3 de maio de 2011

Consertando estragos


  Deus mesmo tomou para si a incumbência de realizar o primeiro casamento, de ministrar o papel de cada um, assim como sinalizou as dificuldades que poderiam advir se não observassem as suas orientações.
Na mente de Deus, houve um projeto completo no ato da criação. Nele estava inserido o que veio a ser denominado núcleo familiar. No princípio, houve uma constatação divina: "Não é bom que o homem esteja só". Em seguida, uma iniciativa: "Far-lhe-ei uma companheira". Deus mesmo tomou para si a incumbência de realizar o primeiro casamento, de ministrar o papel de cada um, assim como sinalizou as dificuldades que poderiam advir se não observassem as suas orientações.
A falta cometida pelo primeiro casal ao desobedecer as prescrições estabelecidas por Deus gerou, gradativamente, um estrago de enormes proporções no núcleo gerador da estabilidade do homem e da mulher.
A inversão de papéis
Com a introdução do pecado no mundo, o mentor intelectual do estrago não se contentou em estragar o projeto inicial de Deus. Aliás, Satanás também tem os seus projetos. Eles sempre vão de encontro aos desejos e propósitos do Senhor.
A partir da queda, aquela conversa que acontecia diariamente ao cair da tarde, não aconteceu mais. As instruções passaram a ser ditadas por Satanás. Ora, se há um objetivo claro em inverter os desejos de Deus, nada mais natural do que instruir de forma contrária ao que o Senhor havia ensinado. Começam a surgir sentimentos negativos como a inveja, o ciúme e atitudes de descaso como a falta de cuidado pelo mundo criado por Deus.
Ocorre o primeiro crime, irmão contra irmão. Caim matou Abel. O primeiro afastamento do filho rebelde da casa dos pais. Caim passou a andar como errante sobre a terra e foi estigmatizado pelos homens. Como consequência natural, houve tristeza e pesar na família de Adão e Eva. O pecado lhes roubou dois filhos queridos e certamente a paz.
Quando Deus não está no controle da família e esta não observa e busca a Palavra do Senhor, a ruína começa a acontecer.

Consertando os estragos
É interessante, a narrativa bíblica sobre o fato de que ao nascer, aquele que ocupou o lugar de Abel e Caim, Sete, exerceu tal influência sobre seu filho Enos, que, a partir dele, "O nome do Senhor começou a ser invocado". Deduzimos, então, que só há concerto quando o nome do Senhor começa a ser invocado.
Há, da parte de Deus, um interesse muito grande na construção e consolidação da família e dos relacionamentos familiares. O Salmo 24.1 nos lembra que "Se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os operários".
A presença de Deus e a execução das suas orientações trazem como conseqüência a harmonia do núcleo familiar. Os problemas existirão, mas sempre haverá discernimento para tratá-los de forma correia. Um forte aliado da família ao atravessar períodos de dificuldade é o exercício da oração. A oração como elemento de comunicação entre o homem e Deus, se praticada de forma sistemática e natural pela família, lhe será de grande valia nos períodos de turbulência.

Reorganizando o projeto familiar
Nunca se viu tantos desencontros e tantos afastamentos entre casais, como os que vemos, atualmente. Há um descompromisso na continuidade do relacionamento e uma falta de seriedade no trato com a relação familiar. Apesar de muitas famílias pertencerem a grupos evangélicos isto não as tem isentado da praga do divórcio, do adultério e da irresponsabilidade. As causas expostas à luz das avaliações contemporâneas não recebem da parte de Deus, leia-se, do que nos é ensinado através da Palavra, nenhuma aprovação. Há complacência e tolerância com a introdução de idéias mundanas na condução da família que as tem arrastado a uma situação de penúria e desassossego.
Dentro de nossas igrejas já convivemos com famílias constituídas da mesma forma que as que não pertencem ao corpo de Cristo. Pais e mães que trocaram seus ou suas companheiras e convivem "naturalmente" no mesmo ambiente de culto e que são aceitos e absorvidos pela congregação e por seus líderes.
O relógio avança e o tempo de Deus se aproxima. Ainda há tempo para que o projeto familiar original se organize. Para isso é necessário que nós eduquemos corretamente nossos filhos com conselhos e, sobretudo, com o nosso exemplo de pais piedosos que caminham juntos com o Senhor. Não deve haver receio em considerar o "tempo ao redor da mesa" como o mais importante da família. Ali, canta-se hinos, ouve-se a Palavra e conversa-se com o Senhor. Este é um hábito que os "tempos modernos" jamais deverão destruir. Pensemos nisso! Voltemos às nossas origens e resgatemos o Projeto Familiar de Deus.

Conclusão
A Bíblia, aqui e acolá, faz perguntas e não espera respostas, pelo menos ao continuar suas afirmações como se não tivesse tempo para nos escutar. Ocorre que o papel da Palavra é nos conduzir à reflexão. Daí encontrarmos perguntas e afirmações como estas: (*) O cordão de três dobras é mais difícil de ser quebrado; Dois andando juntos é melhor, uma vez que se um cair o outro o ajuda a levantar-se; Um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse: esforça-te!; Derramar-se-iam as tuas fontes por fora, e pelas ruas os ribeiros das águas?; Eis que os caminhos dos homens estão perante os olhos do Senhor e Ele pesa todas as suas veredas; Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos. Refletir na Palavra e permitir que o Senhor nos ajude a vivê-la com inteireza deve ser o nosso objetivo.

(*) Ref.: Eclesiastes 4.12 e 4.10; Isaías 41.6; Provérbios 5.16, 6.21, 5.21 e 14.1
 

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aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
João 4:14

E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Apocalipse 22:17
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