiares ao enterro de Amadeu Pereira,
a se realizar na rua Cova Rasa, sem número, cemitério do Adeus, bairro dos que não voltam. Incrível! Eu falei
com ele ontem, justo agora que ele me devia uma grana! Eh, nessa eu acho que dancei, a morte não espera
por ninguém mesmo. Vou dar uma passadinha mais tarde, pobre Amadeu. (senta-se novamente após o foco
nela se apagar)
• Iluminação: As luzes se acendem.
• AMADEU :=:
Então, como estou?
• MULHER :=:
Digno de um defunto!
(os convidados começam a chegar, dão o tradicional "pêsames" à mulher, e se dirigem ao caixão)

• MARIA GORDA :=:
(olhando para o defunto) Coitado, este sim era um homem bom.
• AMADEU :=:
Apoiado! Além de homem, eu era bom. Não sei o que era melhor, ser mais bom, ou mais homem.
• SR. ANSELMO :=:
É! Mas os bons sempre se vão mesmo... pobre Amadeu.
• AMADEU :=:
Não é o seu caso, velho "unha de fome". Vai ficar mofando a vida toda aqui na terra.
• SILVIA :=:
Pobrezinho, quisera fosse eu.
• OSWALDO :=:
E ai cara, que furada hein?! Já que você bateu as botas, dá pra me emprestar o carro pra sair com umas gatas?
• AMADEU :=:
Nem morto!
• OSWALDO :=:
Iiiiii, ó o cara, aí! Tá legal, tá legal...
• SR. CLEMENTE :=:
Amadeu, amigo velho. Lembra-se de nossas farras? E agora? Quem vai farrear comigo?
• AMADEU :=:
(choramingando) Calma, Clemente, assim você me mata de tristeza.
• SR. CLEMENTE :=:
Mas você já está morto Amadeu!
• AMADEU :=:
Eu sei imbecil, é força de expressão.

• MÉDICO :=:
(chega ao enterro, aproxima-se do caixão) Como está Amadeu? Está melhor?
• AMADEU :=:
Mais ou menos! Doutor, eu estive pensando, estou morto não estou? Depois do meu velório, eu vou ter que
entrar aqui neste caixão para ser enterrado, não é? E quando a tampa deste caixão se fechar, o que vai
acontecer comigo?
• MÉDICO :=:
Bem Amadeu, teu futuro não vai ser muito bom não!
• AMADEU :=:
Como assim doutor?
• MÉDICO :=:
Amadeu, eu já lhe falei do único remédio que pode reverter esta situação, mas você não quer me ouvir.
• AMADEU :=:
Doutor, eu já estou cansado de experimentar isso, experimentar aquilo. Pra mim, isto não funciona. Estes
remédios nunca me ajudaram em nada, eu estou cansado dessa situação, eu preciso de uma resolução.
• MÉDICO :=:
Eu entendo Amadeu, o problema é que você está desiludido por ter passado sua vida inteira tomando os
remédios errados, mas este é diferente, ele pode te ajudar.
• AMADEU :=:
Como o senhor me garante que esse remédio vai resolver o meu problema?
• MÉDICO :=:
Amadeu, sinta o meu coração (Amadeu põe a mão no coração do doutor), hoje ele bate, mas um dia já esteve
tão morto quanto o seu. Foi quando eu tive a oportunidade de conhecer este remédio, e decidir tomá-lo, e é
por isso que hoje eu estou aqui, falando pra você. Quer mais prova do que isto?
• AMADEU :=:
Não! O senhor me convenceu, afinal onde está o remédio? Aquele tal de "Complexo J", não é?
• MÉDICO :=:
É! O "Complexo J". Peraí que eu vou pegar no carro. (o médico sai)
• SR. ANSELMO :=:
(enquanto cheirava as flores do caixão) Atchim! Atchim!... (continua espirrando descontroladamente)
• MULHER :=:
Rápido, acudam! O velho está tendo uma crise!
• OSWALDO e CARLOS :=:
(seguram o Sr. Anselmo)

• MARIA GORDA :=:
Eu o vi saindo!
• LÚCIA :=:
Vamos lá levar o homem, se não ele morre também!
(todos saem, ficando apenas o Amadeu. Então, o médico retorna com uma caixa de remédio enerme)

• AMADEU :=:
(assustado) Que remédio enorme!
• MÉDICO :=:
Mas este é o único que vai resolver o seu problema. Calma, vamos ler a bula.
"COMPLEXO J"

Contra indicações: Nenhuma.

Posologia: Dose única, seguida de confissão de JESUS CRISTO como único Senhor de sua vida.

Efeitos: Alegria, paz, mansidão, domínio próprio.

• AMADEU :=:
Puxa doutor, é isso mesmo que eu preciso. (Amadeu toma o remédio)
• MÉDICO :=:
Agora repita comigo.
(agora, o Amadeu repete tudo o que o doutor falar, até que se ouça o seu coração batendo)

EU, AMADEU...

CONFESSO QUE SOU PECADOR...

PEÇO PERDÃO E ENTREGO TODA A MINHA VIDA...

EM TUAS MÃOS, JESUS CRISTO...

TU ÉS O ÚNICO SENHOR E SALVADOR DE MINHA VIDA.

(começa-se a escutar o coração batendo)

• MÉDICO :=:
O que você está sentindo?
• AMADEU :=:
Não sei explicar, mas é alguma coisa diferente que eu nunca havia sentido.
• MÉDICO :=:
É, eu também não soube descrever quando isto ocorreu comigo, eu me senti seguro.
• AMADEU :=:
É isso! Eu me sinto seguro. É como se eu tivesse feito algo certo.
• MÉDICO :=:
Você fez a coisa certa. Lembra dos outros remédios que você tomou?
• AMADEU :=:
Ah, não quero nem me lembrar
• MÉDICO :=:
Pois é, este é um remédio muito especial, curou seu espírito, salvou sua alma.
• AMADEU :=:
Curou meu espírito?

• MÉDICO :=:
Isso mesmo! Outros remédios ajudaram o seu corpo, mas nunca curaram seu espírito
• AMADEU :=:
Entendo (pausa). E a minha família?
• MÉDICO :=:
Eles nunca foram ao meu consultório. Nunca tive a oportunidade de receitar o "Complexo J" para eles.
• AMADEU :=:
Então eles também estão mortos?
• MÉDICO :=:
Sim! E não sabem disso.
• AMADEU :=:
Tem remédio ainda na caixa?
• MÉDICO :=:
Tem sim Amadeu. Tem remédio pra todo mundo, pra todo o mundo mesmo! Leva também pra sua família.
• AMADEU :=:
Certo doutor, muito obrigado!
• MÉDICO :=:
Nos veremos em breve!
(o som do coração diminui)
(o médico sai por um lado e a mulher do Amadeu entre pelo outro lado)


•4ºATO-Cenanº1
• Cena: Amadeu vivo, anuncia o remédio.
• MULHER :=:
Amadeu! Soube que você está vivinho da Silva. Fiquei feliz, mas sabe daquele pequeno empréstimo do mês
passado? Você já tem o dinheiro?
• AMADEU :=:
Nem morto! Brincadeirinha... Você já ouviu falar do "Complexo J"?
(ambos caminham para a saída ainda conversando)

• MULHER :=:
Que remédio enorme!
• AMADEU :=:
Mas é o único que realmente funciona...

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aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
João 4:14

E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Apocalipse 22:17
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