9 de junho de 2012

Salmo 104 – Celebrando a Criação


Salmo 104 – Celebrando a Criação

Mark Greenwood, abril 2011


[Nota para o pregador: faça a introdução antes da leitura bíblica]

Introdução:

O tema do ano para a Convenção Batista Brasileira em 2011 é Vida Plena e Meio Ambiente. A primeira parte do tema nos lembra de quando Jesus declara em João 10.10, que ele Ele veio para que as ovelhas dele tenham vida, e vida abundante. A segunda parte do tema nos faz refletir sobre a nossa conexão com o mundo ao nosso redor, o ecossistema, a criação. Como um todo o tema é um convite para passarmos o ano refletindo sobre a qualidade da nossa vida: tanto em relação a Deus, quanto em relação ao meio ambiente, e para nós percebermos a conexão entre os dois.

Para entender este tema mais profundamente, hoje estamos refletindo sobre o Salmo 104, possivelmente o primeiro relato na bíblia sobre a criação – escrito até antes de Gênesis.[1] O que mais impressiona sobre este Salmo é exatamente a riqueza de vida que o salmista sente ao observar o mundo ao seu redor, e o louvor a Deus, como criador deste mundo, que isso estimula nele.

Vamos ouvir este cântico de louvor a Deus pela sua criação.
[Nota ao pregador: faça a leitura do Salmo 104 neste momento. Se puder, prepare anteriormente a leitura como um jogral, com quatro leitores alternando, e declamando o Salmo em tom de louvor. Divida o Salmo assim: vv. 1-4; 5-9; 10-15; 16-18; 19-23; 24-26; 27-30; 31-32; 33-35. A última divisão deve ser lida por todo mundo junto.]


Reflexão central:

Ao longo do Salmo todo podemos perceber três temas constantes:

1. A grandeza de Deus visto no universo criado,
2. A admiração e louvor que o salmista sente diante desta grandeza e beleza,
3. A interdependência entre o ser humano, os outros seres vivos, e o mundo no qual vivem.

[Nota ao pregador: peça aos ouvintes a destacarem versículos que ilustram estes três pontos]

Agora, o mundo naquela época era diferente do mundo hoje. Embora a gente pode observar muitas coisas que o Salmista observava – montes, árvores, pássaros, água, o mar - e junto com ele sentir a grandeza de Deus e a beleza da criação, para quem mora em algum centro urbano perdemos muito do nosso senso de dependência no mundo criado, no meio ambiente ao nosso redor. O versículo 15 deixa claro que o Salmista vivia em um lugar onde ele podia ver a uva crescendo, a azeitona no pé e o trigo no campo. São poucas pessoas hoje para quem estas coisas fazem parte do dia-a-dia – elas não fazem parte da vida na cidade, do ambiente cotidiano da maioria de nós. A vida no campo também é bem diferente daquela época; máquinas, meios de produção e transporte, e a tecnologia do lar transformaram a vida rural ao longo das últimas décadas. Os objetos do nosso dia-a-dia são bem diferentes. Vamos pensar em alguns, que com certeza o Salmista jamais podia conhecer... [nota ao pregador: peça para os ouvintes listarem objetos comuns no nosso dia-a-dia que o Salmista não podia conhecer]
Vamos pensar, agora, na procedência destes objetos... [nota ao pregador: peça aos ouvintes a falarem sobre de onde vem os objetos modernos – matéria prima, transporte, loja etc, se não surgir na conversa, explique que, mesmo que não pareça, cada um destes objetos, de fato, depende do mundo criado, o meio ambiente, para poder vir a existir, e que o processo de tornar o natural em sintético pode ser visto como um reflexo do caráter criativo de Deus no ser humano]

Aceitamos que não todo objeto manufaturado é bonito, e que nem todos são produzidos de uma maneira que respeite ao meio ambiente, não obstante, quando percebemos que os objetos manufaturados são resultado de uma sinergia entre a criação e a criatividade humana dada por Deus, é possível olharmos para os aspectos mais belos, menos poluentes do mundo manufaturado, criado pela humanidade, e sentir como o Salmista sentia:

Podemos enxergar a grandeza de Deus, a beleza do mundo ao nosso redor, e o fato de sermos tão dependentes da criação quanto o Salmista. O desfrutar plenamente da nossa vida física depende do meio ambiente, que em si é colocado ao nosso dispor pelo seu Criador.

Segue naturalmente percebermos que o desfrutar plenamente da nossa vida física depende da manutenção de meio ambiente saudável. Olhando o estado dos rios, das árvores, das minas [nota ao pregador: acrescentar coisas relevantes a discussão anterior] percebemos que não sempre o ser humano tem zelado pela saúde da criação, e isso tem inibido a possibilidade de desfrutarmos de uma Vida Plena no Meio Ambiente. No relato da criação em Gênesis 2.15, lemos que Deus colocou o ser humano no Seu jardim para cuidar dele, e olhado o mundo ao nosso redor, sentimos hoje uma urgência maior para gerenciarmos bem este mundo maravilhosos no qual Deus nos colocou.


Aplicação:

Cada um de nós tem um papel neste cuidar do mundo. Para quem trabalha e vive no campo isso implica desenvolver práticas saudáveis para o manejo da terra, da plantas e das árvores. Para todos, no campo ou na cidade, isso demanda que entendamos de onde vem o que consumimos, como foi produzido, e que então favoreçamos produtos que menos agridem o meio ambiente. Demanda que procuremos sempre maneiras menos poluentes para nos locomover, que tomemos cuidado com o nosso lixo, para separar o que é reciclável e encaminhá-lo a quem recicla, e que consumamos menos, para puder extrair menos minerais e produzir menos lixo. [Nota ao pregador: dê exemplos bem práticos, e possíveis, dentro do seu contexto – veja algumas sugestões no material para o Dia Batista de Ação Social]

Não importa se a pessoa vive na cidade ou no campo, hoje ainda é possível: sentir a grandeza de Deus no universo criado, admirar e louvar a Deus diante desta grandeza e beleza, e desfrutar da interdependência entre o ser humano e o mundo no qual ele vive. Cuidando nós bem do meio ambiente, da maneira que Deus espera de nós, vindouras gerações também poderão ter este privilégio.


[1]              TOOMBS, The Psalms em LAYMON The Interpreter’s one-volume Commentary on the Bible Nashville: Abingdon Press, 1971; p 290-291

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aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
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E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Apocalipse 22:17
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